110 mil pontos: o que nos trouxe até aqui? Por Rico Investimentos
A história é mais longa do que um pregão possa explicar, mas tentamos simplificar tudo aqui: desde o impeachment da Dilma até aqui, o Brasil saiu de um país descontrolado tanto no fiscal quanto no inflacionário e com PIB digno de um país em tempos de guerra, para uma economia com fiscal no mínimo previsível para os próximos anos, inflação e juros baixos e controlados, e PIB em fase de início de expansão. Dentre esses pontos, destacamos que:
- O temor de que o país não será capaz de honrar suas dívidas é baixíssimo, haja vista o CDS (Credit Default Swap, um “seguro-calote”) que não sofreu solavancos nem mesmo em novembro, quando o dólar saltou 5,2%;
- A reforma da Previdência foi aprovada pelo Congresso, o que é essencial para conter a rápida expansão dos gastos públicos;
- A inflação está controlada e abaixo da meta do Banco Central. Não é por menos que estamos vivendo a menor taxa Selic da história (hoje em 5% e com grandes chances de cair para 4,5% semana que vem);
- PIB avançando devagar, mas gradualmente; expectativa é de crescimento mais forte no próximo biênio;
Todas essas mudanças estruturais e conjunturais que estamos vivendo desde 2016 têm ajudado o Ibovespa a bater novos recordes. E, em nossa opinião, não deve parar por aí: todo esse ambiente de juro baixo, inflação controlada, reformas avançando, indicadores de emprego melhorando, pouca confiança do investidor estrangeiro e baixa alocação em ações de fundos de pensão e previdência, faz com que continuemos otimistas.
Não sabemos quando e se teremos o próximo recorde (acreditamos sim, que teremos novas comemorações) mas se o preço das ações acompanha o lucro das empresas, temos um ambiente muito mais propício para que o lucro das maiores empresas do Brasil (que estão na bolsa) continuem avançando ao longos dos próximos trimestres.