ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for default Cadastre-se gratuitamente para obter cotações em tempo real, gráficos interativos, fluxo de opções ao vivo e muito mais.

BC vai emprestar a bancos com garantia de letras financeiras para liberar R$670 bi na economia

LinkedIn

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) – O Banco Central prepara arcabouço para fazer empréstimos de vulto a instituições financeiras tomando letras financeiras como garantia, numa medida com potencial de liberar 670 bilhões de reais na economia, sua ação mais potente para enfrentamento à crise com o coronavírus.

A iniciativa foi apresentada nesta segunda-feira pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, como uma ação em “fase de elaboração final”. De acordo com a autarquia, não há prazo para a divulgação oficial da medida.

“O banco tem uma carteira de crédito, ele vai juntar essa carteira de crédito, vai emitir uma letra financeira em cima dessa carteira, e o Banco Central então vai emprestar dinheiro para esse banco tomando essa letra financeira como garantia. Isso tem um enorme potencial. Estamos falando do potencial de liberar 670 bilhões novos”, disse Campos Neto em entrevista coletiva virtual.

De acordo com o presidente do BC, a iniciativa permitirá, na prática, a securitização das carteiras de crédito dos bancos em formato de letras financeiras, que serão financiadas pelo BC.

“Essa é uma forma de dar liquidez em troca de uma carteira de dívida privada que vai fazer com que o banco tenha recursos para fazer mais dívida. Então a gente entende que o direcionamento (de crédito) vai chegar nas empresas”, afirmou ele.

Sozinha, a medida responderá por 55% do total de 1,2 trilhão de reais que o BC quer injetar em liquidez na economia, após a avaliação de que a crise com o coronavírus demanda provimento de fluxo de caixa às empresas para que atravessem o período de isolamento imposto para frear a disseminação do vírus.

Campos Neto pontuou que, nas últimas duas semanas, o custo das empresas tomarem dinheiro na ponta aumentou apesar de a Selic ter sido reduzida em 0,5 ponto pelo BC na última quarta-feira, à nova mínima histórica de 3,75% ao ano.

Isso ocorreu porque, num ambiente de maior incerteza como o atual, os bancos passam a colocar no preço dos empréstimos as condições de liquidez mais apertada, razão pela qual as ações no BC vão no sentido de garantir essa maior disponibilidade de recursos na economia, justificou ele.

“A gente viu recentemente que esses outros componentes ficaram muito mais importantes que o componente de juros em si. Então esse também é um norte que nos guia nas medidas”, afirmou.

Deixe um comentário