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Twitter apaga publicações de Bolsonaro por contrariarem recomendações de saúde

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BRASÍLIA (Reuters) – O Twitter apagou duas publicações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro na rede social no domingo, nas quais ele divulgou vídeos que fez em cidades-satélites no Distrito Federal em que conversava com um vendedor ambulante e visita um supermercado, provocando aglomerações e contrariando orientações de autoridades de saúde para conter a disseminação do coronavírus.

Em nota, a rede social informou que recentemente ampliou suas regras para abranger conteúdos contrários à saúde pública. Nos vídeos, Bolsonaro defende que as pessoas voltem ao trabalho e cita o medicamento hidroxicloroquina como um tratamento para o Covid-19, doença causada pelo coronavírus, embora os estudos sobre sua eficácia estejam em estágios iniciais.

“O Twitter anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir Covid-19”, afirmou a rede social em nota quando indagada sobre a decisão de apagar as publicações do presidente.

Em entrevista a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira, Bolsonaro disse que não comentará a decisão do Twitter, alegando se tratar de uma empresa privada.

Bolsonaro tem contrariado as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) e defendido o fim do isolamento social, que tem sido usado para conter a propagação do coronavírus.

O presidente também tem criticado medidas de restrição à circulação adotadas por governadores e prefeitos e afirmado que os gestores locais são “exterminadores de empregos”, trabalham com o conceito de “terra arrasado” e estão cometendo “um crime” contra a economia do país.

Ainda no domingo, após o passeio que fez pelas cidades-satélites, Bolsonaro disse que estava “com vontade” de editar um decreto nesta segunda-feira para liberar a volta das pessoas ao trabalho, medida que contraria o que tem preconizado o Ministério da Saúde e o titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta.

Bolsonaro também vem minimizando a pandemia, referindo-se por mais de uma vez ao Covid-19 como uma “gripezinha”. Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença já matou 136 pessoas até o domingo, e o Brasil tem 4.256 casos confirmados de infecção pelo coronavírus.

No mundo, de acordo com a OMS, o Covid-19 já matou mais de 30 mil pessoas e existem mais de 638 mil casos confirmados em 202 países.

Por Anthony Boadle e Eduardo Simões

Comentários

  1. Rodrigo diz:

    Pelo que eu ouvi da boca dele, ele não defende o fim do isolamento generalizado, mas a manutenção do isolamento para os grupos de risco. Infelizmente, no Brasil, os governadores tem a péssima mania de colocar a conta de seus desgovernos sobre a união, e isso não é de agora. O exemplo mais recente está na reforma da previdência.
    Por outro lado, quando se fala de uma doença altamente infecciosa, com horizonte incerto do desenvolvimento de uma vacina, qual infectologista consegue dizer quem não será infectado ou quanto da população?
    A minha opinião, também, é de isolamento para os grupos de riscos e pessoas com problemas respiratórios, mas como eu acho que a maioria não é a favor disso, que sigam em frente.
    Sinceramente, espero que em dois anos não estejamos, aqui mesmo, opinando quem será o “salvador da pátria” que irá recuperar a economia em frangalhos.

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