O setor de serviços é o mais protegido da B3, em especial o de energia, de acordo com a análise realizada pelo analista Marcelo Sá do Itaú BBA. Mesmo com a queda de 24% do Ibovespa nos últimos 15 dias impulsionada pelo coronavírus e pelo petróleo, as ações do ramo não devem ser tão afetadas.

Dentre os sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia, a transmissão deve ser a parte mais defensiva, pois tem risco zero de queda na demanda e conta com suas receitas corrigidas pela inflação. Por outro lado, a distribuição é a área mais suscetível ao cenário, já que a possível queda do PIB afeta diretamente a demanda de energia.

Sendo assim, Taesa (TAEE11), Transmissão Paulista (TRPL4), Alupar (ALUP11) e Engie (EGIE3) devem ser as ações com maior vantagem nesse cenário conturbado.

Por outro lado, as empresas que foram afetadas, mas devem se recuperar com mais facilidade são Equatorial (EQTL3), Energisa (SA:ENGI4) (ENGI11) e Copel (CPLE6).

Para o analista, apesar da expectativa, o efeito no Ebitda das empresas deve ser pequeno. Ele ainda afirma que o valor da energia à vista deve ser mais influenciado por chuvas do que por mudanças na demanda de energia, como as que estão acontecendo.