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Ações da Petrobras caem após relatório da AIE sobre petróleo; empresa hiberna campos, importa GLP e corta preço de combustível

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O dia foi bem agitado para Petrobras com o relatório da AIE, carta aos sindicatos informando a paralisação de 24 unidades, contratação de gás liquefeito de petróleo importado e corte no preço do litro dos combustíveis.

Todas as notícias movimentaram fortemente as ações da Petrobras, tanto ordinária (BOV:PETR3) quanto preferencial (BOV:PETR4), terminaram o dia fazendo parte do TOP 5 Ranking de volume negociado nesta quarta-feira (15).

As ações preferenciais (PETR4) terminaram o dia em queda de 1,8%, sendo cotada a R$ 16,43. Foi o papel com maior número de negócios da B3 nesta quarta-feira (15).

As ações ordinárias (PETR3) caíram 2,9%, encerrando o dia valendo R$ 16,68.

A estratégia da Petrobras de hibernar seus campos em águas rasas, de custos mais elevados, frente ao cenário de baixa dos preços do petróleo, deve atingir quase 50 plataformas nas regiões Sudeste e Nordeste.

A companhia enviou carta aos sindicatos informando a paralisação de 24 unidades na Bacia Potiguar, seis na Bacia de Campos, nove na Bacia do Ceará e de todas as plataformas de Sergipe-Alagoas – segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a Petrobras opera nove unidades marítimas na região. Além dos ativos em águas rasas, a petroleira também está hibernando alguns ativos terrestres.
Segundo a estatal, no documento, as plataformas que operam em águas rasas, em virtude da queda dos preços do petróleo, passaram a ter fluxo de caixa negativo.

As medidas, no entanto, contribuem pouco para a meta de corte de 200 mil barris por dia (bpd) anunciadas para enfrentar a crise. O esperado é que muitas plataformas ainda entrem em hibernação e que centenas de funcionários deixem a empresa nos próximos meses por falta de espaço para recolocação interna.

O corte de produção faz parte da série de medidas que estão sendo tomadas pela empresa para fazer frente à atual crise do petróleo, em que o barril baixou ao patamar dos US$ 20. Segundo a empresa, com essa cotação, muitos dos seus ativos passaram a ser inviáveis e, mais do que nunca, o foco da companhia passou a ser o pré-sal.

Nem mesmo a Bacia de Campos, que já respondeu por 80% do desempenho do País e onde ainda existem áreas gigantes em operação, está fora do radar de corte da diretoria da petroleira. Por enquanto, os cortes no litoral fluminense foram pequenos, mas especialistas e fontes internas da empresa dizem que a redução vai ser mais profunda no Rio de Janeiro, até que os 200 mil bpd sejam alcançados.

As 45 plataformas paralisadas até agora, instaladas em águas rasas, somam pouco mais de 10 mil bpd de produção, o equivalente a 5% da meta de corte. Na Bacia de Campos, foram paralisadas seis unidades que, juntas, somam produção de 5,4 mil barris por dia (bpd), segundo dados do boletim divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na bacia do Ceará-Piauí, mais nove vão ser desligadas em quatro campos, o que representa menos 2,4 mil bpd. Em número de plataformas, o Estado mais atingido foi o Rio Grande do Norte, com 24 unidades, que somam 2,4 mil bpd.

Os cortes nas três bacias – Campos, Ceará-Piauí e Potiguar – representam, portanto, 10,3 mil bpd de produção. Há ainda seis unidades de produção na Bacia de Sergipe-Alagoas, mas não há dados oficiais dos volumes produzidos por essas unidades. Ao todo, são extraídos 3,6 mil bpd na região.

Trabalhadores relatam ainda a parada de duas plataformas na Bacia de Campos, a P-43 e P-48, instaladas no campo de Barracuda, que somam 43,5 mil bpd. Mas a paralisação dessas unidades ainda não foi formalizada.

Na carta, a empresa oferece três opções aos empregados das unidades que vão ser temporariamente desligadas: a realocação interna de acordo com a necessidade da empresa, a adesão ao plano de demissão voluntária e o desligamento individualmente por acordo. O questionamento dos sindicatos é sobre a capacidade da empresa de reter o grande número de funcionários que ficaram sem atividade, um volume de pessoas que tende a crescer ainda mais.

O movimento vai em linha com o esperado em termos de redução de produção necessária. Entretanto, o volume ainda é bem abaixo do que a cia se comprometeu a reduzir para esse ano.

Relatório da Agência Internacional de Energia (AIE)

Sobre o setor de petróleo em geral, o Bradesco BBI analisou o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), o qual prevê uma queda de 29 milhões de barris diários de petróleo na demanda em abril. A AIE prevê alguma recuperação nos mercados do petróleo a partir de maio, mas os preços seguirão pressionados durante 2020 inteiro. O Bradesco BBI enfatizou que a sua visão sobre o mercado do petróleo é muito semelhante à da agência.

“A recuperação dos preços do petróleo será muito gradual. Em termos da projeção da demanda, o auge do impacto do Covid-19 deve durar um mês, com uma recuperação também muito gradual. Se o auge do impacto se estender, a recuperação da demanda também levará mais tempo”, avalia o BBI. Antes da reunião da Opep+ em 9 de abril, o Bradesco BBI publicou um extenso relatório, no qual prevê três cenários para o petróleo: o positivo, o neutro e o negativo. No caso positivo, o impacto do coronavírus na produção e demanda dura um mês; no neutro, três meses; e no negativo, cinco meses. O BBI previu que a produção cairia em 25 milhões de barris diários já em abril, mais ou menos em linha com a AIE.

“A Opep precisará cortar a produção em 10 milhões de barris diários por 18 meses para que os preços comecem a se recuperar no segundo semestre de 2021, quando deverão subir para US$ 40 o barril”, projeta o BBI.

Corte nos preços e contratação de GLP importado

A Petrobras cortou em 6% o preço do litro do diesel e em 8% o da gasolina, nas refinarias. O ajuste, válido a partir de hoje, deve reforçar a tendência de queda dos preços dos combustíveis no mercado brasileiro, diante da desvalorização do petróleo nos últimos meses. Desde o início de março, quando o choque de preços da commodity se acentuou no mercado internacional, os preços dos dois derivados já caíram cerca de 8,5%, nas bombas.

A empresa também contratou mais duas cargas de gás liquefeito de petróleo (GLP) importado, para reforçar o suprimento do mercado. Além dos três navios que já descarregaram em Santos (SP), Rio de Janeiro e Ipojuca (PE) desde o último dia 30 de março, a estatal informou que comprou mais 62,9 mil toneladas de GLP, equivalentes a 4,8 milhões de botijões de 13 kg.

Data da AGO definida

A companhia informou que a assembleia geral ordinária de acionistas (AGO) será realizada no dia 31 de julho. A assembleia tinha sido convocada anteriormente para 27 de abril, mas foi adiada devido à pandemia do novo coronavírus e das restrições impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Comentários

  1. Paulo Haro diz:

    Importar GLP num preço equivalente a R$21,00 para um P13; entregar no tanque da concorrência para que esta venda a R$71,00 parecer ser uma estrategia brilhante de negócio. Será que os acionistas de Nova York sabem disso?

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