O Controlador e fundador da Azul, David Neeleman, vendeu 40% da sua posição na Azul, diminuindo sua fatia de 5,08% para 3,05% do capital da companhia.
A Azul (BOV:AZUL4) comunicou após o fechamento do mercado na última segunda-feira (13), conforme formulário de posição consolidada enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Clique aqui para acessar o comunicado.
Neeleman começou a se desfazer de sua posição acionária quando os papéis já estavam sofrendo uma forte queda por conta da crise do novo coronavírus (Covid-19), que levou a restrições de viagens no mundo todo. No ano, os papéis caem 72,29%.
O empresário, contudo, mantém o controle da Azul através das ONs, que proporcionam direito a voto, com 622 milhões de papéis. Cada ação preferencial vale 75 ações ordinárias. Assim, ele possui 8 milhões de ações preferenciais equivalentes, na forma de ações ordinárias. Esse montante, somado às 11,4 milhões de ações preferenciais originais, atingiam as 19 milhões de “ações preferenciais ajustadas”, conforme destaca a companhia. Desta forma, depois da venda de 9,3 milhões de papéis preferenciais, ele possui participação de 3,05% do capital total da Azul, ante 5,8% detidos anteriormente.
Neeleman vendeu 9,3 milhões de PNs, diminuindo o total de PNs de 11,4 milhões para 2,11 milhões e levantando R$ 155,3 milhões com as vendas.
As vendas ocorreram entre os dias 12 e 18 de março e foram feitas pela corretora do Citigroup, atingindo preços de R$ 10,60 a R$ 23,54. O maior volume financeiro transacionado ocorreu no dia 16, quando houve a venda de 2,75 milhões de ações PNs a um preço de R$ 17,16, totalizando um volume de R$ 47,20 milhões.
Bradesco BBI já tinha cortado preço-alvo da Azul (AZUL4) de R$84,00 para R$28,00 mas manténdo Outperform antes do comunicado.