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‘Fim' do TED e DOC: Banco Central inicia testes para implementação do PIX e confirma transações em 24/7 em 2 segundos

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O Banco Central do Brasil divulgou em 06 de março que iniciou os testes de infraestrutura para o processamento das transações dentro do PIX, o sistema de pagamentos instantâneos que podem substituir as transações de TED e DOC no Brasil pois funcionará 24/7 e é uma resposta do Banco Central a digitalização da economia.

Segundo o Bacen, instituições que participarão do PIX já estão testando junto ao BC as funcionalidades da base de endereçamento, infraestrutura que permitirá que o pagamento seja feito de um jeito mais prático, com uso de apelidos (tecnicamente chamados de chave de endereçamento). Por enquanto estão sendo usados dados fictícios de clientes.

Além disso, estão em andamento os testes de conectividade com a plataforma que possibilitará a liquidação dos pagamentos em poucos segundos. Na prática, o procedimento representa o primeiro passo da implantação da Interface de Comunicação (ICOM), infraestrutura tecnológica necessária ao funcionamento do serviço.

Ainda de acordo com o Banco Central, com os testes, os participantes poderão simular as funcionalidades de registro, como exclusão e consulta dos apelidos (número de telefone celular, e-mail, CPF/CNPJ), a criação e a assinatura de mensagens, autenticação de canal e verificação de assinaturas (e mensagens) recebidas. Os testes são permanentes e estão disponíveis em um ambiente de homologação para todas as instituições que forem participar do PIX, seja de forma obrigatória ou opcional.

“Os testes de conectividade contemplarão a primeira troca de mensagens de comunicação entre os participantes e o SPI e permitirão a validação dos processos de assinatura e de autenticação dos participantes de acordo com os padrões especificados. As demais funcionalidades do SPI serão disponibilizadas de forma gradual para testes preliminares dos potenciais participantes”, afirma Lilian Holmes, do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos do BC.

De acordo com Renan Bonfim, também do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos, o maior desafio tecnológico é desenvolver um sistema que opere 24 horas, nos sete dias da semana, com processamento das transações de ponta a ponta em poucos segundos e com alta capacidade para atender a demanda dos usuários com um elevado nível de segurança.

“O próximo passo será disponibilizar o SPI para a realização de testes voluntários de liquidação, que estão previstos para ocorrer em abril”, revela

Alexandre Vallerão, do Departamento de Tecnologia da Informação do BC, explica que a comunicação entre os participantes ocorrerá em um ambiente seguro em função do uso de certificados digitais para criptografia e autenticação. De acordo com ele, a Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN), que será usada como meio de transmissão das ordens de pagamento, garante um nível de isolamento adequado aos elementos mais críticos do SPI.

“Além disso, o sistema utilizará um padrão de mensageria internacional, o ISO20022, que também é novidade para a maior parte do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ou seja, será necessário um período de adaptação de todos”, complementa Bonfim.

No lançamento oficial do PIX no qual o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, declarou que o sistema é uma resposta do Bacen ao desenvolvimento da economia digital assim como são o Bitcoin, criptomoedas e moedas digitais,

“Eu acho que é um dos projetos mais importantes que nós temos esse ano. O PIX veio, na verdade, de uma necessidade, de uma demanda que as pessoas têm em geral, e tem sido bastante discutido entre os bancos centrais. O mundo demanda um instrumento de pagamento que seja ao mesmo tempo barato, rápido, transparente e seguro. Se nós pensarmos o que tem acontecido em termos de criação de moeda digital, criptomoedas, ativos criptografados, eles vêm da necessidade de ter esse instrumento, com essas características, barato, rápido, transparente e seguro” destacou Campos Neto.

Ao contrário do que foi noticiado por alguns canais de comunicação do Brasil, o PIX não usará blockchain. O sistema usará chaves públicas, ICP Brasil, que já é utilizado no Sistema de Pagamentos Brasileiros (SPB) e deve processar mais de 4 mil transações por segundo.

Para viabilizar o sistema de pagamento instantâneo, o Banco Central comprou, por meio de uma licitação de mais de R$ 1.350 milhões equipamentos da Dinamo Networks, empresa nacional que também oferece soluções em blockchain. Os equipamentos também pode oferecer suporte a tecnologia DLT. Na licitação o Banco Central comprou 22 equipamentos HSMs – Hardware Security Module (HSM).

Por Cassio Gusson

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