Bandidos teriam conseguido roubar cerca de R$ 30 milhões em uma conta bancária da gigante de metalurgia do Brasil, a Gerdau e usado o dinheiro para comprar Bitcoin no mercado OTC, segundo uma reportagem publicada em 30 de abril pelo Portal do Bitcoin.

Segundo a publicação, o roubo teria ocorrido no dia 16 de abril e um Boletim de Ocorrência foi registrado pela instituição que pede ao Ministério Público do Rio Grande do Sul a abertura da investigação sobre os acontecimentos que teriam ocorrido em uma agência em Porto Alegre.

No Boletim a empresa destaca que identificou 11 TEDs, não realizadas pela Gerdau, para diferentes contas bancárias em São Paulo, Rio Grande do Sul e Rondônia. A empresa relata que conseguiu identificar rapidamente o problema e acionou o Santander que passou a monitorar as transferências do dinheiro até que eles chegaram em contas associadas a mesas de OTCs no Brasil.

Ainda segundo a reportagem, as transferências da conta da Gerdau teria sido executada, estranhamente, a partir do internet banking de uma empresa chamada Mundial Iluminação, ou seja, o acesso ao painel do Santander havia sido feito pela Mundial, contudo das transferências haviam sido programados na conta da Gerdal.

“É como se uma conta bancária corporativa tivesse invadido outra conta bancária corporativa para a ordem de débito ao banco”, diz a investigação enviada ao Ministério Público segundo o Portal do Bitcoin.

Contudo o banco descarta qualquer ‘erro’ interno e revelou que uma semana antes do problema com a Gerdau já havia bloqueado a conta da Mundial por uma transação suspeita feita pela empresa, indicando que, provavelmente os golpista estavam ‘testando’ o sistema que possibilitou o roubo nas contas da Gerdau.

A reportagem destaca que o dinheiro seria usado para comprar Bitcoin e que conversou com vendedores envolvidos no caso que, por conta do rastreio do dinheiro, tiveram suas contas bloqueadas.

“Como era um valor muito alto, de R$ 5 milhões, a gente pediu um extrato da conta de origem. Quando percebemos que o dinheiro que recebemos tinha entrado na conta de origem no mesmo dia, nós travamos operação. Imediatamente, o cliente começou a me pressionar para que eu enviasse os bitcoins, mas não mandei. Pouco tempo depois, o banco bloqueou a minha conta”, disse o dono de uma OTC a reportagem.

Não foi possível identificar se os golpistas conseguiram ou não comprar os Bitcoins com o dinheiro que foi bloqueado nas contas após ser transferido. Contudo, os vendedores que participaram das transações podem ser chamados para identificar com quem estavam negociando a venda das criptomoedas.

Por Cassio Gusson