A Petrobras comunicou que, em razão dos efeitos negativos da crise provocada pela pandemia da coronavírus em seus negócios, irá reduzir suas importações de gás natural liquefeito (GNL) da /Bolívia.
Os volumes nas importações da petroleira estatal ficarão abaixo do mínimo estabelecido em um contrato prévio com a boliviana YPFB.
Mesmo com o aditivo do contrato feito em março, o presidente da YPFB, Herland Soliz, afirmou que “entende a questão de força maior” da Petrobras. Entretanto, ele quer que o contrato seja compensado de outra forma pela petroleira brasileira.
“A invocação de ocorrência de um evento de força maior pelos agentes afetados pela pandemia decorre de um direito legal e contratual quando caracterizado um evento imprevisível e que impeça o cumprimento regular das obrigações originalmente estabelecidas”, informou a Petrobras.
O chefe da Wood Mackenzie no Brasil, Pedro Camarota, destaca que a crise atual deixa lições para a abertura em curso do mercado brasileiro de gás, dentre elas a necessidade de avanços regulatórios para gerenciar situações extremas de excesso de oferta ou de escassez. “Como ator integrado, a Petrobras sempre atuou para garantir a segurança do sistema. Não havendo ela como agente dominante, o risco para a cadeia seria alto em situações de desequilíbrio”, afirma.
Ele defende a regulamentação da figura do supridor de última instância – responsável por garantir a oferta a consumidores que por algum motivo não conseguirem ser supridos por um dos agentes do mercado livre. “Falta também uma definição mais clara sobre como se dará a interconexão com o sistema elétrico”, disse o chefe dos mercados de gás da Wood Mackenzie na América do Sul, Mauro Chavez.
Relatório de produção e vendas do 1T20
Petrobras e redução do preço do diesel em 10%
A Petrobras informou à “Reuters”, no último sábado (25), que irá diminuir o preço médio do litro do óleo diesel nas refinarias em 10% a partir desta segunda-feira (26). É importante destacar que o preço da gasolina foi mantido pela petroleira estatal.