As despesas gerais (administrativas e com pessoal) totalizaram R$ 5,293 bilhões no primeiro trimestre, alta de 3,7% frente ao mesmo período de 2019, mas queda de 6,8% na comparação com o último trimestre de 2019.
As despesas com pessoal somaram R$ 2,353 bilhões, aumento de 0,8% em doze meses e queda de 3,9% na comparação com o quarto trimestre de 2019, em razão de menores encargos e benefícios.
As despesas administrativas, excluindo depreciação e amortização, atingiram R$ 2,314 bilhões, aumento de 5,8% em doze meses, “decorrente, sobretudo, das despesas com processamento de dados para suportar o elevado patamar de transações dos nossos negócios”. Em três meses, as despesas caíram 10,9%, com menores gastos com propaganda.
O Santander Brasil informou que sua margem financeira bruta foi de R$ 12,655 bilhões no primeiro trimestre, uma alta de 0,4% em relação ao quarto trimestre. Em 12 meses, a margem aumentou 12,1%.
Da margem total, R$ 10,833 bilhões são da margem com clientes e R$ 1,823 bilhão com mercado. O spread de crédito do Santander ficou em 11,3% no primeiro trimestre, de 11,7% no quarto e 12,7% no mesmo período do ano passado.
A carteira de empréstimos do Santander Brasil encerrou março em 378,5 bilhões de reais, um aumento de 7,5% em relação a dezembro, impulsionada principalmente por empréstimos a grandes empresas, que buscaram mais crédito em meio à crise.
O retorno sobre o patrimônio do banco atingiu 22,3% no primeiro trimestre, um ponto percentual acima do trimestre anterior.
A matriz do banco espanhol, Santander SA divulgou também nesta terça-feira resultado do primeiro trimestre, apontado para uma queda de 82% no lucro líquido do período depois que a instituição reservou 1,6 bilhão de euros para cobrir as perdas esperadas pela pandemia.
Destaques da Teleconferência
Santo domingo diz que teto do cheque especial impactou margem financeira do banco. Provisões aumentam mais lentamente que carteira;Desemprenho da margem financeira do Santander reflete também juros mais baixos;
Colaterização da carteira PF é muito alta, o que deve ajudar na qualidade;
Vê deterioração da carteira da carteira de crédito do banco muito limitada e gradual;
Diz que Santander está preparado para crise e promete fazer avaliação estrita do risco de crédito;
Vê elevação de custo no curto prazo e quer aumentar volume em PMEs;
Manterá regra de pagamento de proventos de 25% no máximo e dividendo será consequência do ROE;
Santander tem colchão de 300 BPS no capital, diz executivo, que deixa banco preparado para encarar crise tranquilamente;
Está confortável com níveis atuais de provisão e ajustes serão feitos ao longo da crise. Vê segundo trimestre difícil para Santander e ambiente de negócios do Brasil.
+ Confira o calendário de divulgação de resultados do 1T20 das empresas listadas na Bolsa de Valores.
Resultado de 2019
As despesas gerais cresceram 5% em 2019, atingindo R$ 21,2 bilhões. O índice de eficiência ficou em 39,8%.
A carteira de crédito geral totalizou R$ 352 bilhões no ano, expansão de 15,3% em doze meses, com os segmentos de pessoa física e grandes empresas detendo os melhores desempenhos. A carteira de crédito ampliada subiu 11,8% para R$ 432,5 bilhões.
Sobre a empresa
O Banco Santander opera através de três segmentos: banco comercial (empréstimos pessoais, leasing, empréstimos corporativos, linhas de capital de giro e financiamento para comércio exterior); banco global de atacado (gerenciamento comercial, de câmbio, de investimentos, crédito e financiamentos, hipotecas, leasing, cartões de crédito, corretagem de títulos, e clube de compras); e gestão e seguro de ativos (seguros, planos de previdência, capitalização, corretagem de gestão e seguro de ativos). Os produtos e serviços do Santander BR são oferecidos para clientes individuais e empresas públicas e privadas de pequeno, médio e grande porte.
As principais subsidiárias da empresa são: Santander Seguros S/A, Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento S/A e Santander Brasil Administradora de Consórcio Ltda.
Além das units de ações (BOV:SANB11), compostos por uma ação ordinária e uma ação preferencial, cotas do Banco Santander (Brasil) S/A também são negociadas individualmente no mercado acionário brasileiro através de ações ordinárias (BOV:SANB3) e de ações preferenciais (BOV:SANB4). Todos esses ativos pertencem ao segmento Nível 2 da BM&FBovespa, que assegura aos detentores de ações ordinárias e preferenciais o mesmo tratamento concedido ao acionista controlador no caso de venda da empresa.
A Unit (SANB11) faz parte do índice Ibovespa com 0,644% de participação.
O banco possui 100% de Tag Along com 9,96% dos papéis do capital social em circulação (Free Float). Confira a composição acionária da empresa que tem Sterrebeeck B.V. como maior acionista com 1.809.584 ações ordinárias e 1.733.644 ações preferenciais correspondendo a 47,25% do capital social. O número total de ações é de 7.498.531.051 sendo 3.818.695.031 ON e 3.679.836.020 PN.
No exterior, as ações do Banco Santander Brasil são negociadas em 2 (dois) importantes mercados acionários – nos Estados Unidos e no México. Na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE), o investidor pode negociar certificados de depósitos de ações da companhia através do código BSBR. O mesmo certificado é negociado na Bolsa de Valores do México (BMV) através do código BSBRN.