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AES Tietê (TIET11) 1T20: Lucro líquido de R$ 75,3 milhões; Avanço de 21,5%

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A AES Tietê reportou lucro líquido de R$ 75,3 milhões de reais no primeiro trimestre (1T20), avanço de 21,5% em comparação com igual período do ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 312,8 milhões de reais, apresentando crescimento de 18,3% no comparativo com o 1t19.

“Tivemos um grande primeiro trimestre, fruto da estratégia comercial e do crescimento da companhia, que deixou o balanço mais fortalecido”, disse em comunicado a diretora financeira da empresa, Clarissa Sadock.

A empresa de geração e comercialização de Energia Elétrica, com valor de mercado hoje de 6 bilhões, é negociada na B3 através dos ativos: (BOV:TIET3), (BOV:TIET4) e (BOV:TIET11).

A receita operacional líquida da AES atingiu R$ 494 milhões entre janeiro e março, alta de 1,6%, graças à forte redução nos custos com compra de energia, melhor hidrologia e pela bem-sucedida estratégia de alocação sazonal.

As despesas operacionais, excluindo depreciação, alcançaram R$ 90,6 milhões em função de variações nas despesas com serviços de terceiros e outras despesas operacionais.

O resultado financeiro veio negativo em R$ 118,5 milhões, 31,2% superior ao 1T19 (-R$ 90,3 milhões), em função de menor receita financeira impactada pela queda do DI, e por maiores despesas financeiras, além de variação cambial no montante de R$ -17,2 milhões ante R$ -2,3 milhões no 1T19.

Investimentos no trimestre

Os investimentos realizados no 1T20 somaram R$ 52,6 milhões, montante 60,2% inferior ao 1T19, devido à finalização do Complexo Solar Ouroeste no 3T19.

Ressalta-se que quase a metade do valor investido neste trimestre refere-se à manutenção bianual das usinas Ibitinga e Barra Bonita. A nova etapa de investimentos em expansão deve acelerar no início de 2021, com o desenvolvimento do Complexo Eólico Tucano.

A companhia também adquiriu uma opção de compra sobre 1,1 GW de projetos eólicos localizados no Rio Grande do Norte, com alto fator de capacidade (Complexo Cajuína) e já conta com demanda para essa energia potencial, abrindo novos caminhos para a expansão.

A empresa divulgou o resultado do primeiro trimestre no dia 06/05/2020. Confira o release.

+ Confira o calendário de divulgação de resultados do 1T20 das empresas listadas na Bolsa de Valores.

Efeito Coronavírus e Teleconferência

Até o momento a companhia não sentiu efeitos relevantes da pandemia do Covid-19, sem impacto na inadimplência ou judicialização de contratos, podendo apenas entre 5% e 10% da energia contratada sofrer algum ajuste contratual, seja por flexibilização na quantidade para este ano, seja na condição para a liquidação financeira dos mesmos.

A elétrica AES Tietê tem avaliado diversas oportunidades de aquisições, tanto de ativos de geração já em operação quanto de carteiras de projetos de energia eólica e solar para implementação futura, disse o presidente da companhia, Ítalo Freitas, nesta quinta-feira.

“Nossa frente de M&A (fusões e aquisições) possui mais de 1 gigawatt em ativos operacionais em análise, e em diferentes estágios do processo”, afirmou o executivo ao participar de teleconferência com analistas e investidores, sem entrar em detalhes sobre os empreendimentos em estudo.

Em paralelo, a empresa mantém negociações por pipelines de projetos renováveis com até 2,9 gigawatts em capacidade, sendo 1,2 gigawatt eólicos e 1,7 gigawatt solares, acrescentou Freitas.

Compra do projeto eólico “Greenfield”

A companhia assinou um acordo de compra de um parque eólico greenfield no Rio Grande do Norte, que adicionará mais 1,1 gigawatts (GW) de capacidade instalada à carteira de projetos.

Também aprimorou a gestão comercial do portfólio de energia com o início das operações de uma mesa de comercialização que, no futuro, pode se tornar uma linha de negócios.

“Continuamos moldando a empresa para ser protagonista do futuro do setor”, disse Ítalo de Freitas, presidente da Tietê.

A AES Tietê pretende instalar um novo “cluster” eólico. Batizado de “Cajuína”, o complexo terá capacidade instalada da 1,1 GW e deve exigir investimentos da ordem de R$ 4 bilhões, incluindo aportes para aquisição, construção e compra de equipamentos. O principal atrativo desse complexo é o fato de a geração no local ser mais forte durante o dia.

Oferta da Eneva

O presidente da AES Tietê também afirmou que a empresa estaria aberta a avaliar uma eventual nova oferta da Eneva para combinação dos negócios das companhias, que poderia ser levada para deliberação em assembleia de acionistas.

Uma primeira proposta da Eneva, apresentada em 1° de março, foi rejeitada pelo conselho de administração da AES Tietê. O negócio envolveria 6,6 bilhões de reais, sendo 2,75 bilhões em dinheiro e o restante em ações.

Para decidir que não aceitaria negociar seu controle com a Eneva, a AES Tietê abriu o cofre.

Segundo o jornal O Globo, a empresa pagou R$ 32 milhões para o Bradesco, BNP Paribas e Santander e ao Cescon, Barrieu, Flesch e Barreto Advogados  pela assessoria que prestaram na análise da oferta que a empresa recebeu.

Uma oferta que nem chegou a sair do papel ou mesmo ser negociada de fato com a Eneva.

Reforço de liquidez

A Tietê reforçou sua liquidez com a emissão de R$ 500 milhões em notas promissórias, valor que se soma ao R$ 1,4 bilhão em disponibilidades de caixa registrados no fim de março.

“Essa posição nos dá tranquilidade para fazer frente às obrigações e pagamentos da companhia no ano”, afirma a diretora financeira da empresa, Clarissa Sadock.

Como foi o desempenho das ações

Em 2020, o papel oscilou entre a mínima de R$ 10,04 e R$ 19,52 na máxima. Até o momento, a empresa desvalorizou 8,09%.

De acordo com a executiva da empresa, não há intenção de revisar a previsão de investimentos, ou de corte dos dividendos.

Desconsiderando amortizações, a empresa pagou R$ 0,47 em proventos no valor bruto dos proventos com DATA COM entre 06/05/2019 e 05/05/2020 com Dividend Yield de 3,16%.

Na última quarta-feira, a empresa já divulgou dividendos de R$ 82 milhões em maio.

A visão do mercado

Eleven financial

A Eleven Financial diz que o resultado operacional foi bom, em linha com a estimativa, em razão da melhora da margem hídrica e da entrada em operação do Complexo Solar Ouroeste.

“O grande driver para as ações da AES Tietê é a possível fusão com a Eneva. Como efeito colateral do COVID 19 poderemos ter redução de volumes contratados no mercado livre” destacou Renato Pinto da Eleven.

A Eleven mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 15,00 por ação ao final de 2020.

BB Investimentos

Para o BB Investimentos, o resultado da AES Tietê no primeiro trimestre de 2020 veio forte, em função do bom desempenho das usinas hidrelétricas, tanto pela melhor afluência, que permitiu crescimento de 2,6% a/a na geração hídrica, quanto pela bem-sucedida estratégia de sazonalização da energia, que reduziu a necessidade de compra de energia em 51,2% a/a.

Além disso, o plano de expansão ajudou a aumentar a geração solar em 82,1% a/a com a entrada operacional do Complexo Ouroeste, mas o resultado consolidado acabou sendo parcialmente limitado pela queda de 27,3% a/a na geração eólica em decorrência de menor velocidade média dos ventos na região Nordeste.

“Até o momento a companhia não sentiu efeitos relevantes da pandemia do Covid-19, sem impacto na inadimplência ou judicialização de contratos, podendo apenas entre 5% e 10% da energia contratada sofrer algum ajuste contratual, seja por flexibilização na quantidade para este ano, seja na condição para a liquidação financeira dos mesmos. Ainda não assumimos esses potenciais impactos em nosso cenário base para a companhia” avaliaram Rafael Dias e Rafael Reis, analistas do banco.

BB Investimentos mantém recomendação market perform com preço-alvo de R$ 13,15 até o final de 2020.

Xp Investimentos

Gabriel Fonseca, analista da XP, diz que a AES Tietê divulgou fortes resultados no 1º trimestre, com EBITDA ajustado acima das nossas expectativas e uma distribuição de 118% do lucro como dividendos (dividend yield de 1,55%).

“Esse desempenho reflete uma combinação de uma margem de contribuição (diferença entre receitas e custos de compra de energia) de R$ 936,5 milhões em linha com nossos R$ 950,1 milhões (-1,4%), custos gerenciáveis (pessoal, material, serviços e outros) de R$ 291,7 milhões +3,5% acima da nossa estimativa de R$ 281,8 milhões e provisões de R$ 44 milhões, abaixo da nossa estimativa de R$ 61,2 milhões” avalia Fonseca.

A XP mantém recomendação de compra na unit com preço-alvo de R$ 16,00.

Quem é a Aes Tietê

A AES Tietê é uma empresa de geração de energia de elétrica pertencente ao grupo AES Brasil. Suas plantas geram energia de fontes hidráulicas, solares e eólicas. Todos os seus parques são operados remotamente através do Centro de Operações da Geração da Energia, localizado em Bauru, no Estado de São Paulo.

Em 2013, foi eleita a primeira empresa a receber a certificação PAS 55 – Certificação Internacional de Gestão de Ativos – na América Latina.

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