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A Oi (BOV:OIBR3), que emergirá da reestruturação divulgada ontem pela operadora, será, pelo menos, 114% mais valiosa que atualmente, segundo estima o BTG Pactual. A projeção foi feita com base nos números que a empresa incluiu no plano que será discutido na assembleia de credores no âmbito da recuperação judicial.
Com base nos preços de venda esperados pela Oi e nas premissas para a dívida da empresa incluindo com a reguladora Anatel, o valor de mercado pós-venda da empresa seria de R$21 bilhões, indicando um potencial de crescimento de 3,6 vezes, dado que o valor de mercado atual da empresa de R$5,8 bilhões. No caso de premissas um pouco mais conservadoras, o valor do mercado da Nova Oi seria de R$12,4 bilhões, ainda “um potencial positivo considerável de 114%”, diz, em relatório.
De acordo com os analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi, após a reestruturação, a companhia passará a deter 74,5% das operações de infraestrutura de telecomunicações e dados, que passará a ser o foco do grupo, por meio da criação de uma sociedade de propósito específico que segregará esses ativos. As restantes unidades, de telefonia móvel, data center, fatia extra no segmento de infraestrutura e torres, serão vendidas. Para o BTG, os R$15 bilhões que a Oi espera que a venda da unidade móvel renda é um valor justo.
A expectativa é que a operação seja leiloada até o final deste ano, com o fechamento da operação ocorrendo até o final de 2021, após as aprovações das autoridades competentes. Ja nos casos das torres e dos data centers, a venda deve acontecer no quarto trimestre enquanto a Oi Infra deverá será licitada no primeiro trimestre de 2021, com previsão de fechamento para o próximo terceiro trimestre de 2021. O BTG atribui um preço-alvo para 12 meses de R$2,00 para as ações ordinárias da Oi, que encerraram em alta de 1,02% a R$0,99. A recomendação é de compra.
Fonte: Bárbara Leite do TC Mover
