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XP revisa Ibovespa de 94 mil para 112 mil pontos

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A XP Investimentos revisou a projeção de Ibovespa de 94 mil para 112 mil pontos. Às 10h20, o índice operava em alta de 1,51%, aos 95.919 pontos.

Em relatório, assinado pelo estrategista-chefe e chefe de análise, Fernando Ferreira, a XP Investimentos justifica que a revisão se dá, principalmente, pela redução do risco país do Brasil de 450 pontos-base para 280 ponto, o que aumenta o múltiplo justo de preço/lucro (P/L); e porque passaram a utilizar somente a projeção de lucro de 2021, em vez dos próximos 12 meses.

“Isso porque a projeção de lucros de 2020 está muito afetada pelas quarentenas, que são passageiras”, comenta o analista. O consenso já projeta uma queda de 45% nos lucros por ação do Ibovespa em relação à 2019, com uma recuperação superior a 100% em 2021.

“Ou seja, usar como base os lucros de 2020 podem levar a um erro de avaliação, pois não serão lucros ‘normalizados’. Por isso, acreditamos que o mercado já está olhando um cenário normalizado do pós pandemia, e principalmente para 2021”.

No relatório, a XP Investimentos também destaca que na projeção de 112 mil pontos, o Ibovespa negociaria a 14 vezes o preço/lucro, mais alto do que a média de P/L de 12,5 vezes. Segundo a corretora, as taxas de juros em patamares mais baixos históricos, aliados a um menor risco país, demandam um múltiplo de P/L mais alto do que o histórico.

Além disso, as bolsas globais também estão negociando com múltiplos acima do histórico, devido as taxas de juros próximas de zero no mundo.

Ele avalia que as injeções de dinheiro por parte dos governos e bancos centrais, superiores a US$ 17 trilhões, continuarão no sistema no pós-pandemia “…o que representa 20% do PIB global – uma verdadeira bazooka!”.

No relatório, a XP Investimentos lembra que o Ibovespa acumula uma alta de 13% em reais desde o dia 25 de maio e o EWZ, principal ETF brasileiro negociado em Nova York, avança 30% no período.

Apesar das crises brasileiras ainda não terem sido resolvidas — na saúde, economia e política — a equipe da XP acredita que o sentimento em relação ao Brasil já tinha se deteriorado fortemente, o que acabou sendo embutido nos preços dos ativos e na saída em massa de estrangeiros.

“Assim sendo, quaisquer melhoras marginais nos fundamentos traria um forte rebote nos preços. A redução do risco percebido de um possível afastamento do presidente da República acabou sendo um desses catalizadores”, comentam.

Além disso, no cenário global, dois importantes fatores ajudaram os ativos brasileiros no último mês: ativos de maior risco entre as maiores altas devido a reabertura das economias e a rotação de ações de crescimento (growth) para valor (value).

“Nos últimos 12 anos, as ações de empresas de crescimento vem ganhando de longe das ações consideradas ‘baratas’, também conhecidas como ações de valor. Os setores expoentes dessas categorias em growth (crescimento) são tecnologia, e nas ações de valor (value) bancos e commodities”.

A XP lembra que o Ibovespa tem 55% da sua composição justamente em bancos e commodities, e menos de 2% em tecnologia, e havia sofrido também por conta dessa composição setorial.

No último mês, com a redução da aversão à risco, o mercado começou a comprar “os ativos que ficaram para trás”, que são justamente os setores de valor e mercados emergentes. “Caso essa rotação continue, o Brasil se beneficia fortemente dessa tendência.”

Para a XP, o mercado brasileiro continuará subindo, apesar de vários riscos persistirem tanto na economia global, como riscos políticos e na saúde.

Cinco fatores mantêm a atratividade das ações brasileiras, diz o analista.

1 – Sentimento muito consensual negativo com Brasil entre os investidores estrangeiros

2 – Redução da aversão ao risco no mundo

3- Rotação de ações de crescimento para ações de valor (como commodities e bancos)

4 – Começo de uma tendência de fraqueza do dólar

5 – Preços de commodities se recuperando do menor patamar em 20 anos

Riscos

1 – 2ª onda de COVID: caso haja uma 2ª onda de casos de covid-19 no mundo, o que forçaria novas quarentenas e a volta do forte choque econômico.

2 – Guerra comercial China-EUA:  caso a guerra comercial entre China e EUA se desencadeie para uma Guerra Fria entre os dois países, isso poderia levar a uma escalada da aversão ao risco novamente.

3 – Político: os riscos políticos no Brasil parecem ter diminuído, mas não desapareceram por completo.

4 – Economia: a grave crise levada pelo coronavírus deixará marcas na economia muito além da retomada das atividades pós pandemia.

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