O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) determinou o bloqueio em contas bancárias vinculadas a empresa e ao líder da DD Corporation, Leonardo Araújo, que já estavam sendo investigados pelo Ministério Público.
A justiça atendeu o pedido de um cliente da DD que teria investido cerca de R$190.931,00 no suposto golpe, conforme reportou o Cointelegraph.
De acordo com o Tribunal da Justiça, a DD Corporation não possuía autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para captar clientes e atuar no mercado de câmbio.
Em casos como este, segundo o TJBA, é comum os golpistas fugirem com o dinheiro das vítimas.
Diante da falta de pagamento e da quebra da empresa, a Justiça determinou o bloqueio do valor investido com o intuito de ressarcir o cliente.
“No entanto, diante da indisponibilidade da plataforma digital, da notícia de quebra da empresa e ausência de informação do paradeiro do seu responsável legal, tenho necessidade de deferimento tutela antecipada com o objetivo de assegurar que haverá patrimônio suficiente para garantir o ressarcimento dos valores dispendidos pelos agravantes”.
A Justiça deferiu o pedido de urgência para determinar o bloqueio, “por meio dos sistemas informatizados mantidos por este Egrégio Tribunal de Justiça, de bens disponíveis em nome dos acionados até o limite do valor de R$190.931,00”.
Sobre a DD Corporation, antiga Drems Digger
A DD Corporation, ex- Drems Digger, era uma plataforma de educação sobre o mercado de criptomoedas, utilizando robô de operações de arbitragem com bitcoin.
O CEO, Leonardo Araújo, anunciou o fim da empresa em seu canal no YouTube, o presidente queria pagar seus clientes em até 1 ano.
A empresa tirou seu site do ar, após dar calote em cerca de 300 mil investidores, dizendo que a DD “cumpriu a sua missão”.
Em áudios divulgados, depois de anunciar falência, Leonardo Araújo o CEO da DD, agora leva uma vida de luxo na Europa com Bitcoin, apesar de não pagar seus clientes desde o final de 2019.
A DD prometia lucro de até 4% ao dia e ainda possui a promessa de pagar seus clientes até 2021.
Por Mirian Romão