Shenzhen da China sobe mais de 3%, com ações na Ásia saltando apesar do aumento de casos de coronavírus

As ações na Ásia subiram na segunda-feira, com os investidores ignorando as preocupações com o crescente número de casos de coronavírus nos EUA.

As ações da China continental estavam entre os maiores ganhadores regionalmente no dia, com o componente de Shenzhen subindo 3,496%, para cerca de 14.149,14, enquanto o composto de Xangai subiu 1,77%, para cerca de 3.443,29.

Os fortes movimentos de alta das ações chinesas ocorreram apesar dos comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, na sexta-feira de que o relacionamento entre Washington e Pequim foi ”severamente danificado” pela pandemia de coronavírus. Os EUA também emitiram um comunicado no sábado, pedindo aos cidadãos que “tomem mais cautela” na China devido a um “risco aumentado de detenção arbitrária”.

“Penso claramente que os investidores domésticos na China se tornaram relativamente imunes à deterioração contínua das relações entre os Estados Unidos e a China. De fato, acho que os investidores globais agora quase se esqueceram … das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China”, disse Jonathan Pain, autor do The Pain Report, ao Street Signs da CNBC na segunda-feira.

Em outros lugares, o Nikkei 225 no Japão subiu 2,22% para fechar em 22.784,74, com as ações do conglomerado Softbank Group e da fabricante de robôs Fanuc subindo 4,23% e 3,24%, respectivamente. O índice Topix também avançou 2,46%, terminando o dia de negociação em 1.573,02. O Kospi da Coréia do Sul ganhou 1,67%, fechando em 2.186,06.

O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,57%, na sua última hora de negociação, com as ações do HSBC subindo cerca de 3%.

Enquanto isso, o S & P / ASX 200 da Austrália avançou 0,98%, fechando em 5.977,50.

No geral, o índice MSCI Asia ex-Japan ganhou 0,97%.

A Organização Mundial da Saúde divulgou neste domingo um aumento diário recorde nos casos globais de coronavírus, segundo a Reuters. No domingo, na Flórida, nos Estados Unidos, foram registradas mais de 15.000 novas infecções por coronavírus – o maior dia único até o momento para qualquer estado dos EUA desde o início da pandemia no país.

“As notícias sombrias e contínuas sobre a infecção pelo COVID-19 dos EUA continuam sendo sumariamente ignoradas”, escreveu Ray Attrill, chefe de estratégia de câmbio do National Australia Bank, em nota. Attrill disse que isso se deve ao “otimismo contínuo” de fatores como o “cronograma para a descoberta e implementação rápida de uma vacina eficaz”, bem como ao potencial apoio adicional de políticas para a economia dos EUA.

O índice do dólar, que acompanha o dólar norte-americano em comparação com a cesta de seus pares, ficou em 96,416, após cair de níveis acima de 96,9 na semana passada.

O iene japonês foi negociado a 106,94 por dólar, após um aumento de níveis acima de 107,2 contra o dólar na semana passada. O dólar australiano mudou de mãos em US $ 0,6972, depois de turbulentas negociações na semana passada, que o viram oscilando entre níveis abaixo de US $ 0,694 e acima de US $ 0,698.

Os preços do petróleo caíram na tarde do pregão asiático, com os futuros de referência internacional Brent em queda, 0,76%, para $ 42,91 por barril. Os contratos futuros de petróleo dos EUA também caíram 0,86%, para US $ 40,20 por barril.

Fonte CNBC