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Após ata do Fed, Ibovespa fecha em queda de 1,19%

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O Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3, encerrou o dia em queda de 1,19%, aos 100.853,72 pontos, com um volume financeiro de R$ 28,281 bilhões.

Apenas 15 das 75 ações subiram, com destaque para os frigoríficos Marfrig, que saltou quase 6%, liderando os ganhos, e JBS, mais de 3%, com o setor ainda embalado pelos bons balanços do segundo trimestre. Ultrapar subiu 4,7% após anunciar um novo acordo de acionistas que levou o fundo Pátria Private Equity a deter 20% da Ultra SA, enquanto Gerdau e Metalúrgica Gerdau avançaram mais de 2%, estendendo os ganhos da véspera, após o JPMorgan elevar as ações para overweight.

Cogna foi a maior queda percentual do Ibovespa, com reco de 5,46%, após Credit Suisse iniciar recomendação com underperform e preço-alvo em R$6,00. Sabesp também figurou como uma das maiores quedas do índice. A ação chegou a cair 10,7% na mínima do dia, mas fechou em baixa de 5,04%, após o governador de São Paulo falar que a empresa seria capitalizada, o que, para o mercado, tornaria mais difícil de a privatização da empresa acontecer. Mais tarde, no entanto, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo disse, por meio de nota, que soluções para a Sabesp ainda serão definidas, e não descarta uma possível privatização.

Assim como no exterior, a agenda fraca de indicadores econômicos focalizou as atenções dos investidores no cenário político-fiscal que, a despeito de sinalizar melhoras após o entendimento mútuo de Guedes e Bolsonaro em torno do teto de gastos, segue altamente incerto e desafiador, principalmente na situação fiscal do país.

Hoje, dá-se início à avaliação de uma série vetos presidenciais que, se derrubados, poderão onerar os cofres públicos com despesas adicionais de até R$ 120 bilhões.

Assim, como tem sido nas últimas sessões, as incertezas em torno da dinâmica do endividamento do governo voltaram a pressionar o dólar no mercado cambial, que voltou a operar acima dos R$ 5,50, e manter o risco-país em níveis elevados.

O dólar comercial teve alta de 1,13% a R$ 5,5283 na compra e a R$ 5,5303 na venda. O dólar futuro para setembro opera com alta de 1,19% a R$ 5,536 no after-market.

No mercado de juros futuros, as taxas também repercutiram a preocupação com o fiscal e voltaram a operar em alta ao longo da maioria dos vértices.

Deste modo, a atual taxa de juros na faixa entre 0% e 0,25% pode se manter até que os dirigentes estejam “confiantes de que a economia resistiu aos eventos recentes e está caminho para atingir as metas de emprego e estabilidade de preços”.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 subiu 11 pontos-base a 2,78%, o DI para janeiro de 2023 ganhou 13 pontos, a 3,99% e o DI para janeiro de 2025 avançou 14 pontos-base a 5,82%.

Orçamento de 2021

As atenções continuaram voltadas para a elaboração da proposta de Orçamento para 2021, que deve ser enviada ao Congresso pelo governo federal até o final do mês. A pressão por mais recursos cresce nas diferentes pastas, o que pode ameaçar o teto de gastos.

O governo vem fazendo concessões para atender as demandas de diferentes ministérios nas discussões sobre o Orçamento de 2021, o que aumenta ainda mais a pressão ao teto de gastos.

Segundo reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, um dos ministérios beneficiados por essas concessões é o do Desenvolvimento Regional, que vai receber mais R$ 846 milhões em 2021 em relação à proposta orçamentária oferecida anteriormente, que era de R$ 7,4 bilhões.

O Ministério da Defesa deve ganhar mais R$ 2,2 bilhões em recursos, chegando a R$ 108 bilhões, em detrimento aos recursos ao IBGE, que corre o risco de não ter como realizar o Censo, que tem um custo estimado em R$ 2 bilhões.

O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, afirmou que o teto de gastos precisa ser respeitado para gerar credibilidade para as contas públicas brasileiras. Para ele, o caminho para abrir mais espaço no Orçamento deve ser rever outras despesas.

Ainda sobre o teto de gastos, o jornal O Estado de S.Paulo divulgou hoje um estudo mostrando que as medidas de contenção de despesas com pessoal previstas no próprio teto de gastos, chamadas de gatilhos, têm potencial para abrir espaço de R$ 40,4 bilhões no Orçamento em 2021 e 2022. Isso equivale a 0,5 ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB), calcula a Instituição Fiscal Independente (IFI).

Auxílio emergencial

O governo estuda usar uma medida provisória (MP) para prorrogar o auxílio emergencial com um valor abaixo dos atuais R$ 600, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende um valor de R$ 200, mas auxiliares do governo contam com parcelas de R$ 300 e a possibilidade dos pagamentos até dezembro.

A lei que rege o auxílio emergencial define que o benefício pode ser prorrogado atualmente por ato do Executivo sem a necessidade de validação do Congresso, desde que seja mantido o valor de R$ 600 (já que esse é o valor previsto no texto).

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que não acredita ser possível avançar com a privatização da Eletrobras no parlamento. Segundo ele, o tema enfrenta dissenso nas duas casas legislativas e ainda pode prejudicar o avanço de pautas urgentes para a saúde fiscal do país.

Para Maia, o foco do governo deveria estar na criação de instrumentos que viabilizem o cumprimento do teto de gastos e nas reformas administrativa e tributária. “O que precisamos decidir é quais são nossas prioridades. Temos metade de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro com uma eleição municipal no meio. Nós temos a questão do auxílio emergencial, que o governo vai ter que pensar uma solução”, disse o parlamentar durante a transmissão.

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