O dólar começou a semana em alta ante o real, na quarta valorização diária consecutiva e na máxima desde o fim de junho, puxado por um dia de moeda norte-americana fortalecida no exterior em meio a tensões EUA-China.
O país asiático impôs nesta segunda-feira sanções a 11 cidadãos dos EUA, incluindo parlamentares do Partido Republicano, ao qual pertence o presidente Donald Trump, em resposta a sanções por Washington contra Hong Kong e autoridades chinesas acusadas de restringir liberdades políticas na ex-colônia britânica.
Ruídos entre China e EUA, as duas maiores economias do mundo, há tempos sacodem os mercados financeiros, com o embate comercial escalando para âmbito geopolítico.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil e de vários países da América Latina. Todas as principais moedas latino-americanas se desvalorizaram nesta sessão.
O dólar à vista subiu 0,97% nesta segunda-feira, a 5,4649 reais na venda, maior patamar desde 26 de junho (5,4652 reais).
A moeda oscilou na sessão entre alta de 1,07% (para 5,4706 reais) e queda de 1,11% (a 5,3525 reais).
Em quatro sessões seguidas de ganhos, o dólar avançou 3,43%. A série de altas é a mais longa desde os cinco pregões de apreciação entre 12 e 18 de junho.
O dólar sobe 4,72% em julho e salta 36,18% em 2020.