ADVFN Logo

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for alerts Cadastre-se para alertas em tempo real, use o simulador personalizado e observe os movimentos do mercado.

Eletrobras (ELET) no 2T20: lucro líquido de R$ 4,59 bilhões

LinkedIn

A Eletrobras – Centrais Elétricas Brasileiras – divulgou lucro líquido de R$ 4,59 bilhões no segundo trimestre de 2020, uma queda de 17% sobre o lucro líquido de R$ 5,56 bilhões apurados no mesmo trimestre do ano passado.

Os resultados da Eletrobras (BOV:ELET3) (BOV:ELET6) referente a suas operações do segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia 12/08/2020.
Ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização –recorrente apresentou redução de 19%, para R$ 2,413 bilhões no segundo trimestre, diferente do Ebitda, que somou R$ 7,78 bilhões, número 5 vezes maior que o de um ano antes.
→ A Eletrobras atua na geração e transmissão de energia, sendo líder em geração de energia elétrica no Brasil, com participação de cerca de 1/3 do total da capacidade instalada do país. A Eletrobras possui R$ 56,6 bilhões de valor de mercado. Confira a Análise completa da empresa com informações exclusivas.

A receita operacional líquida cresceu 68% para R$ 11,09 bilhões, mas a receita operacional líquida recorrente apresentou uma queda de 13%, para R$ 5,564 bilhões, influenciada pelo término de contratos de Furnas e Eletronorte no ambiente regulado, bem como pela antecipação do desconto da parcela de ajuste da receita de transmissão de R$ 218 milhões, medida adotada pela Aneel para mitigar os efeitos da pandemia no setor e pela amortização de receita de Rede Básica do Sistema Existente (RBSE).

A companhia teve geração (energia vendida) de 30,4 GWh no trimestre, queda de 6,2% sobre a geração de 32,4 GWh no mesmo trimestre do ano passado.

A empresa disse ter conseguido cortar em 26% as despesas administrativas com pessoal, materiais e serviços terceirizados, cifra que passou de R$ 2,27 bilhões para R$ 1,67 bilhão, sob impacto principalmente dos programas de demissões voluntárias, mas também do orçamento de base zero e da pandemia da covid-19, que deixou muitos funcionários em home-office.

De acordo com a companhia, influenciaram o resultado as medidas relativas aos planos de demissão consensual e ao projeto Orçamento Base Zero, tendo este último, apenas no 1º semestre, representado uma economia de R$ 97 milhões.

A redução de custos é ainda influenciada por fatores como redução de terceirizados e de aluguéis em Furnas. Os custos operacionais também tiveram diminuição de R$ 136 milhões. Outro destaque do período foi o indicador dívida líquida/Ebitda ajustado em 1,5, reforçando o compromisso da empresa com a disciplina financeira”, informou a companhia.

A Eletrobras é responsável por 30% da geração de energia elétrica do país, o equivalente a 51.301 mega Watts. Durante a pandemia, a geração da Eletrobras foi a mais utilizada, chegando a 40% da geração brasileira entre abril e junho.

A Eletrobras mantém a operação normal na geração e na transmissão de energia para o atendimento da retomada da economia no momento pós-pandemia”, disse o presidente. Na transmissão, a empresa detém 44,7% do Brasil, num total de 71.503 km de linhas. A operação de transmissão teve os melhores resultados históricos de indicadores para um 1º semestre, mesmo em meio à pandemia.

A Eletrobras controla grande parte dos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil por intermédio das subsidiárias Eletrobras Amazonas GT, Eletrobras CGT Eletrosul, Eletrobras Chesf, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Eletronuclear e Eletrobras Furnas. Além de ser principal acionista dessas empresas, a companhia é dona de metade do capital de Itaipu Binacional.

Teleconferência

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, afirmou que a estruturação do financiamento das obras da usina nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis (RJ), deve avançar no início de 2021. A companhia mantém os planos de iniciar as obras de concretagem e montagens em outubro do ano que vem, de forma que a usina entre em operação em 2026.

As obras seguirão duas frentes. Num primeiro momento, a Eletrobras implementará um “plano de aceleração do caminho crítico”, para, segundo Ferreira Júnior, deixar Angra 3 em condições de receber o “epecista” — empresa que finalizará a construção de obra por contrato de EPC (do inglês Engineering, Procurement and Construction).

A perspectiva é publicar o edital do EPC em agosto de 2021, com início das obras do epecista em março de 2022. “A licitação de um epecista é a melhor saída, com maior retorno aos acionistas”, afirmou o executivo, durante teleconferência com analistas.

Para essa fase de preparação do terreno para as obras, a Eletrobras aprovou a concessão de um adiantamento para futuro aumento de capital (Afac) da subsidiária Eletronuclear, para acelerar providências para a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3. A operação envolve R$ 1,052 bilhão em 2020 e R$ 2,447 bilhões em 2021.

Wilson Ferreira Júnior afirmou ainda que a Eletronuclear passará a ser controlada por uma nova estatal a ser criada pelo governo, caso a capitalização da Eletrobras ocorra. Hoje, a empresa nuclear é 100% controlada pela Eletrobras. Segundo ele, a expectativa é que a iniciativa privada possa entrar no restante do capital da empresa de energia nuclear. O executivo explicou que a nova estatal ficará com 51% do capital votante e 25,5% do capital total da Eletronuclear.

No mês passado, o Ministério de Minas e Energia (MME) solicitou ao Ministério da Economia um adicional de R$ 4 bilhões no Orçamento de 2021 para a criação dessa nova estatal, que seria responsável pela gestão da participação brasileira em Itaipu Binacional, Eletronuclear e nos programas de governo para o setor elétrico caso a Eletrobras seja privatizada.

A Constituição determina que a geração nuclear é um monopólio da União e, portanto, não pode ser incluída no projeto de lei da capitalização da Eletrobras — a inclusão demandaria uma Proposta de Emenda à Constituição. “Na largada a Eletrobras terá 74,5% [da Eletronuclear], mas para a conclusão da obra [de Angra 3] precisará de dinheiro. Nessa condição podemos ter sócio privado na Eletronuclear, para compor a obra”, disse, durante teleconferência com analistas.

Questionado sobre a financiabilidade de Angra 3, ele disse que o projeto está 70% executado e que é uma “obra simples de ser financiada”.

Fonte Valor/ Poder360

Deixe um comentário