O bitcoin (BTC) e o ouro (XAU) aumentaram bastante nas últimas semanas, mas qualquer correlação entre os dois ainda não deve ser levada a sério, segundo a CoinMetrics.

Tom Lee, sócio-gestor da Fundstrat, deu uma explicação diferente na edição desta semana do podcast The Scoop do The Block: “boomers” e “millennials” estão tomando um partido.

Lee destacou que é provável que uma geração mais velha esteja investindo em ouro com altas quantias de dinheiro. Para aqueles que perderam o rali de mercado, o ouro se tornou em um ativo mais atrativo de acordo com o aumento na inflação.

Conforme ações de tecnologia se tornam mais atrativas e dinheiro menos empolgante, devido às preocupações em relação à pandemia do coronavírus, a percepção sobre o bitcoin também está mudando, segundo Lee.

“Por conta do coronavírus, acho que estamos vendo empresas deixarem de usar dinheiro em espécie e, assim, o dinheiro digital está facilitando a compreensão do valor do bitcoin que é, basicamente, uma rede de liquidações que não é denominada em dólares”, disse ele.

Uma pesquisa do JPMorgan parece concordar com Lee. Um comunicado dessa terça-feira (4) dos estrategistas do banco afirmou que millennials preferem ações de tecnologia a investidores mais velhos que estão vendendo ações e comprando títulos.

Porém, isso não significa que instituições entrarão em breve nesse mercado. Conforme o valor do bitcoin aumenta, é provável que haja mais paralelos ao ouro.

Na edição desta semana, Lee detalhou suas outras hipóteses sobre as atuais condições de mercado:

– por que o impacto negativo da COVID-19 nos mercados desapareceu;

– como o vírus afetou a lista de ações “fáceis de ganhar” da Fundstrat;

– a relação entre mercados tradicionais e a volatilidade de preço do bitcoin;

– o impacto dos ciclos de eleição em ativos tradicionais e digitais e como o ganhador irá afetar as movimentações de mercado

– por que ele odeia ser chamado de “permabull” (termo dado a um investidor que age em expectativa que o valor de ações irá aumentar).

Você pode ouvir ao The Scoop, em inglês, na Apple, no Spotify, no Google Play, no Stitcher ou em seu player de podcast preferido.

Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento