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RAIA DROGASIL (RADL3) 2T20: lucro líquido de R$ 44,7 milhões

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A Raia Drogasil (RD) registrou no segundo trimestre um lucro líquido de R$ 44,7 milhões, um recuo de 67,7% em relação aos R$ 138,4 milhões apurados no mesmo período de 2019, com a pandemia de covid-19 provocando perda de alavancagem operacional.

Os resultados da Raia Drogasil (BOV:RADL3) referente a suas operações do segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia 11/08/2020.
Ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – caiu 34,4%, para R$ 229,6 milhões. No entanto, a despesa financeira líquida subiu de R$ 59,6 milhões para R$ 72,9 milhões
→ A Raia Drogasil – Gente Saúde e Bem-estar, é a empresa líder no mercado brasileiro de drogarias, com mais de 1.800 lojas em 22 estados brasileiros. Foi criada em novembro de 2011 a partir da fusão entre Raia S.A. e Drogasil S.A. A RD possui R$ 37,1 bilhões de valor de mercado. Confira a Análise completa da empresa com informações exclusivas.
A receita líquida subiu 5,8%, para R$ 4,4 bilhões, com o isolamento social reduzindo o fluxo de clientes e diminuindo a demanda por medicamentos associados a tratamentos agudos não-urgentes, diante da redução de consultas médicas e cirurgias eletivas.

A receita bruta consolidada somou R$ 4,7 bilhões, um aumento de 6,3% sobre o mesmo período do ano anterior. A RD Farmácias registrou um crescimento de 5,4%, enquanto a 4Bio cresceu 23,8% no período.

As vendas “mesmas lojas”, que consideram o desempenho de unidades em funcionamento há mais de 12 meses, caíram 2,6%, enquanto as lojas maduras tiveram uma queda de 6,9%.

A RD citou cinco pontos que atrapalharam as vendas no segundo trimestre – perda de vendas nas lojas em shoppings, postergação de 60 dias no reajuste anual de preços de medicamentos, antecipação de compras dos clientes no trimestre anterior precedendo o distanciamento social, redução da demanda por medicamentos para tratamentos agudos não urgentes e o efeito temporário da mudança no mix de mercado por perfil de renda.

A penetração dos canais digitais atingiu 7,6% das vendas do varejo da RD, um incremento de 6,4 pontos percentuais (p.p.) em base anual. Ela registrou um crescimento de quase sete vezes no segundo trimestre de 2020 quando comparado ao mesmo período do ano anterior, e de quase seis vezes quando excluído o impacto da aquisição da Onofre.

As despesas operacionais avançaram 13,7%, para R$ 1,2 bilhão. Segundo a companhia, as despesas com vendas foram influenciadas pela perda de alavancagem operacional devido ao menor patamar de vendas, despesas adicionais com equipamentos de proteção individual e limpeza de lojas. As despesas gerais e administrativas também foram afetadas pelo menor patamar de vendas, além da adoção do teletrabalho e marketing institucional relacionado à pandemia.

As despesas operacionais avançaram 13,7%, para R$ 1,2 bilhão. Segundo a companhia, as despesas com vendas foram influenciadas pela perda de alavancagem operacional devido ao menor patamar de vendas, despesas adicionais com equipamentos de proteção individual e limpeza de lojas. As despesas gerais e administrativas também foram afetadas pelo menor patamar de vendas, além da adoção do teletrabalho e marketing institucional relacionado à pandemia.

Teleconferência

O comando da rede Raia Drogasil (RD), dono das redes Raia e Drogasil, maior varejista de farmácias no país, disse nesta quarta-feira que a perda de alavancagem operacional no segundo trimestre, com vendas crescendo um dígito e despesa subindo de forma mais acelerada, não deve se repetir no restante do ano. Dados de julho e agosto mostram retomada nas vendas, com elevação de 13,8% em julho, em relação ao ano anterior. Ao se descontar as lojas de shopping centers, que têm tido desempenho pior, a alta é de 19%.

“Fomos muito impactados pela covid no segundo trimestre, com vendas mais fracas, adiamento do reajuste de medicamentos [determinado pelo governo, foi postergado em abril], o que gera pressão de resultados e de caixa, mas que entendemos que são absolutamente pontuais. Julho já foi robusto, quase normalizando”, disse Eugenio De Zagottis, vice-presidente de planejamento corporativo e relações com investidores da Raia Drogasil. “O efeito da pandemia não afetará o próximo semestre”.

Após a queda de 6,9% nas vendas em lojas maduras no segundo trimestre, houve alta de 0,8% em julho e, nas unidades de rua, a alta foi de 5,8%.

Nas vendas, houve efeito da queda no canal de shoppings e redução nas consultas médicas e, por consequência, na prescrição de medicamentos de abril a junho. Mesmo com a telemedicina, a demanda não compensou a desaceleração gerada pela consulta médica feita pessoalmente.

A empresa disse ainda que essa retração de abril a junho em lojas maduras ocorreu porque esse segmento, voltado a classes mais altas, sentiu mais na pandemia que o mercado mais popular, para classes mais baixas.

A companhia está ampliando o foco de investimentos em mercados populares, no Nordeste e no Sul. “Estamos abrindo mais lojas nesses mercados e abrindo mais espaço para entrar mais forte nesse segmento de classes mais baixas. Aprendemos com a Farmasil [bandeira para classe popular] e implementando o que aprendemos”, disse Marcilio Pousada, CEO da empresa.

Em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre, a companhia ainda mencionou que houve maior pressão em ciclo de caixa de abril a junho, como reflexo do aumento no estoque e atraso no reajuste anual de preços, determinado pela Anvisa, e válido após abril. Houve adiamento de 60 dias. “Tomamos a decisão de manter estoque forte na pandemia para garantir nível de serviço, e ao mesmo tempo, o aumento de preços escorregou dois meses, o que também tem impacto, penalizando nosso ciclo de caixa, mas isso já está melhorando”, disse ele.

A Raia Drogasil informou mais cedo nesta quarta-feira o desdobramento de ações de um para cinco para reduzir preço por ação e atrair mais investidor pessoa física, nesse ambiente de maior entrada desse perfil de investidores na bolsa, disse o executivo.

O comando do grupo RD disse que o volume de ofertas de ações de concorrentes, anunciadas nos últimos meses, não deve afetar a competição no Estado de São Paulo, que estará mais protegido mesmo com a perspectiva de aumento de investimentos das cadeias mais capitalizadas.

“O cenário não muda tanto [com as ofertas] em São Paulo. Claro que, com onda de IPOs [oferta pública inicial], há mais capital no mercado, mas vejo mais algo parecido com o que vimos de 2014 a 2017, que foi um ciclo em que muita gente cresceu mais. Deve ser mais parecido com isso do que com o ciclo de 2017 a 2018, quando tivemos uma intensidade muito elevada de aberturas em São Paulo e a gente tinha preço defasado e precisamos nos ajustar”, disse Zagottis.

“A briga vai ser mais fora de São Paulo, acho que São Paulo está mais protegido das ofertas, porque é um mercado muito duro, muito exigente, tem três redes fortíssimas com padrão de serviços alto, então crescer aqui não seria fácil. Quem usar dinheiro dos IPOs para crescer onde está vai se dar bem”, disse.

Os planos de crescimento das cadeias com ofertas na rua não se focariam especificamente em São Paulo. A D1000, braço de varejo da Profarma, fez IPO, assim como a Pague Menos.

A RD disse que tem 75% da venda do líder na região Sul e é maior que o líder no Paraná e em Santa Catarina. O Sul é a região com número representativo de empresas com ofertas de ações recentes: Panvel e Nissei — esta última ainda não confirmou negociações para a operação.

Analistas perguntaram na teleconferência sobre a manutenção de ritmo de aberturas de lojas, mesmo num ambiente macroeconômico mais duro. “Estamos mantendo aberturas de 240 lojas em 2020 e já preparando o parque de lojas de 2021. Sairemos da crise com endividamento controlado, já vemos uma melhora em vendas em lojas maduras, então vemos espaço para manter esse ritmo”, afirmou ele.

A Raia Drogasil diz que tem quase 500 lojas populares e 24 “superpopulares”. Ainda informou a realização de 225 mil testes de covid-19 em 23 estados.

Fonte Valor

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