Rodobens Negócios Imobiliários (RNI) registra prejuízo líquido ao controlador de R$ 5,9 milhões, revertendo lucro líquido de R$ 2,3 milhões do mesmo período de 2019.
Na RNI Negócios Imobiliários os lançamentos programados para o segundo semestre vão superar os da primeira metade do ano. Até junho, a RNI apresentou R$ 182,4 milhões ao mercado, considerando-se somente a parte própria. A companhia prevê lançar projetos no interior de São Paulo, em Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. “São mercados com a resiliência do agronegócio”, afirma o presidente da RNI, Carlos Bianconi.
Com foco no programa Minha Casa, Minha Vida e em empreendimentos horizontais do segmento econômico financiados com recursos da poupança, a RNI teve vendas líquidas totais de R$ 243 milhões e próprias de R$ 210 milhões, de janeiro a junho, superando o total de 2019. No canal digital de vendas, de acordo com Bianconi, o cliente é “mais pragmático”, e as vendas, “mais direcionadas”.
O executivo da RNI diz estar “muito confiante na reformulação do Minha Casa, Minha Vida”. Ele espera que haja redução nas taxas de juros do programa, levando-se em conta a Selic a 2%, o que contribuirá para as vendas dos imóveis incluídos.
Nos segmentos em que a incorporadora deixou de lançar novos produtos – projetos verticais financiados pela poupança e loteamentos -, as margens de vendas são menores do que nos de atuação principal.
A RNI fez distratos com clientes do segmento de urbanismo e tem concedido descontos para acelerar a comercialização de apartamentos não incluídos no Minha Casa, Minha Vida.
À medida que os projetos do legado deixarem de ter participação relevante na composição das margens e que tiverem início as obras dos lançamentos que estão sendo realizados, o resultado líquido da companhia deverá refletir mais seu desempenho operacional. “Isso abre espaço para a volta da rentabilidade dos anos de 2012, 2013 e 2014”, afirma o gerente de relações com investidores da RNI, Felipe Rodrigues.