O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – sofreu redução de 67,5% e fechou o período em R$ 111,2 milhões. A margem Ebitda caiu 24,5 pontos percentuais, indo a 11,2%.

De acordo com a empresa, o aumento relevante de despesas de contingência para enfrentar à Covid-19 pesaram nos números.

Em termos ajustados, a companhia reportou lucro de R$ 135,9 milhões no trimestre, queda de 30,2% ante mesma etapa de 2019. A previsão média de analistas ouvidos pela Refinitiv apontava para lucro de R$ 150 milhões.

A Yduqs, antiga Estácio, possui valor de mercado de R$ 9,22 bilhões. Confira a Análise completa da empresa com informações exclusivas.

A receita líquida atingiu R$ 991,1 milhões, crescimento de 3,5%. Apesar disso, as perdas de 53% nas receitas provenientes do Fies, programa do governo de financiamento do ensino superior, afetaram o desempenho, argumentou a Yduqs. Houve uma elevação de 31% na base de alunos.

A Yduqs concedeu no período 67,5 milhões de reais em descontos referentes ao programa de bolsas. Em outra frente, as despesas com provisões para inadimplência cresceram 84,4% ano a ano, para 229 milhões de reais.

“O aumento dos descontos e bolsas concedidos durante o período da pandemia, e o aumento da inadimplência, somados a maiores despesas gerais e administrativas, em grande parte resultado das medidas de contingência relacionadas à Covid-19 contribuíram negativamente para a performance”, informou a empresa.

A despesa financeira líquida registrou crescimento de 80,3%, para R$ 87,7 milhões, devido ao aumento de despesas de contingência frente à crise da covid-19, e também em função do aumento dos juros e encargos pagos referentes às captações de recursos nos últimos trimestres.

A dívida bruta (excluindo arrendamento mercantil) encerrou o trimestre em R$ 3,33 bilhões. Dessa forma, a alavancagem financeira da empresa, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda, ficou em 1,45 vezes, também desconsiderando o arrendamento mercantil.

Segundo a YDUQS, um dos destaques do trimestre — e uma das razões dos empréstimos contraídos — foi a aquisição do Athenas Grupo Educacional, no valor total de R$ 120 milhões. O racional estratégico por trás dessa compra é alcançar mais regiões de influência prioritárias, segundo a empresa.