O Índice de Confiança de Serviços (ICS), da Fundação Getulio Vargas, avançou 2,9 pontos em setembro, para 87,9 pontos. Apesar da quinta alta consecutiva, o índice passou a desacelerar a partir de julho, após ter registrado aumento de 11,2 pontos em junho. Em médias móveis trimestrais, o índice apresenta alta de 5,4 pontos.
“Em setembro, a confiança do setor de serviços mantém sua trajetória ascendente, mas ainda em ritmo desigual entre os segmentos e encontra-se em patamar abaixo do período pré-pandemia. Houve acomodação nos indicadores que medem a situação atual, sugerindo que não há alteração no ritmo de demanda por serviços no mês, apenas aumento das expectativas. Para os próximos meses, o cenário de recuperação deve ser mantido, mas ainda há muita incerteza na sustentabilidade dessa retomada, principalmente pela cautela dos consumidores, piora do mercado de trabalho e proximidade do fim dos programas de auxílio do Governo”, avaliou Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.
Houve variação positiva do ICS em 11 dos 13 segmentos pesquisados. As avaliações sobre o momento atual se mantiveram estáveis enquanto as expectativas em relação aos próximos meses melhoraram em setembro, acumulando cinco meses de alta. O Índice de Situação Atual (ISA-S) variou 0,1 ponto, para 76,9 pontos, ainda abaixo do nível pré-pandemia. O Índice de Expectativas (IE-S), por sua vez, cresceu 5,4 pontos, para 98,9 pontos, igualando-se ao nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de serviços se manteve estável em 81,8%.
Terceiro trimestre mostra retomada da confiança, porém ainda em recuperação
O setor iniciou o segundo semestre de maneira distinta ao encerramento do primeiro, registrando sucessivos ganhos de confiança em todos os setores. No terceiro trimestre, o Índice de Confiança de Serviços registrou aumento de 22,9 pontos no total. Comparando com o desempenho do trimestre anterior (queda de 30 pontos), houve uma recuperação de 76,2%. Entre os principais segmentos analisados, os serviços de Transportes foram os que conseguiram melhor recompor a confiança no período, recuperando 89,0% do ICS. Em contrapartida, os serviços prestados às famílias, que registraram a maior queda no trimestre (38,5 pontos), não conseguiram recuperar sequer metade da confiança perdida (47,5%).
Fonte FGV Ibre