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Minicontratos de dólar conquistam investidores com juros baixos na pandemia

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Os minicontratos de dólar futuro (BMF:WDOV20) ganharam a preferência dos investidores com a queda da Selic à mínima histórica durante a pandemia do coronavírus. Tanto que a modalidade é apontada como um dos fatores para a volatilidade do real, a mais elevada entre as moedas globais.

A entrada de mais pessoas físicas no mercado cambial, em busca de maior rentabilidade em meio ao juro baixo, contribuiu para fazer o mini superar o volume financeiro do contrato padrão pela primeira vez em abril deste ano, no auge da crise do coronavírus — atualmente, movimenta mais do que o dobro, segundo dados da B3.

A participação das pessoas físicas no volume de negócios dos minis subiu para 34,5% em julho, de 27,4% um ano antes.

O mini, entretanto, não atraiu apenas a pessoa física. Os investidores institucionais também passaram a adotá-lo, pela maior facilidade de fazer negócios durante a crise, especialmente quando a liquidez dos mercados minguou. O mini equivale a um quinto do contrato padrão de futuro de dólar.

“Todo mundo tem operado mais o mini, tanto de bolsa quanto dólar, porque está com mais liquidez. Nos EUA é assim também”, diz Luiz Eduardo Portella, sócio fundador da Novus Capital.

O mini hoje representa 72% do volume financeiro total dos dois contratos cambiais, ante 31% em janeiro de 2018, de acordo com a B3. A média diária de volume de negócios de janeiro a junho subiu para 2,2 milhões de contratos, ante a média diária de 1,37 milhão de contratos no ano passado, segundo a B3.

Os mini contratos podem funcionar como uma porta de entrada para os investidores conhecerem o funcionamento dos mercados, disse a B3 em nota enviada por email. Esse mesmo movimento aconteceu com o minicontrato de Ibovespa alguns anos atrás. “Uma parcela considerável desses investidores acaba migrando, posteriormente, para outros produtos da B3”, segundo a bolsa.

Volatilidade

O crescimento do uso de minicontratos é apontado como um dos fatores que contribuem para a volatilidade do câmbio, inclusive pelo próprio Banco Central.

As oscilações do dólar também são agravadas pela queda dos juros e o risco fiscal, além das incertezas globais com o impacto econômico da pandemia.

Um estudo do BNP Paribas concluiu que aumento das negociações com minis têm impacto “considerável” no preço e na volatilidade do dólar. “Os players usam os contratos grandes apenas para rolar posições, mas fazem a maioria das operações nos minis”, disse Luca Maia, estrategista de câmbio e juros para América Latina do banco.

O presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto, tem dito publicamente que estuda todos os motivos da volatilidade do câmbio, como a queda dos juros, a questão fiscal e o crescimento de participantes e do número de negócios no mercado de contratos menores.

No Fórum Bloomberg Emerging + Frontier, realizado na semana passada, ele afirmou que não há um bom instrumento para intervir no mercado de forma a reduzir a volatilidade. O uso de opções ou as atuações por ‘corredor’ não tiveram tentativas bem sucedidas, segundo ele.

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