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Ser educacional compra Laureate no Brasil por aproximadamente R$ 4 bilhões

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A Ser Educacional chegou a um acordo para a compra das operações brasileiras do grupo educacional Laureate, denominadas Rede Internacional de Universidades Laureate.

O comunicado foi feito na noite deste domingo (13). Pelos próximos 30 dias, a Laureate poderá receber proposta mais vantajosa de outro grupo, mas nesse caso a Ser Educacional (BOV:SEER3) terá direito a multa de R$ 180 milhões.

O negócio prevê a compra de 100% da Rede pela Ser, sendo R$ 1,7 bilhão em dinheiro, mais R$ 623 milhões em dívidas a serem recebidos pelo vendedor e a entrega de 44% das ações ordinárias nominativas da Ser, o que daria um valor estimado de R$ 4 bilhões.

O controlador Janguiê Diniz deterá 32,1% do capital da Ser e continuará a ser o acionista controlador. Isso porque o direito de voto da Laureate equivalerá a apenas 7,5% do capital da Ser. A operação prevê ainda a emissão de ADRs nos Estados Unidos.

As companhias estimam que a transação deve ser concluída até o final de 2021.

A Laureate é dona de universidades como Anhembi Morumbi e FMU (em São Paulo), IBMR (no Rio) e UNIFACS (em Salvador), e adicionará 265 mil alunos à operação da Ser, que passará a ser o quarto grupo de ensino superior do País, com cerca de 450 mil alunos no ensino presencial e à distância, mais de 100 campi e mais de 500 polos de EAD.

A estrutura da operação sugere que a Laureate será um investidor passivo na companhia, e que eventualmente sua posíção na Ser será vendida ou distribuída a seus acionistas.

A Laureate teve um EBITDA de cerca de R$ 400 milhões no Brasil nos últimos 12 meses, comparado a R$ 320 milhões da Ser no mesmo período.

O acordo vem meses depois da Laureate colocar seus ativos no Brasil à venda, e em meio a um desmanche global da companhia americana.

Em janeiro, o board da Laureate autorizou a empresa a explorar alternativas estratégicas para cada um de seus negócios, incluindo vendas, cisões ou combinações de negócios. A Laureate já iniciou oiu concluiu processos para vender seus negócios no Peru, México e Austrália / Nova Zelândia.

Na sexta-feira, a companhia anunciou a venda de sua operação no Chile e de uma universidade nos EUA — a Walden University, vendida por US$ 1,48 bi à Adtalem.

Bank of America assessorou a Ser, que recebeu aconselhamento jurídico do Milbank LLP e Pinheiro Neto. Goldman Sachs assessorou a Laureate. Veirano Advogados, Demarest Advogados, Campos Mello Advogados, Simpson Thacher & Bartlett LLP e Jones Day assessoraram a companhia.

Visão do mercado

Morgan Stanley

Segundo o Morgan Stanley, a Ser está pagando 10 vezes o EV (Valor de mercado)/Ebitda de 2020, um pouco acima da estimativa do banco, que era de R$ 3,6 bilhões ou 9 vezes. No entanto, o valor é quase metade do que era considerado razoável antes do Covid (US$ 1,3 bilhões).

Em relatório, o banco disse que o negócio é ousado e potencialmente transformador para a Ser, que pode se tornar um player nacional relevante, com marcas fortes nas diferentes regiões do país. “Em nossa visão, o acordo pode ativar restrições do Cade nas cidades de Natal e João Pessoa, mas nada que possa impedir o negócio.”

O banco acredita que a Ser pode elevar as margens Ebitda da Laureate de 15% a 18% para 25% a 30% em poucos anos. Além disso, o Morgan crê que o acordo pode ser fechado em 8 a 14 meses.

Fonte Valor, Brazil journal e Infomoney

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