O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, avaliou nesta quarta-feira que a raiz fiscal está por trás do ajuste de prêmio nos títulos públicos, com os fundos de investimento de longo prazo, compradores cativos de LFTs, deixando de ser formadores de preços na margem.

Em live promovida pela Renascença DTVM e Panamby Capital, ele avaliou que a situação não deriva de uma insatisfação com a taxa Selic no nível atual de 2% ao ano, mas de uma mudança na estrutura de mercado que está levando para menos demanda por título público.

Segundo Serra, as LFTs, títulos pós-fixados atrelados à Selic, demoraram mais para ser reespecificadas porque são menos líquidas. Ele disse ainda que, apesar de início “um pouco mais abrupto”, na margem o BC vê agora um movimento bastante mais comportado do que aquele que geraria preocupação.