O Procon de São Paulo pediu explicações ao C6 Bank após receber reclamações de clientes de que o banco teria realizado empréstimos consignados sem a solicitação deles, além de dificuldades para solucionar os problemas no serviço de atendimento. O órgão de defesa do consumidor afirma que foram registradas 149 queixas contra o C6 no mês passado e comparou com maio, quando somente uma reclamação foi registrada.
A instituição financeira tem 72 horas para responder aos questionamentos enviados pelo Procon, que quer saber como e por quais canais estão sendo ofertadas e contratadas as operações de crédito consignado; como o consumidor pode efetuar o cancelamento da contratação quando há constatação do crédito indevido; se foi verificada a ocorrência de problema sistêmico que poderia ter dado causa ao aumento de contestações de operações e quantas ocorrências semelhantes foram detectadas em 2020; quais providências têm sido adotadas para solução dos problemas relatados; quais os canais de atendimento são disponibilizados ao consumidor.
“Se não houver esclarecimento por parte da empresa, o Procon aplicará uma multa severa e vai coibir esse tipo de prática danosa às pessoas, normalmente hipossuficientes, idosos e pessoas sem capacidade de avaliar o perigo que representa o superendividamento”, afirma o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez.
Em nota, o C6 Bank afirmou que em setembro fechou 100 mil contratos e que um “porcentual muito pequeno desse total” registrou reclamações. “Ressaltamos que todos os casos são resolvidos sempre sem prejuízo ao consumidor. Nossa equipe segue disponível para prestar o melhor atendimento aos nossos clientes”, diz o banco, que afirmou também “seguir o padrão de qualidade das melhores instituições do País”.