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Cielo (CIEL3) 3T20: Lucro líquido de R$ 100,4 milhões revertendo primeiro prejuízo da história

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A Cielo obteve lucro líquido de R$ 100,4 milhões no terceiro trimestre. Comparado ao mesmo período de 2019, porém, o resultado representa recuo de 71,5%. O lucro veio um pouco abaixo da média projetada pelos analistas ouvidos pelo Valor. UBS, Bank of America, Safra e Morgan Stanley esperavam que a Cielo obtivesse R$ 109 milhões na última linha do balanço.

Os resultados da Cielo (BOV:CIEL3) referente a suas operações do segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia 27/10/2020.

Ebtida  – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – apresentou um recuo, de R$ 723,6 milhões entre os meses de julho e setembro de 2019 para R$ 480,0 no terceiro trimestre deste ano, o equivalente a 33,7%. Na mesma base de comparação, a margem Ebitda saiu de 25,8% no passado para 16,7% em 2020.

Cielo é a maior operadora de cartão de crédito e débito no Brasil com valor de mercado de R$ 10,4 bilhões. A Cielo também é a maior empresa de sistema de pagamentos da América Latina em receita e valor de mercado. Confira a Análise completa da empresa com informações exclusivas.

A empresa conseguiu reverter o primeiro prejuízo desde que abriu o capital, registrado entre abril e junho deste ano. O prejuízo do segundo trimestre decorreu do impacto da pandemia e do isolamento social. Segundo o Índice de Varejo Ampliado da Cielo (ICVA) o intervalo entre abril e junho teve uma queda nominal de vendas de 29% comparado ao segundo trimestre do ano passado.

No terceiro trimestre, o ICVA desacelerou a queda para um recuo de 12% ante o mesmo período de 2019.

“Ao longo do terceiro trimestre de 2020 houve um aumento significativo de volume transacionado pelo varejo, com efeito direto sobre as comissões da Cielo e as receitas de intermediação da Cateno“, afirma o relatório.

A receita líquida da companhia ficou em R$ 2,882,4 bilhões no terceiro trimestre, um alta de 2,9% em comparação ano a ano. O empresa atribuiu o crescimento à alta no volume de transações e ao aumento no volume do produto Pagamento em dois dias, ambos em decorrência da retomada gradual das atividades depois do pico da pandemia.

A receita com antecipação de recebíveis, por outro lado atingiu R$ 94,6 milhões, queda de 67,5% na comparação com mesmo período de 2019.

O volume financeiro transacionado, por sua vez, teve um leve recuo de 3,6% na mesma base para R$ 165,6 bilhões. A subida do volume financeiro transacionado foi puxada pelas operações com cartão de débito, que tiveram alta anual de 11,8%, com um total de R$ 74,9 bilhões. Já os cartões de crédito recuaram 13,4% na mesma base para um volume de R$ 90,7 bilhões.

Enquanto isso, as despesas subiram 21% no ano a ano, para R$ 628,9 milhões. O aumento veio com crescimento nos custos operacionais com equipe na reestruturação MerchantE e com o aumento do dólar, assim como perdas operacionais na Cateno por contestações de pagamento em meio ao impacto da covid-19. Os desembolsos com ações de marketing caíram 25,6%.

A empresa comunicou que, em vista de possíveis cenários de extensão do isolamento social e consequente alongamento de restrições, passou a privilegiar o aumento da liquidez. A Cielo informou que “acredita que mantém sua capacidade de gerenciar o caixa de forma a fazer frente a todos seus compromissos de curto prazo “.

Teleconferência

O presidente-executivo da Cielo, Paulo Caffarelli, disse nesta quarta-feira esperar que o Banco Central autorize em novembro o uso do WhastApp para pagamentos.

“A expectativa que a gente tem ouvido de partes envolvidas no assunto é de que autorização do regulador sairá em novembro”, disse Caffarelli em teleconferência com jornalistas sobre os resultados da Cielo do terceiro trimestre, sem mencionar nomes.

O WhatsApp, braço de mensageria do Facebook, anunciou em junho parceria com Banco do Brasil, Cielo e as bandeiras de cartões Visa e Mastercard para pagamentos, mas o BC suspendeu essa operação, autorizando-a desde o final de julho apenas para testes.

Nesse período, a expectativa em torno do início comercial desse negócio tem ampliado a volatilidade das ações da Cielo, com analistas avaliando que a maior empresa de pagamentos eletrônicos do país pode ter na parceria um caminho para se recuperar, após anos de queda nas margens e nos lucros.

Essa tendência declinante foi reforçada terça-feira à noite, quando a Cielo anunciou que seu lucro do terceiro trimestre caiu 71,5% ante mesma etapa de 2019, refletindo queda nas margens devido à forte concorrência e os efeitos da crise desencadeada pela pandemia da Covid-19.

Em nota a clientes, o Credit Suisse reafirmou ser “difícil ver qualquer ângulo estruturalmente positivo nas ações se a Cielo continuar da mesma forma”, embora tenha considerado o resultado trimestral acima do previsto.

Analistas do setor financeiro ainda veem desafios adicionais para a Cielo com a estreia em novembro do sistema instantâneo de pagamentos, PIX, que deve tomar mercado de outras modalidades que dão receitas para instituições financeiras, caso dos cartões de crédito e de débito, eixo do negócio das adquirentes.

Caffarelli, no entanto, alegou na teleconferência que o PIX deve ampliar a bancarização no Brasil, criando oportunidades maiores para o setor financeiro, incluindo a própria Cielo. Mas não deu detalhes.

Às 11:55, a ação da Cielo caía 3,6%, enquanto o Ibovespa tinha queda de 3,2%, num dia de fortes perdas nas bolsas no mundo inteiro, diante de uma nova onda de infecções pela Covid-19 e de receios ligados à eleição presidencial nos EUA.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI avaliou os resultados como melhor do que o esperado, e ajustou em 18% para cima a previsão de lucro Ebitda em 2020, para R$ 398 milhões. O banco manteve, no entanto, a recomendação como neutra, devido a incertezas quanto à estrutura de capital da empresa e pressões competitivas, mas elevando ligeiramente o preço-alvo de R$ 4,50 para R$ 5, o que configura um potencial de valorização de quase 30% em relação ao fechamento de R$ 3,86 da véspera.

BTG Pactual

Cielo reportou os resultados de seu 3T e, no geral, os números foram melhores do que o que estávamos modelando. O lucro líquido GAAP atingiu R$ 100 milhões, ou R$ 110 milhões excluindo uma despesa não recorrente (3,7% de margem líquida), ~ 2x mais forte do que o que tínhamos em nosso modelo. O lucro voltou ao território positivo, após um prejuízo líquido de R$ 75 milhões no 2T, mas ainda tem queda forte de 70% a/a. O TPV (volume total de pagamentos) se recuperou mais rápido / mais forte do que esperávamos, o número de clientes melhorou e a Cielo Brasil (subsidiária adquirente) teve melhor desempenho. Por outro lado, a Joint Venture com o BB Cateno mais uma vez decepcionou. Quando comparamos o LPA com o consenso fornecido pela empresa, vemos uma diferença de 8%.

O TPV total no 3T subiu 29% t/t, uma recuperação mais forte do que o esperado (9% acima de nossa estimativa), embora ainda caia 4% a/a. O yield da receita da Cielo Brasil caiu para 0,73% (vs. 0,79% no 2T) devido a um mix maior de transações com cartão de débito. Mesmo assim, a receita bruta ficou 6% acima do que estávamos modelando. A penetração de pagamentos antecipados continuou a cair, impactando as receitas de pré-pagamento na ordem de 45% t/t e 72% a/a. Por outro lado, os pagamentos em dois dias continuaram ganhando participação, principalmente nas PMEs e Empreendedores, tendência que a Cielo espera que continue nos próximos trimestres, o que deve fortalecer o yield das receitas.

Acreditamos que o Brasil (e provavelmente o Ocidente) ainda está muito longe do modelo da China. Historicamente, a grande maioria de suas receitas vinha de pagamentos, mas com o passar do tempo os pagamentos estão se tornando a “forma” do grupo conectar clientes e obter dados para ganhar dinheiro com outros produtos como crédito, seguros, investimentos, entre outros. As taxas de pagamento estão diminuindo, o que também é uma tendência que vemos aqui para players puramente adquirentes. É por isso que players como Stone, por exemplo, estão entrando em serviços bancários, de crédito e de software. Como “produto” de bancos, e co-controlada pelo BB e Bradesco, o que pode fazer a Cielo? Embora tendamos a ver valor estratégico na Cielo e consideremos o valuation de curto prazo atraente, nossa visão sobre as ações e a forma como a empresa é administrada hoje permanece cautelosa.

O negócio de aquisições de comerciantes está em debate no Senado brasileiro e novas regulamentações relacionadas ao compartilhamento de PDV e/ou mudanças nas tarifas de intercâmbio e as taxas de desconto dos comerciantes podem afetar negativamente a empresa. Além disso, os novos participantes do setor também poderiam impactar a política de concorrência da Cielo e afetar as margens da empresa.

Nosso preço-alvo de 12 meses de R$ 5,00 é baseada em um modelo de desconto de dividendos, usando um custo de capital próprio de 11,75% e um crescimento na perpetuidade de 8% como nossas principais premissas de valor para a empresa.

Credit Suisse

O Credit Suisse avaliou que os resultados estão melhorando após um segundo trimestre fraco, mas manteve recomendação neutra da companhia (expectativa de valorização dentro da média do mercado).

Eleven Financial

A Cielo divulgou resultados com um lucro acima do esperado, indicando que o pior da crise ficou para trás. No entanto, 2021 será um ano decisivo para companhia recuperar rentabilidade.

A Eleven acredita que a Cielo ainda oferece um valor interessante para os investidores devido à sua grande participação de mercado, número de clientes, e a sua posição de parceiro do Facebook pay, que aguarda a aprovação do Bacen. Entretanto, embora o resultado do 3T20 tenha vindo acima do esperado, a Cielo ainda sofre com o atual ambiente competitivo. Portanto, vemos 2021 como um ano decisivo para a Cielo mostrar que consegue rentabilizar a sua grande base de cliente e aproveitar-se de sua posição de líder de mercado. Apesar de entendermos que o mercado não está dando nem o benefício da dúvida para a companhia, precisamos atualizar nossas estimativas para incorporar os números do terceiro trimestre e o cenário desafiador a frente. Até lá, colocamos nosso preço-alvo sobre revisão.

XP Investimentos

A Cielo apresentou resultados suaves no trimestre, com lucro de R$ 100 milhões (vs. R$ 87 milhões das estimativas do mercado). Uma forte recuperação quando comparada ao prejuízo de R$ 75 milhões no segundo trimestre, ajudado pela recuperação econômica e aumento de volumes, mas ainda 55% inferior ao mesmo período do ano anterior. Como o resultado foi altamente antecipado, não esperamos que as ações da Cielo (CIEL3) reajam no pregão de hoje e mantemos nossa recomendação neutra e preço alvo de R$ 5,0 devido tanto ao cenário competitivo quanto à disrupção regulatória.

Recuperação de volumes. No comparativo trimestral, o resultado foi impulsionado pela recuperação dos volumes e retomada da economia, como demonstrado pelo TPV que cresceu 29% no trimestre, para R$ 165 bilhões, um volume pré-pandêmico. Além disso, o volume de pré-pagamento cresceu para 31% de sua base e o número de clientes ativos cresceu 7% trimestralmente para 1,4 milhão (após uma queda no segundo trimestre). Porém, lembre-se de que as margens ainda estão sob pressão.

Custos controlados. A Cielo também conseguiu manter os custos sob controle no trimestre, com as despesas totais ficando 11% abaixo do ano anterior e 4% abaixo do trimestre anterior para R$ 0,6 bilhão.

VISÃO TÉCNICA. Um oferecimento de YouTrade. Acesse: www.youtrade.pro.br


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