BRASIL

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 3,87% em agosto, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando havia registrado taxa de 2,34%. Com este resultado, o índice acumula alta de 11,13% no ano e de 15,23% em 12 meses. Em agosto de 2019, o índice havia variado -0,51% e acumulava elevação de 4,32% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 5,44% em agosto, após variar 3,14% em julho. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais passou de 0,52% em julho para 1,93% em agosto. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -13,78% para -1,75%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 2,10% em agosto, contra 1,37% em julho.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,53% em agosto, após variar 0,49% em julho. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (0,13% para 0,81%), Educação, Leitura e Recreação (-0,60% para 0,05%) e Despesas Diversas (0,22% para 0,50%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: hortaliças e legumes (-11,90% para -5,30%), cursos formais (-1,54% para -0,24%) e cigarros (0,42% para 1,06%).

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,19% em agosto, ante 0,26% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 34 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 11 apresentaram taxas abaixo de -0,16% linha de corte inferior, e 23 registraram variações acima de 0,60%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 58,71%, 1,94 ponto percentual abaixo do registrado em julho, quando o índice foi de 60,65%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,72% em agosto, ante alta de 1,17% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto: Materiais e Equipamentos (1,12% para 1,76%), Serviços (0,22% para 0,10%) e Mão de Obra (1,37% para 0,12%).

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas subiu 7,2 pontos em setembro, para 82,0 pontos, a pesar de cinco meses de altas consecutivas, percebe-se uma desaceleração do crescimento do indicador a partir de julho. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp avançou 8,4 pontos, para 74,3 pontos.

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) se manteve estável em setembro em 96,4 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Em médias móveis trimestrais, houve recuo de 0,3 ponto para 96,7 pontos.

Assim como nos dois meses anteriores, todos os sete componentes do IAEmp seguem em alta, porém em menor ritmo. O destaque foi o indicador da Indústria de Tendência de Negócios subiu 16,2 pontos, para 117,4 pontos. Com exceção dos indicadores do Consumidor de Emprego Futuro e de Serviços de Emprego Previsto, todos os indicadores cresceram menos em relação ao mês anterior.

A queda do ICD ocorreu apenas para famílias de renda mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, cujo indicador de Emprego local atual (invertido) variou positivamente em 1,9 ponto na margem.

A indústria de veículos do Brasil cortou projeções de quedas em produção, vendas e exportações de veículos do país neste ano, após resultados nos últimos meses mais positivos em relação ao pior da crise do coronavírus no primeiro semestre.

A associação de montadoras, Anfavea, agora estima quedas de 35% na produção, de 31% nas vendas e de 34% nas exportações ante expectativas divulgadas em julho de tombos de 45%, 40% e 53%, respectivamente.

O Instituto Internacional de Finanças (IIF) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrará contração de 5,9% em 2020 e expansão de 3,6% em 2021. Pelos cálculos da instituição, a atividade econômica da América Latina terá perda de 8,4% este ano e avanço de 3,8% no próximo.

Os setores do comércio e de serviços do estado de São Paulo perderam 308.727 empregos formais de janeiro a agosto de 2020. O comércio teve uma redução de 134.708 postos de trabalho com carteira assinada, o que representa queda de 5%. A área mais impactada foi o varejo, com déficit de 104.333 vagas. O setor de serviços teve retração de 174.019 vagas a menos e um recuo de 2,81% nos primeiros oito meses do ano.

ESTADOS UNIDOS

Os estoques de petróleo dos Estados Unidos registraram alta de 501 mil barris, a 492,927 milhões de barris, na semana encerrada em 2 de outubro, informou nesta quarta-feira o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda de 100 mil barris.

A produção média diária dos EUA avançou de 10,7 milhões de barris na semana anterior a 11,0 milhões de barris na mais recente. (Com informações da Dow Jones Newswires).

Funcionários do Federal Reserve temem que a falta de estímulo fiscal adicional possa prejudicar a recuperação da economia que está avançando mais rápido do que o esperado, de acordo com a ata divulgada na quarta-feira na reunião de setembro do banco central.

O Federal Open Market Committee divulgou na quarta-feira a ata de sua reunião de 15 a 16 de setembro. O braço de formulação de políticas do Fed manteve as taxas de juros estáveis ​​na reunião e aprovou um texto que descreve sua nova abordagem para a inflação.

 A ata descreveu a recuperação do PIB naquele ponto como sendo “rápida”.
A reunião contou com uma ampla discussão sobre as perspectivas econômicas, já que os membros disseram que a economia estava indo melhor do que o esperado em boa parte por causa da ajuda fiscal fornecida por Washington.

Os mercados têm procurado orientações futuras aprimoradas sobre quais benchmarks específicos o FOMC usaria como critérios. No entanto, os membros disseram que a nova linguagem indicando uma meta de inflação média acima de 2% por um período de tempo seria suficiente.

O Fed havia anteriormente expressado sua meta de inflação como sendo “simétrica”, o que significa que aumentaria acima ou abaixo da meta de 2%. Os membros consideram que a nova linguagem torna mais explícito que o Fed está projetando uma inflação de pelo menos 2%.

EUROPA

A produção industrial alemã caiu em agosto, após três meses de aumentos relativamente fortes, sugerindo que a recuperação da maior economia da Europa após o choque do coronavírus está começando a perder força.

A produção industrial caiu 0,2% no mês, após um aumento revisado para cima de 1,4% em julho e um salto de 9,3% em junho, mostraram dados divulgados pelo Escritório Federal de Estatísticas na quarta-feira, pesquisa previa um aumento de 1,5% para agosto.

Na França, em agosto de 2020, o comércio permaneceu basicamente em um nível próximo a julho. As importações aumentaram para 91% (+1 ponto em relação a julho), mas as exportações estagnaram em 83% (nível de julho) de seu nível médio em 2019.

O ligeiro aumento nas importações se soma à ligeira queda nas exportações para aumentar o déficit (+€ 0,7 bilhões após a queda de €1,0 bilhão em julho), que permanece em um nível elevado de € 7,7 bilhões. Em agosto, o setor de energia mostrou déficit e permaneceu em um nível historicamente baixo de € 2,2 bilhões de euros. Excluindo energia, déficit voltou a subir após queda em julho, em contexto de desaceleração do fluxo externo. Os dados são do INSEE.

No Reino Unido, o preço médio de casas ficou em £ 249.870, em uma base mensal, para setembro e foram 1,6% mais altos do que em agosto.  No último trimestre (julho a setembro), os preços da habitação foram 3,3% mais elevados do que no anterior (abril a junho).  Os preços das casas em setembro foram 7,3% mais altos do que no mesmo mês do ano anterior – o crescimento mais forte desde junho de 2016. Os dados são do Halifax.

ÁSIA

No Japão, o índice coincidente subiu em agosto, que consiste em uma série de dados incluindo produção da fábrica, emprego e vendas no varejo, em 1,1 ponto percentual em relação ao mês anterior para 79,4 disse o Gabinete do Governo.

O índice dos principais indicadores econômicos, que mede a economia alguns meses à frente e é compilado com base em dados como ofertas de emprego e sentimento do consumidor, cresceu 2,1 pontos para 88,8 em julho.

O governo da Austrália anunciou sua proposta de orçamento para o próximo ano fiscal, o texto elevou o déficit público para cerca de 213,7 bilhões de dólares australianos (US$ 151,8 bilhões), ou 11% do Produto Interno Bruto (PIB) local.

A ideia do Executivo local é expandir gastos para a apoiar a recuperação econômica após o choque da covid-19, serão concedidos US$ 257 bilhões em apoio econômico direto, em cortes de impostos e programas sociais.

“Os australianos podem ter certeza de que o governo garantirá que a Austrália saia da recessão em uma posição forte”, completa.

Na Austrália, o número de empregos com folha de pagamento – Payroll subiu 0,4% em Victoria nas duas semanas até 19 de setembro, de acordo com o Australian Bureau of Statistics.

No mesmo período, os empregos consignados aumentaram 0,3% nacionalmente. Mesmo assim, o emprego da folha de pagamento em todo o país continua cerca de 4,1% menor do que em meados de março. Victoria está se livrando de uma segunda onda de Covid-19.