BRASIL
Em agosto de 2020, o volume de serviços no Brasil avançou 2,9% frente a julho, na série com ajuste sazonal. Foi a terceira taxa positiva seguida, acumulando alta de 11,2%, no período. Esse resultado sucedeu uma sequência de quatro taxas negativas, entre fevereiro e maio, com perda acumulada de 19,8%.
Entre os setores, os serviços prestados às famílias (-38,9%) exerceram a influência negativa mais relevante, pressionados, especialmente, pela queda nas receitas de restaurantes; hotéis; e de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. A intensificação da queda deste setor, passando de -38,2% no acumulado até julho para -38,9% no acumulado até agosto, ainda é reflexo do lento ritmo de retomada da prestação de serviços, devido à pandemia.
Outras pressões negativas vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-8,9%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (-11,6%), explicados, principalmente, pela redução na receita das empresas de transporte aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; rodoviário de cargas; correio nacional; e metroferroviário de passageiros, no primeiro ramo; e de administração de programas de fidelidade; soluções de pagamentos eletrônicos; gestão de ativos intangíveis; limpeza geral; agências de viagens; vigilância e segurança privadas; e organização, promoção e gestão de feiras, congressos, convenções, no último.
Com menor impacto no índice geral, os serviços de informação e comunicação (-2,7%) apresentaram perdas de receita especialmente nos segmentos de telecomunicações; programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura; atividades de exibição cinematográfica; consultoria em tecnologia da informação; e operadoras de TV por satélite.
Em agosto de 2020, o índice de atividades turísticas cresceu 19,3% frente a julho, quarta taxa positiva seguida, período em que acumulou ganho de 63,4%. O segmento de turismo havia acumulado uma expressiva perda, entre março e abril (-68,0%).
Houve quedas nos 12 locais investigados, com destaque para São Paulo (-40,4%), Rio de Janeiro (-32,1%), Minas Gerais (-37,6%), além de Bahia (-41,8%), Rio Grande do Sul (-45,5%) e Paraná (-37,5%).
A prévia do Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas sinaliza uma queda de 1,8 ponto em outubro, para 144,0 pontos. O resultado representaria uma desaceleração da tendência de queda em relação ao mês passado. Após o sexto mês em queda, o IIE-Br devolveria 70% da alta de 95,4 pontos observada no bimestre março-abril.
Por fim, o componente de expectativas, que mede a dispersão das previsões dos especialistas, voltou a subir no mês indicando a imensa dificuldade de se prever variáveis como Câmbio, Juros-Selic e Inflação no momento. ”, afirma Anna Carolina Gouveia, Economista da FGV IBRE.
ESTADOS UNIDOS
Nos Estados Unidos, o Índice de Preços do Produtor para a demanda final avançou 0,4% em setembro, com ajuste sazonal, informou o Departamento de Análises Econômicas.
Os preços finais de demanda subiram 0,3% em agosto e 0,6% em julho. Em uma base não ajustada, o índice de demanda final aumentou 0,4% nos 12 meses encerrados em setembro, o primeiro avanço desde a alta de 0,3% nos 12 meses encerrados em março.
Em setembro, quase dois terços do aumento nos preços da demanda final são atribuíveis a um aumento de 0,4% no índice dos serviços. Os preços dos bens de consumo final também aumentaram 0,4%.
O índice de demanda final, menos alimentos, energia e serviços comerciais avançou 0,4% em setembro, o maior aumento desde uma alta de 0,4% em abril de 2019.
Para os 12 meses encerrados em setembro, os preços da demanda final menos alimentos, energia e serviços comerciais subiu 0,7%, o maior avanço desde o aumento de 1,0% nos 12 meses encerrados em março.
Nos Estados Unidos estão previstas apresentações de membros do Federal Reserve. Já o estoque de petróleo, que normalmente é divulgado às quartas, ficou para amanhã (15).
EUROPA
A produção industrial da zona do euro cresceu 0,7% em agosto ante julho, numa indicação de que continuou se recuperando dos efeitos da pandemia de coronavírus, ainda que em ritmo bem mais fraco do que nos meses anteriores, segundo dados publicados nesta quarta-feira pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.
As perspectivas econômicas da Alemanha para 2020 estão parecendo cada vez mais sombrias, com os principais institutos de pesquisa do país rebaixando as previsões do PIB (produto interno bruto) para este ano e além.
A “Joint Economic Forecast” é publicada duas vezes por ano em nome do Ministério da Economia alemão e é preparada pelo Instituto Alemão de Pesquisa Econômica (DIW Berlin) e pelo Instituto Ifo em Munique, bem como várias outras organizações.
A Alemanha tem reintroduzido medidas restritivas em todo o país, embora as regras variem de estado para estado. Em alguns pontos críticos de vírus, bares e restaurantes devem fechar mais cedo, e agora alguns estados estão introduzindo restrições para viajantes vindos de partes do país com altas taxas de infecção. Nesse contexto, qualquer recuperação para o setor de hospitalidade e turismo parece distante.
ÁSIA
Na China, os novos empréstimos bancários subiram mais do que o esperado em setembro, alimentados por um salto nos empréstimos corporativos, à medida que a economia continuava a se recuperar de sua queda induzida pelo coronavírus.
Os credores emitiram 1,9 trilhão de yuans (US$ 282,3 bilhões) em novos empréstimos. Os dados do Banco Popular da China mostraram um aumento de 48,4% em relação a agosto e superando as expectativas dos analistas. Em nove meses, os empréstimos bancários ficaram em 16,26 trilhões de yuans, batendo o pico anterior de 13,63 trilhões de yuans nos três primeiros trimestres de 2019.
Os empréstimos domésticos, principalmente hipotecas, aumentaram de 841,5 bilhões de yuans para 960,7 bilhões de yuans de agosto, enquanto os empréstimos corporativos saltaram de 579,7 bilhões de yuans para 945,8 bilhões de yuans, segundo cálculos da Reuters baseados nos dados oficiais.
No Japão, a produção industrial aumentou 1,0% no comparativo mensal. As remessas subiram 1,5% no comparativo mensal. Os estoques caíram 1,3% no comparativo mensal. Os dados são do Ministério da Economia.
Na Austrália, o Índice de Preços ao Consumidor do Westpac-Melbourne Institute subiu 11,9% para 105,0 em outubro de 93,8 em setembro.
O índice subiu 32% nos últimos dois meses para o nível mais alto desde julho 2018. O Índice está agora 10% acima do nível médio nos seis meses antes da pandemia.