ESTADOS UNIDOS
O declínio na taxa de desemprego veio junto com uma queda de 0,3 ponto percentual na taxa de participação da força de trabalho para 61,4%, representando um declínio de quase 700.000. No entanto, uma medida separada e mais abrangente que contabiliza os trabalhadores desencorajados e os que trabalham a tempo parcial por motivos econômicos também teve um declínio notável, caindo de 14,2% para 12,8%.
O desemprego para os negros foi ainda mais acentuado do que a taxa de manchetes, caindo de 13% para 12,1%. A taxa asiática caiu de 10,7% para 8,9%.
A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em setembro já que a recuperação diante do tombo da Covid-19 perdeu ímpeto em meio à redução do auxílio fiscal do governo e a uma pandemia implacável, deixando muitos em risco de ficarem permanentemente desempregados.
O presidente republicano Donald Trump provavelmente verá o quinto mês consecutivo de aumento de empregos como um sinal de progresso para uma economia que mergulhou em recessão em fevereiro.
O IBGE ressalta que, mesmo com quatro altas consecutivas na base mensal, o indicador ainda não eliminou totalmente a perda de 27,0% acumulada entre março e abril, no início da pandemia do Covid19, quando a produção industrial caiu ao patamar mais baixo da série. O setor acumula perda de 8,6% no ano e de 5,7% em doze meses.
O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira que prorrogou a vigência da alíquota temporária do compulsório sobre recursos a prazo de 17% para abril de 2021, e disse também que a taxa não será de 25% como previsto a partir de então, mas de 20%.
A alíquota temporária de 17% estava prevista para vigorar inicialmente até dezembro de 2020. Em comunicado, o BC explicou que a estimativa, com base em dados atuais, é que a mudança implique redução do valor previsto para ser recolhido, a partir de abril de 2021, de 62 bilhões de reais.
A taxa de desemprego no Brasil saiu de 13,7% na primeira semana de setembro para 14,1% na segunda semana do mês, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgados nesta sexta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto avalia que o cenário foi de estabilidade na maioria dos indicadores do mercado de trabalho entre os dias 6 e 12 de setembro.
“A população ocupada permaneceu estável, em 82,6 milhões de pessoas, após ter apresentado variações positivas nas últimas três semanas. A população desocupada também ficou estável”, diz Maria Lucia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, na segunda semana de setembro 8,2 milhões de pessoas trabalharam remotamente, ou 10,7% da população ocupada e não afastada do trabalho. O número ficou praticamente estável em relação à primeira semana do mês (8,3 milhões de pessoas).
“O percentual da população que vinha trabalhando remotamente permanece estável, na casa dos 10,7% nessas últimas três semanas”, diz a pesquisadora.
O nível de ocupação foi de 48,4% na segunda semana de setembro ante 48,3% na semana anterior. A proxy da taxa de informalidade ficou em 34,3% na segunda semana de setembro ante 34,6% na semana anterior.
EUROPA
Os preços ao consumidor na zona do euro aceleraram em setembro, aumentando a pressão sobre o Banco Central Europeu para ampliar o estímulo já que a recessão vai manter a alta dos preços abaixo da meta por anos.
O índice de preços nos 19 países que usam o euro caiu 0,3% em setembro na base anual, mínima em mais de quatro anos, de queda de 0,2% no mês anterior, de acordo com dados divulgados pela Eurostat nesta sexta-feira.
A expectativa era de recuo de 0,2% novamente.
O núcleo da inflação, que exclui os custos voláteis de alimentos e energia, caiu a 0,4% de 0,6%, longe da meta do BCE de quase 2%. A inflação de serviços desacelerou mais e o custo de produtos industriais importados caíram.
Na Europa, no segundo trimestre de 2020, quando os Estados-Membros continuaram a implementar as medidas de contenção COVID-19, a participação nos lucros das empresas aumentou de 38,0% para 39,8% na Zona do Euro, quase recuperando o seu nível anterior ao início do bloqueio COVID-19. Isso é explicado pela forte redução (-16,3%) das remunerações dos empregados (salários e contribuições sociais) mais impostos descontados os subsídios à produção, a um ritmo superior ao da diminuição do valor acrescentado bruto das empresas (-13,8%).
A taxa de investimento empresarial na Zona do Euro caiu para 23,2%, face a 25,3% no primeiro trimestre de 2020, refletindo a redução da formação bruta de capital fixo em 20,9%.
ÁSIA
No Japão, a confiança do consumidor melhorou em setembro, revelou uma pesquisa do Gabinete do Governo nesta sexta-feira, levando o governo a atualizar sua avaliação sobre o índice, enquanto alertava que a situação permanecia grave em meio a preocupações com o coronavírus.
O índice de sentimento da pesquisa para famílias em geral, que inclui opiniões sobre rendimentos e empregos, subiu para 32,7 em setembro, de 29,3 em agosto. Em abril, o índice caiu para uma baixa recorde de 21,6. Uma leitura abaixo de 50 sugere pessimismo.
Na Austrália, o volume de negócios no varejo caiu 4,0% em agosto de 2020, com ajuste sazonal, de acordo com os últimos números do Australian Bureau of Statistics (ABS). Isso atualiza o resultado preliminar de -4,2%, e segue um aumento de 3,2% em julho de 2020.