O ouro recuou 1% para perto de US $ 1.900 a onça nesta quinta-feira, com dados de empregos melhores do que o esperado nos EUA, com o apelo do metal ainda mais pressionado por um dólar mais forte e dúvidas sobre um pacote de estímulo dos EUA antes das eleições presidenciais.

O ouro à vista caiu 1,1%, para $ 1.903,16 a onça, e os futuros de ouro dos EUA caíram 1,3%, para $ 1.904,60.

“O número de pedidos de seguro-desemprego, que é muito melhor do que o esperado”, estava pressionando o ouro, disse Edward Moya, analista de mercado sênior da OANDA, acrescentando que “um número cada vez melhor tira parte da urgência de conseguir um acordo de estímulo feito agora. ”

Uma pesquisa da Reuters previa 860.000 sinistros na última semana.

O dólar, enquanto isso, se recuperou de uma baixa de sete semanas em relação aos principais rivais, tornando o ouro mais caro para aqueles que detêm outras moedas, depois que o presidente Donald Trump acusou os democratas de não estarem dispostos a chegar a um acordo sobre um novo projeto de lei de alívio do coronavírus.

Amplamente visto como uma proteção contra a inflação e a desvalorização da moeda, o ouro ainda subiu 25% este ano, com os bancos centrais e governos globalmente lançando medidas de estímulo sem precedentes para amortecer o golpe econômico de uma pior pandemia de coronavírus.

O foco agora muda para o debate presidencial final dos EUA entre Trump e o rival democrata Joe Biden na noite de quinta-feira antes da eleição de 3 de novembro.

Os preços provavelmente serão negociados de lado “até que saibamos quem é o próximo presidente”, mas podem ultrapassar o nível de US $ 1.950 após as eleições, disse Robin Bhar, um analista independente.

O banco Goldman Sachs de Wall Street, por sua vez, previu ouro em US $ 2.300 a onça em um horizonte de 12 meses e disse que as commodities provavelmente caminham para um mercado altista no próximo ano.

Em outros lugares, a prata caiu 2,1% para $ 24,55 por onça, a platina caiu 0,7% para $ 880,09 e o paládio caiu 1,4% para $ 2.371,84.

Fonte CNBC