BRASIL
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou na passagem da primeira para a segunda quadrissemana de novembro, mas o alívio foi pontual e não altera o cenário de inflação mais pressionada no fim de 2020. A avaliação é do coordenador do levantamento na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Guilherme Moreira.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda quadrissemana de novembro. O índice cheio também registrou acréscimo na taxa, passando de 0,59% na primeira leitura do mês para 0,62% na atual. A única cidade do levantamento em que houve alívio foi Porto Alegre (0,50% para 0,46%). O movimento inverso ocorreu em Salvador (0,40% para 0,41%), Brasília (0,63% para 0,70%), Belo Horizonte (0,81% para 0,83%), Recife (0,66% para 0,70%), Rio de Janeiro (0,33% para 0,41%) e São Paulo (0,70% para 0,75%).
As vendas no varejo brasileiro caíram 7,7% em outubro ante o mesmo período de 2019, mostrou o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que acompanha mensalmente a evolução de 1,5 milhão de varejistas credenciados à empresa de meios de pagamentos. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, a queda foi de 1,6%.
ESTADOS UNIDOS
As vendas no varejo nos Estados Unidos aumentaram menos do que o esperado em outubro e podem desacelerar ainda mais, contidas pela espiral de novas infecções por Covid-19 e queda da renda familiar, à medida que milhões de americanos desempregados perdem o apoio financeiro do governo.
As vendas no varejo aumentaram 0,3% no mês passado, disse o Departamento de Comércio na terça-feira. Os dados de setembro foram revisados para baixo para mostrar que as vendas subiram 1,6%, em vez de dispararem 1,9%, conforme informado anteriormente. Economistas previam que as vendas no varejo ganhariam 0,5% em outubro.
A produção manufatureira dos Estados Unidos acelerou em outubro, embora a explosão de novas infecções por Covid-19 no país possa prejudicar fábricas e colocar a recuperação em risco.
A produção manufatureira aumentou 1,0% no mês passado, informou o Federal Reserve nesta terça-feira. Os dados de setembro foram revisados para cima, para mostrarem alta de 0,1%, ao invés do recuo de 0,3% informado anteriormente.
A produção nas fábricas permanece abaixo do nível pré-pandemia. Economistas consultados em pesquisa da Reuters projetavam aumento de 1,0% na produção manufatureira em outubro.
Os preços de importação dos EUA caíram inesperadamente em outubro, à medida que o custo dos produtos petrolíferos e uma série de outros bens diminuíram, sugerindo que a inflação poderia permanecer baixa por um tempo.
Os preços do petróleo caíram 1,0% no mês passado. Excluindo o petróleo, os preços de importação permaneceram inalterados, após alta de 0,6% em setembro. A fraqueza nos preços de importação veio na esteira dos dados da semana passada, mostrando um aumento constante nos preços ao produtor em outubro e desaceleração da inflação ao consumidor.
Os preços dos alimentos importados subiram 0,1% no mês passado. O custo dos produtos importados da China ficou inalterado pelo segundo mês consecutivo. No mês passado, os preços dos bens de capital importados permaneceram estáveis. O custo dos veículos automotores importados caiu 0,1%. Os preços de bens de consumo excluindo automóveis caíram 0,2%.
Em novembro, a confiança das construtoras no mercado de construção de residências unifamiliares atingiu seu terceiro recorde em alguns meses.
A presidência alemã da União Europeia demonstrou confiança nesta terça-feira de que encontrará uma solução ao bloqueio de Polônia e Hungria ao pacote financeiro de 1,8 trilhão de euros da UE necessário para reavivar a economia afetada pela pandemia de Covid-19.
“Há tanto dinheiro envolvido que tantos países na União Europeia precisam e estamos aguardando, não só precisamos de uma solução como precisamos dela rápido”, disse o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, cujo país detém a presidência rotativa da UE. “Tenho certeza de que conseguiremos fazer isso.”
O ministro francês para Europa Clement Beaune também estava confiante, afirmando nesta segunda-feira: “Uma solução será encontrada nas próximas semanas, a França está totalmente envolvida para encontrar uma.”
A economia francesa deve recuar de 9% a 10% este ano, dependendo de quanto tempo durar o atual lockdown do coronavírus, disse a agência de estatísticas oficial Insee nesta terça-feira.
Dependendo da possibilidade de prorrogação do bloqueio até dezembro, e de quanto tempo ele durará, a economia recuará entre 2,5% e 6% no último trimestre de 2020 em relação aos três meses anteriores, estimou a Insee.