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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) registrou lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 685 milhões no terceiro trimestre, alta de 19,8% na comparação anual.
Os resultados da Copel (BOV:CPLE3) (BOV:CPLE5) (BOV:CPLE6) referente a suas operações do terceiro trimestre de 2020, foram divulgados no dia 12/11/2020.
O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – atingiu R$ 1,134 bilhão, 11,1% menor que os R$ 1,2 bilhão registrado no 3T19. Esse resultado é reflexo, basicamente, da variação de R$ 280 milhões em provisões e reversões, decorrente do aumento nas provisões de litígios e da reversão de impairment dos ativos eólicos ocorrida no 3T19.
Excluindo os itens não recorrentes, o Ebitda ajustado é de R$ 1,24 bilhão, 28,3% superior ao registrado no 3T19, explicado, em grande parte pelo maior volume de energia comercializada, face a estratégica de sazonalização de energia, aliada a menor exposição de preços no curto prazo; pelo impacto positivo da revisão e reajuste tarifário dos contratos da transmissora na Copel GeT; pelo reajuste tarifário na Copel Dis e incremento na receita da parcela B, e retomada do crescimento de 0,3% do mercado fio em setembro, compensado pela redução acumulada de 2,8% no 3T20.
A receita operacional líquida da Copel no trimestre ficou em R$ 4,329 bilhões, aumento de 3,6% na comparação anual.
Outras informações do Balanço
A companhia afirmou que o avanço especialmente da receita líquida está relacionado ao aumento do volume de energia vendida aos consumidores finais; a comercialização de contratos bilaterais e no ambiente regulado, além do efeito positivo de R$ 810,5 milhões em decorrência da ação que reconheceu o direito da Copel Distribuição de excluir da base de cálculo do PIS e Cofins o valor integral do ICMS, além de outros fatores.
As despesas operacionais da companhia também cresceram 32%, de R$ 240,5 milhões para R$ 317,4 milhões, com queda no lucro bruto de R$ 1,28 bilhão para R$ 1,20 bilhão.
O resultado financeiro ficou positivo de R$ 46,95 milhões, ante valor negativo de R$ 126,7 milhões no mesmo período de 2019.
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TELECONFERÊNCIA
O presidente da elétrica paranaense Copel, Daniel Slaviero, afirmou que os recursos levantados com a venda da Copel Telecom deverão ser aplicados em três frentes: investimentos em distribuição, oportunidades de projetos de geração e transmissão e mudanças na política de dividendos para torná-la “mais adequada”.
O executivo afirmou que o desinvestimento do braço de telecom foi um “importante marco”, permitindo que agora a companhia possa focar em negócios estratégicos no setor de energia.
A Copel estima que as adesões ao programa de demissão incentivada (PDI) aberto pela companhia tragam uma economia de R$ 63,5 milhões em 2021, afirmou Slaviero.
Ainda segundo o executivo, o PDI está na segunda fase e pode ter adesões de cerca de 300 funcionários. Com isso, a companhia encerraria o processo com aproximadamente 6,7 mil colaboradores.
A 1ª fase do PDI recebeu 218 adesões, com um custo de indenizações de aproximadamente R$ 27,0 milhões.
A estatal paranaense deve apresentar, entre 60 e 80 dias, um pacote combinando a nova política de dividendos e o programa de “unitização” das ações da companhia, segundo o presidente.
Ele observou que o conselho de administração da Copel aprovou ontem (12) o modelo para o programa de units. A proposta prevê que as units serão compostas por 5 ações de emissão da companhia, sendo 1 ação ordinária e 4 ações preferenciais classe “B”. Para a formação das units, será permitida a conversão de ações ordinárias em preferenciais classe “B” e vice-versa. O modelo também considera a melhoria de governança da Copel com a migração do Nível 1 para o Nível 2 da B3.
“Estamos agora terminando os trabalhos de revisão e modernização de nossos estatutos, incluindo algumas melhorias de governança”, afirmou. “A política de dividendos virá junto. Queremos aprovar tudo isso dentro de um mesmo pacote no conselho de administração. Imagino que isso aconteça num prazo de 60 a 80 dias.”
O presidente da Copel comentou ainda sobre a venda da participação da Petrobras na Gaspetro, holding de distribuidoras que tem participação na Compagas. “O processo da Gaspetro está previsto para terminar no primeiro trimestre de 2021. Aí a Copel terá um prazo de 30 dias para exercer seu direito de preferência. Ainda não sabemos os termos, mas adianto que pretendemos estudar e exercer essa opção dos 24,5% que serão vendidos pela Gaspetro na Compagas”.
Sobre a repactuação do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês) no ambiente de contratação livre, Slaviero voltou a defender que as companhias que aderirem à lei tenham a prerrogativa de escolher como alocar em suas usinas hidrelétricas a extensão das concessões calculada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Esse entendimento não está pacificado, estamos em tratativas. Mas nossa expectativa é de que isso prevaleça.”
