A Embraer (BOV:EMBR3) está negociando com potenciais parceiros para desenvolver uma nova aeronave turboélice, disse o chefe da unidade de aviação comercial da empresa.
Em uma tentativa de recuperar o ímpeto depois do fracasso do acordo de 4 bilhões de dólares com a Boeing em abril, a terceira maior fabricante de aviões do mundo também está propondo seu jato E2 como uma solução compacta para as companhias aéreas que tentam reduzir o risco durante a pandemia de Covid-19.
“Estamos em negociações ativas sobre parcerias (para turboélice), mas não posso entrar em mais detalhes agora”, disse o presidente-executivo de aviação comercial, Arjan Meijer.
“O tipo de parceria, seja industrial ou financeira, é amplamente aberta. Estamos examinando todas as opções, ou pode ser uma combinação das duas … Não estamos descartando ninguém neste momento.”
Analistas dizem que tal desenvolvimento pode custar 2 bilhões de dólares.
Meijer disse que o projeto da Embraer seria movido de forma convencional, mas com emissões e ruído reduzidos. Mas uma decisão de lançamento se estenderia para após 2021, já que a indústria se concentra na sua recuperação.
A Saab, agora um grupo de defesa e segurança com apenas 12% das vendas a clientes civis, não fez comentários imediatos.
A Coreia do Sul também está interessada em turboélices, disseram as fontes.
A Embraer já havia procurado desenvolver seu turboélice como parte de sua parceria com a Boeing. Agora, a empresa afirma que quer apenas parcerias para projetos específicos e que a unidade de aviação comercial não está à venda.
“Somos uma empresa forte e temos uma boa posição de caixa, por isso estamos olhando para o futuro com muita confiança”, disse Meijer.
“As companhias aéreas que podem voar em aviões menores o fazem.”
Quando as viagens internacionais se recuperarem, as companhias aéreas que atendem aos hubs também usarão jatos menores, disse Meijer. Isso o coloca em desacordo com as companhias aéreas de baixo custo que veem os hubs como desatualizados e reduzem os preços para aumentar a ocupação de seus modelos maiores da Airbus e da Boeing.
“Acreditamos fortemente que as companhias aéreas precisarão se concentrar na lucratividade”, disse Meijer.
Ele também disse que a Embraer continua comprometida com o a versão menor do E2, o E175-E2, que está fora do mercado norte-americano devido às regras sindicais sobre o tamanho dos jatos usados por algumas companhias aéreas regionais.
Questionado sobre se a Embraer buscaria espaço no mercado da Airbus e da Boeing acima de 150 assentos, ele disse: “o foco da Embraer é expandir nossa liderança no segmento de até 150 assentos.”
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