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Startup Yuca cria fundo imobiliário no valor de R$ 40 milhões

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A startup de habitação Yuca anuncia nesta quinta-feira, a criação de um fundo imobiliário no valor de R$ 40 milhões.

Realizado com assessoria do Itaú BBA, o veículo de oferta restrita teve captação já realizada junto a investidores profissionais e instituições.

Os recursos vão ajudar a empresa, fundada em 2019, a comprar imóveis para aumentar a oferta de seu serviço de locação residencial em São Paulo.

Ao contrário de outras startups de locação, como o unicórnio QuintoAndar, a Yuca parte de um modelo mais centralizado de aluguel residencial, colocando diversos serviços num único boleto.

Além de aluguel, condomínio e IPTU, a empresa também oferece os móveis do apartamento, Wi-Fi, limpeza semanal e serviços de manutenção em um pacote só.

A solução serve tanto para apartamentos individuais quanto para residências compartilhadas – neste segundo caso, a empresa capta imóveis de dois, três ou mais quartos e aluga-os por cômodo.

“Hoje, muitos jovens querem morar em São Paulo em áreas que só tem imóveis de tamanho maior. Há um desequilíbrio”, explica Rafael Steinbruch, cofundador e líder da área imobiliária da empresa. Ele é sobrinho de Benjamin Steinbruch, do Grupo Vicunha e da CSN (CSNA3).

Além de Steinbruch, a Yuca também tem outros dois sócios. Um deles é Eduardo Brennand de Campos, parte da família que controla o Grupo Brennand, com atuação em áreas como energia e cimento.

Ele também fundou da startup Parafuzo, um Uber de faxinas, e é investidor de empresas como Rappi, Loggi e Gympass. Outro é Paulo Bichucher, ex-Pátria Investimentos. Apesar dos sobrenomes, os executivos garantem que as famílias não investem nem atuam na Yuca.

Segundo o trio, o preço médio de um quarto compartilhado em um imóvel da Yuca em São Paulo fica na casa de R$ 2,5 mil – a meta da empresa, que atua em bairros como Jardins, Pinheiros e Paraíso, é reduzir esse valor com o tempo, aumentando a quantidade de imóveis disponíveis e também o número de regiões em que atua.

Hoje, a empresa tem 250 unidades – a maioria são quartos, mas também há casas individuais. Até o fim do ano, serão 400 unidades.

Ao ter o controle de um apartamento, a empresa faz reformas e adapta o imóvel para a demanda do mercado – segundo a Yuca, o custo médio do metro quadrado que assume é de R$ 6 mil.

“Muitos apartamentos têm desenhos antigos, incluindo quarto de serviço. É algo que hoje não faz sentido”, diz Steinbruch. Além da aquisição, a empresa também capta imóveis com investidores institucionais, que buscam administradores para os ativos.

“Queremos inverter a lógica de morar, indo a partir da demanda e não da oferta”, afirma Steinbruch. Segundo ele, o fundo permitirá à empresa expandir seu radar.

Hoje, a startup já mira bairros paulistanos como República, Sé, Luz e Bom Retiro – recentemente, começou a oferecer apartamentos no edifício Mirante do Vale, no Anhangabaú.

Para Alberto Ajzental, professor da FGV e especialista em mercado imobiliário, a proposta da Yuca faz sentido – e leva ao mundo residencial uma tendência que os coworkings já tinham posto no mundo dos escritórios.

“Em vez de uma laje corporativa, eles dividem apartamentos entre pessoas: quem aluga pode morar num bom bairro, enquanto eles conseguem cobrar uma margem maior do que no aluguel individual”, afirma.

O especialista alerta, porém, que a convivência entre desconhecidos sob um mesmo teto pode trazer riscos à operação.

Dinheiro no bolso

Usar fundos imobiliários para financiar a expansão não é uma tática inédita entre as startups – nomes como Housi e Loft também lançaram mão da tática.

 

“É melhor do que pegar um empréstimo e pagar juros“, diz Ajzental. Segundo Steinbruch, a intenção é seguir utilizando fundos imobiliários.

A empresa planeja aumentar a captação de forma restrita no início de 2021 e, até o final do ano que vem, fazer a distribuição pública do fundo, abrindo espaço para qualquer investidor comprar cotas em torno dos R$ 100.

A Yuca também deve captar investimentos no início de 2021, após ter levantado US$ 6 milhões em rodada liderada pelo Monashees.

Os valores serão usados para expansão da infraestrutura da startup, que hoje tem 70 pessoas. Em seis meses, a meta é duplicar a equipe. Novas cidades, porém, estão longe dos planos – segundo os sócios, ainda há muito o que explorar em São Paulo.

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