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O vai e vem das empresas que cuidam de nosso vai e vem

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Correios, (BOV:SEQL3), (BOV:RAIL3), (BOV:CSAN3), (BOV:VALE3), (BOV:POMO4), (BOV:HBSA3), (BOV:LOGN3), (BOV:AZUL4), (BOV:GOLL4) e outras põem o pé na estrada

A grande discussão da logística no Brasil é a privatização dos Correios. Ainda não se sabe como o processo vai funcionar: se a empresa será dividida em blocos, em tipos de serviços, se vai ser vendida como uma só, se vai abrir o capital na bolsa. Duas coisas são certas: (1) a situação do Amapá deve pesar muito na hora de discutir como fiscalizar essa empresa; e (2): não se sabe como vai funcionar, mas já há interessados:

Dessas, talvez a mais desconhecida seja a Sequoia.

A Sequoia Logística (SEQU3) é a típica empresa que atua abaixo do radar. Com apenas dez anos de idade, ela se posiciona como especialista em e-commerce. Ou seja, ela cresce de carona com todos os sites que vendem – e precisam entregar. Para isso, investe em tecnologia para otimizar rotas e entregas. Os cálculos ajudam a empresa em seu forte: o interior do Brasil é responsável por 70% dos seus negócios. Tanto que os Correios só interessam a ela se forem fatiados, para pegar só o meio do mato.

Parece estar funcionando. Segundo a empresa de análise Economatica, a Sequoia é a segunda melhor entre as 24 lançadas em 2020. Só perde para a Locaweb (LWSA3).

Vale a pena conhecer como operam os serviços postais no mundo para ver o que se pode ou não fazer por aqui.

→ Estados Unidos: Estatal, mas independente. Deve gerar recursos para pagar as próprias contas. Assim como os nossos Correios, possui monopólio na entrega de cartas.

→ Rússia: Estatal. Em 2013, foi elevado à categoria de “empresa estratégica”. Possui seu próprio banco.

→ Alemanha: Privatizado. Os alemães dividiram a empresa em três, venderam, mas por 15 anos o Estado geriu junto com a iniciativa privada, até ter certeza de que os investidores não fariam besteira. Só então o governo saiu da empresa, que se uniu de novo e hoje se chama DHL.

→ Reino Unido: Privatizado. O Royal Mail foi vendido através da bolsa de valores. Por algum tempo, a Coroa manteve 30% das ações, mas finalmente se desfez delas. Para estimular a competição e evitar excessos, o Estado mantém um concorrente, o Post Office.

→ Austrália: Estatal, mas passou por um processo para funcionar como empresa, tanto que o congresso local frequentemente reclama do salário do presidente e da diretoria da instituição.

→ México: Estatal. O Sepomex era considerado o pior do mundo. Para mudar a situação, o governo deu autonomia total à empresa, que passou a se chamar MexPost e melhorou muito seus serviços, passando a ser a empresa postal mais cara do país. O governo, então, puxou a companhia de novo para si, mudou tudo, rebatizou de Correos de México e agora as coisas estão funcionando.

→ Índia: Estatal. Considerado o maior correio do mundo. Inclui serviços como contas correntes de pequeno valor e pagamento de aposentadorias rurais.

→ Argentina: só Deus sabe. Foi privatizado, os investidores não pagaram, o governo re-estatizou, os investidores foram à justiça e a briga continua.

Mas há muito mais no setor de logística. Vamos ver alguns destaques.

Setor Ferroviário

Deve receber um grande impulso com a aprovação do Marco Legal das Ferrovias (projeto de lei n. 261/2018). Através dele, a iniciativa privada poderá construir e operar suas ferrovias por meio de um processo mais simples e rápido que as atuais concessões. Bom para empresas do setor como a Rumo (RAIL3) e a Cosan (CSAN3) e outras que usam muito ferrovias, como a Vale (VALE3). A mineradora já projeta uma linha de 400 quilômetros entre Marabá e Barcarena, no Pará.

Hidrovias

É outro setor que espera a aprovação de uma lei, a “BR do Mar” (PL 4199/2020). Segundo ela:

  • Empresas brasileiras vão poder alugar navios de bandeira estrangeira, desde que dois terços da tripulação sejam brasileiros – e que saibam nadar, não importa se o marinheiro aprendeu com o tombo do navio ou com o balanço do mar.
  • Empresas podem funcionar com frota 100% alugada, sem nenhum navio próprio.
  • Navios estrangeiros podem usar o Fundo da Marinha Mercante para financiar reparos no Brasil.

O projeto de lei, entretanto, foi bombardeado. Entidades de caminhoneiros alegam concorrência desleal e pequenas empresas de cabotagem dizem que, do jeito que está, companhias pouco sérias podem invadir o mercado, com custos baixos e nenhum retorno ao país.

Enquanto isso, as empresas da bolsa navegam longe das polêmicas.

A Vale (VALE3) já avisou a Hidrovias do Brasil (HBSA3): a tardinha cai e o barquinho vai lotado: em 2021, vai usar a capacidade máxima do contrato e embarcar 3 milhões e 250 mil toneladas de minério de ferro. Uma notícia que pode se transformar em lucro no ano que vem.

Já a Log-In Logística (LOGN3) garantiu um futuro ainda maior. Renovou seu contrato de concessão de terminais portuários em Vila Velha, Espírito Santo, até 2048. Para isso, terá que investir 120 milhões de reais na modernização do porto e se comprometeu a fazer a manutenção e conservação dos equipamentos e prédios, separando mais 460 milhões de reais.

Adicione a isso o navio Log-In Endurance, com capacidade de 2.800 TEUs…

Isso. T – E – U. É uma unidade correspondente ao volume de um contêiner comum.

Enfim, a Log-In comprou o Endurance por 12 milhões de dólares em março, e já o incorporou ao restante da frota:

  • Log-In Jatobá – 2.800 TEUs
  • Log-In Jacarandá – 2.800 TEUs
  • Log-In Polaris – 2.700 TEUs
  • Log-In Resiliente – 2.700 TEUs
  • Log-In Pantanal – 1.700 TEUs

Se há bons sinais para as ferrovias e hidrovias, lá em cima as coisas não andam bem.

Aéreas

A Itapemirim continua com planos de alçar voos. Já definiu sua base, o Aeroporto de Vitória, Espírito Santo, e anunciou a assinatura de cartas de intenção de compra de dez Airbus A320, que comportam até 220 passageiros. O site da empresa, que irá se chamar ITA Linhas Aéreas, tem um nome inteligente: ITA é abreviação de Itapemirim e também sigla de Itapemirim Transportes Aéreos. O site da empresa tem até uma contagem regressiva para o primeiro voo.

Por trás desse voo tem muito drama. Tem promotor dizendo que abrir companhia aérea é contra a recuperação judicial e pedindo explicação ao presidente, Sidnei Piva. O juiz já se pronunciou dizendo que estaria tudo certo, a companhia aérea nada tem a ver com o processo, mas Piva não teve tempo de respirar aliviado: foi acusado de falsidade ideológica. Uma família importante afirmou que Piva teria quatro CPFs. E que família é essa? Cola. Camilo e Camilo Filho, fundadores da Itapemirim.

A vida real, às vezes, põe os dramas da Netflix no chinelo.

Já para as outras, nada de céu de brigadeiro. Primeiro, um pouco de história. Em 1960, o economista e professor de finanças Edward Altman criou o Z-score, usado para prever falências. Para calcular o Z-score, primeiro você tem que fazer cinco contas:

  • Conta A: divida o capital de giro pelo total de ativos da empresa.
  • Conta B: pegue o lucro líquido (inclusive sem a parte paga como dividendos aos acionistas) e divida pelo total de ativos.
  • Conta C: divida também o lucro Ebitda pelo total de ativos da empresa.
  • Conta D: pegue o valor de mercado (valor da ação multiplicado pela quantidade de ações existentes) e divida pelo total de passivos da empresa. Atenção: aqui é passivo.
  • Conta E: divida o total de vendas da empresa em um ano pelo total de seus ativos.

O índice Z, então, é (conta A x 1,2) + (conta B x 1,4) + (conta C x 3,3) + (conta D x 0,6) + conta E.

Não pergunte como e de onde Altman tirou os multiplicadores para cada conta. Enfim, segundo o professor, uma empresa com Índice Z menor que 1,8 está definitivamente indo para o buraco.

Voltando ao presente, no início de novembro de 2020, a empresa de notícias e análises Bloomberg usou o Índice Z para ver que companhias aéreas não vão bem das pernas nessa época de pandemia. As oito piores são:

  1. Pakistan International – leva o título “voa por milagre”, com um Índice Z de -6,83.
  2. Precision Air Services, da Tanzânia, com -4,22.
  3. Azul (AZUL4), com -2,04.
  4. Medview Airlines, assustando os nigerianos com -1,73.
  5. AirAsia, da Indonésia, num buraco de -1,41.
  6. Thai, que pode deixar os tailandeses no chão, com -1,08.
  7. Gol (GOLL4), com -1,06.
  8. Aeromexico, sem muitos motivos para gritar “arriba”, com -1,03.

Não dá para se orgulhar de ser o único país com duas linhas aéreas na lista.

Rodoviárias

E, finalmente, vamos falar das longas estradas da vida.

No ramo de exploração de rodovias, não há muitas novidades. As empresas brigam na justiça para aumentar o pedágio. Fora isso, nenhum grande anúncio de investimentos.

E voltamos ao assunto: não há como deter o carro elétrico. A Marcopolo (POMO4) apresentou em novembro seu VLP, feito em parceria com a empresa BYD, de Campinas. O veículo tem 22 metros de comprimento e é 100% elétrico. A cidade de Campinas é a primeira cliente. E, durante o primeiro semestre de 2021, irá testar seu ônibus urbano elétrico em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul.

É isso. Por trilhos, por mar ou por terra, existem muitas opções para você investir.

E a gente também te oferece diversas opções de ver melhor tudo isso com este vídeo muito especial feito com a Tay Rodrigues! E ah, lembrando que quem assina nossa Trends ADVFN é o ilustre Brasílio Andrade Neto, o nosso querido Brasa!

Aproveita e deixa seu comentário aqui e no vídeo para ele, para a Tay e também para a gente saber quais setores e empresas você tem interesse de conhecer melhor! Assim como no mercado de ações, seu pedido, aqui, é uma ordem!

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