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Em relatório mundial, Bolsonaro é acusado de sabotar medidas de contenção do avanço da pandemia no país

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A Human Rights Watch é uma notória organização internacional não governamental que realiza pesquisas sobre direitos humanos. Sua mais recente publicação, o Relatório Mundial 2021, traz duras críticas ao nosso atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

Segundo o relatório, o presidente “tentou sabotar medidas de saúde pública destinadas a conter a propagação da pandemia”, enquanto outras autoridades, como o Supremo Tribunal Federal, o Congresso e governadores estavam dispostos a acionar políticas para reduzir o avanço da doença.

O relatório justifica sua crítica revelando que o presidente declarou tratar-se de uma “gripezinha” o vírus que já matou milhares de pessoas pelo mundo. Somado a isso, Bolsonaro também deixou de adotar medidas de proteção para si mesmo e para as pessoas ao seu redor, deixando de ser um exemplo de autoridade a ser seguida. Ele também realizou a disseminação de informações equivocadas e tentou impedir governos estaduais de imporem medidas de distanciamento social.

Além de tudo isso, o relatório também revela que o presidente “tentou restringir a publicação de dados sobre a Covid-19”, referindo-se às tentativas do presidente de suspender o acesso à lei de informação e ocultar dados sobre a pandemia.

O texto também cita a demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que foi substituído por Nelson Teich. O relatório traz que “Seu substituto deixou o cargo no ministério em razão da defesa do presidente de um medicamento sem eficácia comprovada para tratar a Covid-19”. Atualmente, o Ministro da Saúde é Eduardo Pazuello.

O relatório não parou por aí. Além de trazer isso tudo sobre o posicionamento de Jair Bolsonaro quanto à pandemia, também revelou críticas sobre outras vertentes relacionadas ao presidente. É o caso do Meio Ambiente. O governo tem enfraquecido a fiscalização ambiental, dando liberdade a redes criminosas envolvidas no desmatamento ilegal na Amazônia. O texto elaborado pela ONG cita que “Bolsonaro acusou, sem qualquer prova, indígenas e organizações não governamentais (ONGs) de serem responsáveis pela destruição da floresta”.

“Em fevereiro de 2020, o presidente Bolsonaro enviou ao Congresso um projeto de lei para abrir territórios indígenas ao garimpo, hidrelétricas e outros projetos com grandes impactos ambientais”, revela a ONG.

Outro assunto trazido à tona no relatório foi o aborto. Segundo o texto, o governo Bolsonaro fez a exoneração de dois servidores públicos que editaram uma nota técnica recomendando a manutenção dos “serviços de saúde sexual e reprodutiva durante a pandemia, incluindo ‘abortamento seguro para os casos previstos em Lei’”. Somado a isso, o governo também incluiu uma portaria obrigando profissionais de saúde a notificarem a polícia quando sobreviventes de estupro buscarem interromper a gravidez.

Ao mesmo tempo, a crítica também ficou para a liberdade de expressão, prevista em lei. Conforme o relatório, “Desde que tomou posse, o presidente Bolsonaro, autoridades de seu governo e outros políticos aliados ao governo proferiram ataques a jornalistas mais de 400 vezes, de acordo com a Artigo 19”. Um desses casos ocorreu quando o presidente ameaçou um jornalista dizendo que deseja “encher tua boca de porrada”.

Acha que acabou? Ainda não. O relatório também penaliza as declarações pró-ditadura de Bolsonaro e traz um exemplo relacionado ao seu vice: “Em outubro, seu vice-presidente, um general da reserva, expressou sua admiração por um coronel falecido, identificado como comandante de um centro de tortura”.

Comentários

  1. Rodolfo Hamilton dos Reis diz:

    Bom dia. Sugiro que, além dos “desmandos” do presidente, que vocês publiquem também ações inconstitucionais dos poderes Judiciário e Legislativo, para que nossos leitores possam ter um panorama geral político, econômico e social do Brasil.

    Grato.

    • Nei diz:

      Correto, Rodolfo Hamilton.
      A maior ameaça à democracia no Brasil não vem do Poder Executivo.
      E as maiores barreiras ao desenvolvimento do país não estão no Poder Executivo.

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