A Light (BOV:LIGT3) fixou o preço de R$ 20,00 por ação em seu follow-on, levantando R$ 2,74 bilhões. Com isso, a Cemig deixa de fazer parte da base acionária da Light, colocando R$ 1,37 bilhão em caixa. A Cemig detinha 22,58% da Light.
O Fato Relevante foi divulgado pela Cemig (BOV:CMIG3) (BOV:CMIG4) na madrugada desta quarta-feira (20). Confira o documento na íntegra!
Confira o Fato Relevante divulgado pela Light!
Coordenaram a oferta os bancos Itaú BBA, BTG Pactual, Santander, XP Investimentos e Citi.
A saída da empresa da distribuidora de energia ocorreu por meio de uma oferta subsequente de ações, conforme divulgado ao mercado no começo deste mês.
A operação consistiu em uma oferta primária de 68.621.264 novas ações ordinárias e uma secundária de 68.621.264 papéis de titularidade da Cemig e equivalente a 22,5% do capital social da distribuidora.
As ações foram vendidas a R$ 20. A operação movimentou R$ 2,74 bilhões, com a Cemig e Light levando, cada uma, R$ 1,37 bilhão
O preço de R$ 20,00 é bem acima da média dos últimos 5 anos das ações da Light.
No lançamento da oferta, 12 dias aturas, a cotação era negociada a R$ 23,44 com a Cemig tentando elevar o preço da oferta.
Mesmo assim, o follow-on representa um desconto de 7,3% sobre o preço de fechamento de ontem, de R$ 21,59.
Com a saída da Cemig, que ainda tinha alguns poderes como principal acionista, a Light vira uma corporation de fato e pode ficar centrada na reestruturação.
Na conta dos novos acionistas, a reestruturação da Light pode levar cinco anos.
Com o dinheiro da oferta que vai para o caixa, a Light reforça o balanço e praticamente elimina riscos de liquidez, podendo se concentrar no operacional – a fase realmente espinhosa da concessão. “Com cerca de R$ 1,5 bilhão da oferta e mais os R$ 500 milhões recebidos em dezembro [uma indenização paga por Furnas], resolve o nível de alavancagem”, diz um analista. Em setembro, a alavancagem estava em 2,4 vezes – a empresa tinha R$ 2,9 bilhões em caixa, mas R$ 2,3 bilhões em dívida vencendo este ano.