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Magazine Luiza (MGLU3): a Amazon brasileira

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Foram 18.000% de valorização da ação entre 2015 e 2019. Em 2020, pleno ano pandêmico, os papéis valorizaram nada menos do que 99%. Afinal, o que é que a Magalu (BOV:MGLU3) tem?

Se você também se questiona sobre isso, saiba que não é o único e, mais do que isso, que essa dúvida também paira até mesmo pela mente de investidores estrangeiros. Lá fora, a Magalu é conhecida como a “Amazon do Brasil” pela sua crescente valorização. Só para se ter ideia, a Amazon verdadeira (AMZO34), aquela empresa do Kindle e da Alexa, sabe? Em 20 anos na Bolsa (ou seja, até 2017), teve suas ações valorizadas em mais de 500%.

A Magalu, nesse mesmo sentido, saiu de uma ação que custava o preço de um chiclete em dezembro de 2015 (R$ 0,95) para um desempenho tão invejável quanto o da Amazon.

Magazine Luiza: preço das ações na B3 supera R$ 100. 

Somente no período de 2015 a 2019 os papéis cresceram 18.000%. E seu case de sucesso virou até matéria na famosíssima revista Forbes, que em novembro de 2019 trazia 5 lições da Magalu para “você, líder empresarial, acelerar seus próprios negócios”.

Se tem gente lá de fora de olho no que temos aqui dentro, melhor mesmo entender tudo isso. E, para não perder tempo nem oportunidade$$, vamos começar agora.

Quem é a Magalu

Atualmente, a Magalu, além de ser detentora de números impressionantes, como mostramos, é uma das maiores varejistas de móveis e produtos eletrônicos do Brasil, atuando fortemente com a facilidade de acesso dos clientes para a compra dos itens e também com estratégias de popularização de vendas, como a famosa “Liquidação Fantástica” e “Só Amanhã”, campanhas criadas pelo Magalu e que são feitas há quase 30 anos, tendo sido replicadas por diversos concorrentes. Tudo isso indo de encontro ao propósito da empresa, que, segundo seu site institucional, é: “Levar ao acesso de muitos o que é privilégio de poucos”.

Também é uma das empresas mais engajadas digitalmente na atualidade, tendo sido pioneira a entrar no meio virtual em comparação com suas concorrentes, e isso em uma época na qual nem se pensava em surfar por esses mares. Foi lá em 1992 que a companhia lançou suas primeiras lojas virtuais, ainda muito simples, porém conectando e se relacionando ainda mais fortemente com seu público.

Essa conexão, essa presença, esse contato todo com o público foi o que possibilitou, em grande parte, a empresa a chegar aonde chegou hoje em dia, com resultados surpreendentes em vendas no meio digital. Mas, quando falamos em 1992, ainda estamos tratando de uma época muito atual, a julgar pelo fato de que a companhia foi fundada muitooo antes disso, em 1957. Entretanto, é importante você saber desse início de engajamento digital da empresa para entender que, embora essa questão de conexão, inovação e se fazer presente para os clientes pareça nova e seja o atual propulsor dos resultados da companhia, ela já tinha isso no seu DNA desde que nasceu.

Vamos explicar melhor. Luiza Trajano Donato era uma excelente vendedora varejista e em 1957, junto de seu marido, abriu uma pequena loja de presentes no interior do Estado de São Paulo (em Franca), chamada “A Cristaleira”. Mas o nome não estava legal.

Como todo mundo se conhecia na cidadezinha, em vez de criar um nome para que depois ficassem sussurrando de ouvido em ouvido até todos saberem, Luiza preferiu engajar a cidade inteira de uma vez e envolver o seu público nisso. Como? Usou o primeiro meio social que se tinha: a rádio local. Foi através de um concurso cultural no qual os ouvintes poderiam dar sugestões de nome que surgiu o Magazine Luiza. Foi preciso ir bem longe para saber o que já se tinha muito perto: o nome Luiza, de sua fundadora.

Atualmente, associamos a figura de Luiza Helena Trajano à Magalu, porém, como vimos, ela não foi a fundadora da empresa, e sim sua tia, Luiza Trajano Donato.

Luiza Trajano só entraria na Magalu aos 18 anos, em 1991. Após passar por diversas áreas, assumiu a cadeira de liderança e, atualmente, é presidente do Conselho de Administração da Magalu. Seu filho, Frederico Trajano, é hoje o CEO da empresa.

Veja a matéria Lugar de mulher é onde ela quiser – inclusive no Conselho de Administração da empresa em que você investe. 

A Magalu pela Lu

Luiza Trajano foi professora convidada de um curso realizado pela PUCRS e promovido em 2020. Dividindo a grade com Leandro Karnal, famoso escritor e historiador brasileiro, eles discursaram sobre o tema “Competências profissionais, emocionais e tecnológicas para tempos de mudança”, levantando debate sobre o mundo atual pós-pandemia.

Como não poderia deixar de ser, a líder falou sobre a Magalu, revelando que “ela é uma start-up… apesar de já ter 63 anos”. Com isso, Luiza Trajano mostra que a intenção é sempre inovar e se reinventar seguindo firme no seu propósito, o que, é claro, tem tudo a ver não apenas com a Magalu, mas também com o que se espera do período pós-pandêmico, foco de discussão do curso.

A professora não deixou dúvidas sobre a importância da inovação tecnológica nas empresas, enaltecendo ainda mais a iniciativa da companhia em investir na sua entrada digital. Segundo ela: “Alibaba [companhia chinesa], Amazon [EUA], essas empresas já nasceram no meio digital. A Magalu nasceu no analógico”, isto é, no contato físico, com lojas, atendimento vendedor-cliente. Porém, ela precisou se reinventar, mesmo tendo pagado caro por isso.

Conforme explica Luiza Trajano em sua aula, a companhia foi muito pressionada para que houvesse uma separação entre a operação virtual e a física. Juntos, os negócios valiam em torno de R$ 400 milhões, porém separados, somente a presença digital valia cerca de R$ 3 bilhões. “Mas a gente tinha propósito, por isso não separamos. Hoje, valemos mais de 100 bilhões”, comenta.

Especificamente, a Magalu vale em torno de R$ 160 bilhões em janeiro de 2021, perdendo na Bolsa de Valores apenas para Vale (VALE3), Petrobras (PETR3), Itaú Unibanco (ITUB4), Ambev (ABEV3) e Weg (WEGE3), porém sendo a única companhia varejista a participar do Ibovespa e a ser considerada uma Blue Chip.

Magazine Luiza quebra paradigma do mercado ao se firmar com única representante do varejo entre as “blue chips”. 

E já que estamos falando de Bolsa…
Medalha de bronze

Se em pensamento estratégico e governança o Magalu poderia ganhar fácil uma medalha de ouro, na Bolsa de Valores ela foi um bronze em 2020, porém ainda assim uma excelente colocação, perdendo apenas para CSN (CSNA3) e WEG (WEGE3), ambas multinacionais, cujo faturamento também é proveniente do ambiente externo. Em se tratando de uma companhia 100% mercado interno como a Magalu, e considerando as peripécias de 2020, novamente ela entra como case de sucesso.

Apenas para fazer uma retrospectiva, a companhia realizou sua IPO em 2011, começando com o preço de R$ 16 de suas ações e tendo embolsado na oferta R$ 926 milhões. A demanda pelos papéis superou a oferta em 50%. No mesmo ano, ela adquiriu a rede Baú da Felicidade – entendeu a referência?

Já naquela época o propósito da companhia de “Levar ao acesso de muitos o que é privilégio de poucos” ficou claro também na Bolsa de Valores, com Luiza Helena Trajano indo a público incentivar os pequenos investidores a olharem para as ações da empresa e o pedido à CVM para que o valor mínimo de investimento caísse ainda mais – de R$ 3 mil para R$ 1 mil. Até mesmo os funcionários da Magalu entraram na ação, obtendo 15% de desconto nos papéis.

Em 2019, foi realizado um split de ações, também chamado de desdobramento. É uma estratégia muito usada pelas empresas e que consiste em dividir uma ação em muitas outras. Assim, se a companhia disser que fará um desdobramento de 1 para 4, por exemplo, isso significa que, se o investidor tem um papel dela que custa R$ 100, então agora ele terá 4 ações de R$ 25 cada. Ao mesmo tempo, aquele investidor que não tem nenhum pode comprar a R$ 25 cada papel.

Como dissemos, em 2019 a Magalu realizou um split de 1 para 8, mas sem alterar o capital social da companhia. A intenção era tornar os papéis novamente mais acessíveis. Já em 2020 foi anunciado novo desdobramento, dessa vez de 1 para 4, facilitando a entrada de ainda mais investidores menores nas ações e aumentando a liquidez dos papéis na Bolsa.

Veja a cotação atual de MGLU3. 

Para 2021, os papéis da empresa figuram em diversas carteiras recomendadas das maiores corretoras do Brasil. Confira as TOP 10 ações mais recomendadas de janeiro e não deixe de acompanhar esse ranking todos os meses e ver se Magalu continua sendo uma boa recomendação. Já deixe salva no seu celular ou computador a página da nossa Carteira Mensal ADVFN.

Para saber mais
A empresa em números, conforme seu site institucional

  • A companhia levou 43 anos para faturar R$ 1 bilhão nas lojas físicas.
  • Precisou de 10 anos para atingir R$ 1 bilhão no e-commerce. Magazine Luiza atinge crescimento acima de 100% de vendas no e-commerce https://br.advfn.com/jornal/2020/12/magazine-luiza-atinge-crescimento-acima-de-100-de-vendas-no-e-commerce
  • Foram necessários 2 anos para atingir R$ 1 bilhão com a operação de marketplace.
  • Em 2019, as vendas totais do Magalu somaram R$ 27,3 bilhões.
  • A companhia conta com 1.113 lojas físicas, distribuídas por 819 cidades, de 21 estados.
  • Ao todo são 17 Centros de Distribuição, localizados em diferentes regiões do país.

Gostou das informações e de conhecer um pouco mais sobre essa empresa que tem tirado suspiros, mas também apavorado investidores que acreditam na famosa Lei da Gravidade: “tudo o que sobe tende a descer”. E você, de que lado está nessa discussão? Comenta aqui embaixo e não se esqueça de compartilhar o conteúdo com seus amigos. Conhece alguém comprado em MGLU3? Manda para ele. Conhece alguém que está pensando em entrar na ação agora? Dê uma forcinha para ele se decidir enviando este conteúdo.

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