A Procter & Gamble (NYSE:PG) elevou na quarta-feira (20) sua perspectiva pelo segundo trimestre consecutivo depois que sua receita aumentou 8%, alimentada pela maior demanda por seus produtos de limpeza e produtos de barbear, enquanto a pandemia continua a guiar o comportamento do consumidor.

O proprietário da marca Tide agora espera um crescimento nas vendas de 5% a 6% no ano fiscal de 2021, acima de sua previsão anterior de crescimento de 3% a 4%. Também está prevendo que seu lucro ajustado subirá de 8% a 10%, ante a meta anterior de 5% a 8%.

Aqui está o que a empresa reportou para o trimestre encerrado em 31 de dezembro, em comparação com o que Wall Street estimava, com base em uma pesquisa com analistas da Refinitiv:

  • Lucro por ação: US$ 1,64, ajustado, contra US$ 1,51 esperado
  • Receita: US$ 19,75 bilhões contra US$ 19,27 bilhões esperados

A P&G relatou lucro líquido no segundo trimestre fiscal de US$ 3,85 bilhões, ou US$ 1,47 por ação, ante US$ 3,72 bilhões, ou US$ 1,41 por ação, um ano antes.

Excluindo os itens, a empresa ganhou US$ 1,64 por ação, superando os US$ 1,51 por ação esperados por analistas consultados pela Refinitiv.

As vendas líquidas aumentaram 8%, para US$ 19,75 bilhões, superando as expectativas de US$ 19,27 bilhões. Suas vendas orgânicas, que eliminam o impacto de aquisições, desinvestimentos e moeda estrangeira, também cresceram 8%. Novos produtos ajudaram a elevar as vendas do trimestre.

Seu spray desinfetante Microban 24 horas, por exemplo, foi lançado em fevereiro do ano passado, pouco antes de os consumidores americanos começarem a comprar todos os produtos de limpeza que encontravam.

O segmento de tecidos e cuidados domésticos da P&G viu as vendas orgânicas crescerem 12% no trimestre, o maior aumento da empresa por unidade de negócios. O cuidado doméstico, que inclui produtos de limpeza Comet, teve um crescimento orgânico de vendas de 30%, à medida que mais consumidores limpavam superfícies e pratos.

O segmento de saúde, que inclui os produtos Oral B e Vicks, apresentou crescimento orgânico nas vendas de 9%. Os aumentos de preços combinados com a demanda do consumidor por produtos sofisticados impulsionaram as vendas. Mas a empresa disse que a demanda por seus produtos respiratórios foi menor este ano porque menos pessoas contraíram resfriados ou gripes.

Tanto o segmento de higiene pessoal quanto o segmento de cuidados infantis, femininos e familiares tiveram aumento de 6% nas vendas orgânicas no trimestre. As vendas orgânicas dos aparelhos de beleza da P&G aumentaram 20%, à medida que os consumidores buscavam produtos de barbear e penteados caseiros.

O segmento de beleza da P&G, que inclui Olay e SK-II, relatou um crescimento orgânico de vendas de 5%.

A distribuição de vacinas levantou questões sobre se os gigantes do consumidor como P&G ou Conagra Brands serão capazes de manter o mesmo ritmo de crescimento, uma vez que seus clientes voltem às suas rotinas anteriores. Moeller disse em uma chamada para a imprensa que provavelmente haverá alguma redução na demanda por alguns de seus produtos, que tiveram um aumento significativo nas vendas, mas outros produtos que foram enfraquecidos pelas tendências recentes podem se recuperar. A empresa também está prevendo o desaparecimento de “alguns ventos contrários muito fortes”, como os desafios da cadeia de suprimentos.

No ano fiscal de 2021, a P&G está prevendo dificuldades em moeda estrangeira que custarão cerca de US$ 100 milhões após os impostos, bem como custos de frete mais altos que também custarão US$ 100 milhões após os impostos.

A empresa espera recomprar até US$ 10 bilhões de suas próprias ações durante o ano fiscal, ante uma estimativa anterior de US$ 7 bilhões para US$ 9 bilhões.

As ações da empresa saltaram mais de 1% no pré-mercado.

Gráfico candle (1 ano) diário da PG – br.advfn.com

A Procter & Gamble também é negociada na B3 através da BDR (BOV:PGCO34).

Fontes: CNBC, FX empire, FX Street, Wall Street, Reuters