Um indicador de crescimento observado de perto na atividade manufatureira britânica atingiu seu nível mais alto em três anos no mês passado, enquanto as fábricas se apressavam para concluir as obras antes do final do período de transição pós-Brexit em 31 de dezembro.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da IHS Markit / CIPS de manufatura de dezembro subiu para 57,5 ​​de 55,6 de novembro, o maior desde novembro de 2017 e um pouco acima de uma estimativa inicial de 57,3.

Os dados oficiais mais recentes, de outubro, mostraram que a produção da fábrica foi 7,1% menor do que no ano anterior, em grande parte devido à redução da demanda nas indústrias voltadas para o consumidor como resultado das paralisações do COVID-19.

O diretor da IHS Markit, Rob Dobson, disse que não acha que o aumento da atividade de dezembro durará.

“Os clientes, principalmente os sediados na UE, anteciparam as compras, impulsionando as vendas temporariamente. Parece provável que esse impulso seja revertido nos primeiros meses de 2021, tornando o início de ano fraco ”, disse ele.

O primeiro-ministro Boris Johnson chegou a um acordo de última hora com a União Europeia em 24 de dezembro, evitando tarifas sobre o comércio de mercadorias com a UE. No entanto, o comércio entre as duas áreas econômicas ainda enfrentará uma papelada extra significativa a partir de 1º de janeiro.

A pesquisa mostrou que os fabricantes estocaram materiais pela taxa mais rápida desde março de 2019 quando também havia temores de interrupção do comércio com a UE e que os prazos de entrega eram os mais lentos desde o bloqueio inicial em abril e maio.

Ao longo de dezembro, houve atrasos nos portos britânicos, culminando em um longo bloqueio em Dover, pouco antes do Natal, depois que a França fechou a fronteira após a identificação na Grã-Bretanha de uma nova variante mais infecciosa do coronavírus.

A pesquisa IHS Markit ocorreu entre 4 e 18 de dezembro, antes da ação francesa.

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(Com informações da Reuters)