A Braskem calculou em 10,1 bilhões de reais as provisões totais sobre o fenômeno de afundamento do solo em Maceió que causou a realocação de milhares de famílias na capital alagoana.
O comunicado foi feito nesta segunda-feira (01) pela empresa (BOV:BRKM5).
Em apresentação a analistas, a companhia afirmou que já desembolsou 1,2 bilhão de reais do total da provisão e que em 2021 os trabalhos vão consumir 4,1 bilhões de reais. Outros 4,8 bilhões de reais deverão ser desembolsados entre 2022 e 2025.
A companhia afirmou que até o fim de 2020 realocou 9.200 famílias de um total de cerca de 15 mil afetadas pelo fenômeno, atribuído por autoridades à atividade de mineração de sal em poços de extração da companhia em atividade na cidade.
O prejuízo líquido atribuído aos acionistas é de R$ 1,4 bilhão
A Braskem teve um prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 1,413 bilhão no terceiro trimestre de 2020, o que representa uma alta de 59% no comparativo com o mesmo período do ano passado. O resultado se deu devido à provisão adicional de R$ 3,5 bilhões em virtude do problema geológico em Alagoas e do impacto da variação cambial, dada a depreciação do real frente ao dólar sobre a exposição líquida, no montante de US$ 2,679 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente somou R$ 3,765 bilhões, uma alta de 129%. A margem Ebtida ficou em 24%, uma alta de 11 pontos percentuais. A receita líquida da petroquímica marcou R$ 15,992 bilhões no período, desempenho 20% superior em relação ao terceiro trimestre de 2019.