O comunicado foi feito pela companhia (BOV:CSAN3) nesta segunda-feira (08).
A aquisição ocorrerá por meio de uma combinação de negócios envolvendo uma troca de ações, com emissão de 3,5% de ações preferenciais da Raízen, e o pagamento de R$ 3,6 bilhões.
A parte em dinheiro servirá para a Hédera Investimentos e Participações, veículo controlado pela trading francesa Louis Dreyfus e que é acionista majoritário da Biosev, reduzir o endividamento da produtora de açúcar, etanol e energia. Com isto, a Biosev será transferida para a Raízen livre de sua dívida atual.
Após o quinto aniversário da data de fechamento do acordo, a Raízen poderá ter que pagar à Hédera um valor adicional de até R$ 350 milhões, dependendo de determinadas metas baseadas para o preço do açúcar e do etanol.
Nasce uma gigante
A combinação entre Raízen e Biosev resultará na maior empresa do mercado sucroalcooleiro do Brasil.
A empresa terá um total de 35 usinas, com capacidade de moagem de 105 milhões de toneladas de cana de açúcar – separadas, a Raízen tem capacidade para 73 milhões de toneladas e a Biosev, 32 milhões de toneladas.
O valor consolidado de moagem representa o equivalente a 15% da moagem de cana do Centro-Sul.
Esta nova estrutura deve resultar numa produção anual de cerca de 4,9 bilhões de toneladas de açúcar e 3,8 bilhões de litros de etanol.