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Lojas Renner (LREN3): Quarto trimestre sofre com repique da Covid-19 e lucro líquido de 2020 fica praticamente igual a 2019

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O lucro líquido da Lojas Renner cresceu 0,9% em 2020, para R$ 1,096 bilhão, uma levíssima alta de 0,9% ante os R$ 1,086 bilhão do ano anterior.

Os resultados das Lojas Renner (BOV:LREN3) referente a suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 11/02/2021. Confira o Press Release completo!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

A receita total foi de R$ 7,54 bilhões, queda de 21,4% em relação a 2019.

4T20

O lucro líquido da Renner no quarto trimestre caiu 31% para R$ 354 milhões. A receita líquida de venda de mercadorias subiu 1,6% no período, que inclui Natal e Black Friday, para R$ 2,9 bilhões.

As vendas on-line, porém, seguiram em forte crescimento de 123,2% no quarto trimestre. “Este crescimento reflete aumentos significativos em fluxo, novos clientes e relevância do app”, destaca a empresa, em seu relatório.

O Ebtida ajustado de toda a companhia totalizou R$ 616,7 milhões no quarto trimestre, 28,1% menor do que o mesmo período de 2019, com margem de 21,1%.

“Este desempenho é consequência do menor resultado operacional de varejo, assim como do menor resultado de produtos financeiros.”

A receita total da companhia, que é dona de Renner, Youcom e Camicado, caiu 3,3% no período quando comparado ao mesmo intervalo do ano anterior, para R$ 3,07 bilhões.

A queda é explicada pela redução de receita do braço financeiro da companhia, que caiu 49,6%, para R$ 151,7 milhões. A empresa atribui, em parte, a queda a um período de maiores restrições de operação e menor uso de cartões de crédito. O resultado da divisão caiu 40%, para R$ 59,6 milhões. Houve, porém, redução 0,04% das contas receber de clientes, para R$ 3,81 bilhões.

A operação do varejo, porém, já demonstrou recuperação. A receita da divisão cresceu 1,6%, para R$ 2,91 bilhões. Mas, a partir do fim de novembro, a volta no aumento do número de casos da covid-19 e o endurecimento de restrições impostas por municípios e governos estaduais tiveram impacto negativo nas operações. As vendas em mesmas lojas caíram em todo o semestre 0,8%, refletindo o fechamento de lojas em alguns locais.

O lucro bruto da operação de varejo caiu 5,7% no trimestre, para R$ 1,57 bilhão, na comparação anual. Houve um aumento de 12,5% nas despesas operacionais, para R$ 868,2 milhões. Esse aumento é atribuído ao fechamento temporário de lojas em dezembro.

A despesa operacional subiu 12,5%, a R$ 868,2 milhões.

O quarto trimestre foi mais um período de redução de margens para a Lojas Renner, devido as implicações da covid-19 sobre as atividades comerciais. Suas operações de varejo registraram redução de 4,2 pontos percentuais de margem bruta em relação ao mesmo período de 2019, mas a companhia destacou que o resultado mostrou melhora ante o terceiro trimestre de 2020 (com exceção da Camicado).

“Dado o processo mais intenso de ajuste nos estoques, realizado nos trimestre anteriores, o quarto trimestre iniciou com estoques das lojas mais equilibrados e com boa qualidade”, disse a companhia, em seu relatório de resultados. A varejista acrescenta que a coleção de setembro também foi bem recebida, o que ajudou a margem bruta a melhorar sequencialmente, não obstante o ambiente promocional ainda superior ao usual.

As bandeiras Renner e Youcom sofreram redução de margem de 4,1 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2019, para 54,2% e 58,5%, respectivamente. A Camicado, de artigos para casa, teve recuo de 0,6 ponto percentual, para 48,9%. No terceiro trimestre, a Renner registrou margem bruta de 47,2%, a Youcom, de 46,8% e a Camicado de 52,3%.

Teleconferência

Sobre os números do quarto trimestre, a companhia entende que houve uma melhora na comparação de trimestre a trimestre de 2020, apesar de alguns indicadores, como margem, ainda abaixo de 2019. Esse aspecto na comparação com 2029 foi mencionado em relatórios de analistas. As vendas afetadas pela pandemia e isolamento (a empresa tem maioria de lojas em shoppings) acabam contribuindo para um balanço ainda pressionado, dizem os analistas.

“Nós tivemos bloqueio momentâneo pela pandemia [novas restrições de circulação no quarto trimestre] e isso afeta volumetria de vendas. Se não fosse isso agora já estaríamos numa normalidade. Mas estamos otimistas numa recuperação e pelo esforço que temos feito internamente, e com o avanço forte no digital”, disse o CEO Fabio Faccio.

Sobre margem bruta, o executivo entende que ela está “num nível que tende a ficar” e “mais adequada”. “Vai rodar num patamar mais próximo disso”. A margem bruta no quarto trimestre no varejo foi de 53,8%, versus 58% um ano antes.

Segundo a diretora de relações com investidores, Paula Picinini, a margem bruta volta a patamares saudáveis em 2021, mas não para o nível de 2019, considerado um ano muito positivo.

“O aumento de capex é para elevar vendas e geração de caixa futuro. Já em temos de opex [despesas operacionais] estamos trabalhando em 2021 para aumentar o time de digital, e numa nova configuração de funções, além da criação de uma diretoria de dados e de uma estrutura dedicada na logística para a demanda dos canais integrados [site e lojas]”, diz a diretora.

Sobre a margem Ebitda, a executiva afirma que valorização do câmbio, alta da inflação e restrições de circulação ainda afetarão esse índice em 2021, pelo peso de produtos importados no portfólio da empresa, além da menor demanda geral, especialmente no começo do ano.

Investimentos para 2021

A varejista Lojas Renner pretende investir R$ 1,1 bilhão neste ano, pouco mais que o dobro dos R$ 544 milhões investidos em 2020. A proposta ainda será apresentada aos acionistas, conforme o relatório da administração da companhia.

O montante contempla investimentos em um centro de distribuição, em construção em São Paulo, e na abertura de lojas. A varejista pretende abrir neste ano entre 20 e 30 lojas Renner, 5 a 10 unidades Camicado, 5 a 10 da Youcom e 5 da Ashua. Em 2020, em meio ao avanço da pandemia, a Renner inaugurou 11 unidades, sendo 7 Renner, 2 Camicado e 2 Youcom.

No ano passado, a maior parte dos investimentos (48,8%) foi utilizada para sistemas de equipamentos de tecnologia. Quase 25% do valor total foi destinado ao novo centro de distribuição e cerca de 18% foi gasto com a abertura de lojas.

Do total de R$ 1,1 bilhão de investimentos previstos em 2021, R$ 345 milhões vão para tecnologia e projetos associados, R$ 240 milhões para novas lojas, R$ 107 milhões para reformas e melhorias e R$ 307 milhões para logística. Por área, logística e tecnologia vão concentrar mais da metade desse total previsto. Essas são áreas em que os maiores investimentos beneficiam especialmente a venda on-line, que opera integrada com a loja física.

A empresa tem registrado alta mais forte no on-line e acelerou projetos no segmento após a pandemia. De outubro a dezembro, as vendas no canal digital cresceram 123,2% e representaram 9,4% do total.

VISÃO DO MERCADO

Ágora Investimentos

“Os resultados do quarto trimestre de 2020 da Lojas Renner mostram uma melhora sequencial no crescimento das vendas e na lucratividade, mas os números ainda foram fortemente impactados por restrições, ritmo fraco e ambiente altamente promocional devido à Covid-19”, afirmaram Richard Cathcart e Flávia Meireles, analistas da Ágora.

Para a corretora, o resultado não apoia uma visão mais construtiva. Os analistas levantaram algumas preocupações sinalizadas nos números do quarto trimestre, como o impacto das promoções e o aumento nas despesas com vendas, gerais e administrativas. Eles também acreditam que a atuação da Lojas Renner no e-commerce pode ter ficado abaixo do desempenho dos pares.

“Assumimos que a falta de crescimento do SSS, a grande queda na margem bruta e o aumento excepcionalmente alto nas despesas operacionais (vendas, gerais e administrativas) são em grande parte pontuais”, explicaram Cathcart e Meireles.

Com o avanço da vacinação da população contra a Covid-19 – e, consequentemente, a retomada do tráfego em shopping centers -, a corretora acredita que os papéis da Lojas Renner podem ganhar impulso.

A Ágora mantém recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 50,00 para 2021.

BB BI

BB BI diz que resultados das Lojas Renner foi desanimador, mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 47,10 até incorporar o 4T20.

Bradesco BBI 

O Bradesco BBI participou do dia do investidor da Renner. O banco ressalta que, em fevereiro, a gestão divulgou uma guidance prevendo contração da margem, que o Bradesco estima em entre 3 e 4 pontos percentuais, em 2021, na comparação com 2019. Isso se deveria em parte a investimentos em transformação digital e em outras áreas.

O banco aponta que, no dia do investidor, o CEO da Renner, Fabio Faccio, apresentou um panorama de como o negócio está evoluindo e sua estratégia. Mas ressaltou que não foi divulgada guidance relativa a aceleração das vendas, que deve ser a questão mais importante a partir de 2022.

Bradesco BBI mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 50,00 frente aos R$ 42,5 negociados na quarta.

BTG Pactual

A Lojas Renner encerrou 2020 ainda sentindo os efeitos da pandemia da covid-19 em seus resultados. A expectativa, no entanto, é que a companhia consiga se recuperar nos próximos trimestres, com menores remarcações de preços e melhores perspectivas para o varejo físico. A avaliação é do BTG Pactual e aparece em relatório divulgado a clientes hoje.

No documento, os analistas afirmam que o ritmo de recuperação visto em outubro e novembro acabaram sendo compensados por um desempenho fraco em dezembro. Como resultado, a receita líquida no varejo cresceu apenas 1,6%, ficando 2% abaixo da expectativa do BTG. As vendas “mesmas lojas”, que consideram as unidades abertas há mais de 12 meses, recuou 0,8% — aquém da estimativa do banco, de crescimento de 2,3%.

No geral, dizem os profissionais, os resultados do quarto trimestre “são mais transitórios do que estruturais” e a empresa ainda está bem posicionada para ganhar participação de mercado nos próximos anos.

No curto prazo, porém, os analistas não enxergam gatilhos para novas altas das ações, que atualmente são negociadas a um preço equivalente a 31 vezes o lucro por ação estimado para 2021.

A recomendação do BTG Pactual para as ações da Renner é de compra, com preço-alvo de R$ 46,00.

Credit Suisse

O Credi Suisse acredita que a Lojas Renner não está imune a um consumo mais discricionário em 2021.

Os analistas Victor Saragiotto e Pedro Pinto afirmam que os resultados da companhia no quarto trimestre foram “amplamente alinhados” às expectativas do mercado, após “indícios mornos” sobre o desempenho do mês de dezembro.

O Credit destaca ainda que as novas restrições ao final do quarto trimestre reduziram o desempenho geral do varejo físico, e a companhia não passou imune. Janeiro também apontou “uma instabilidade persistente”, segundo os analistas.

A Lojas Renner, porém, se beneficiou da alta de 123% nas vendas digitais, chegando a 9,4% do total, e com melhores perspectivas para as margens brutas, além de geração de fluxo de caixa saudável em meio à boa gestão.

“Reconhecemos os esforços para acelerar as vendas on-line e estabelecer rapidamente projetos estratégicos, mas não estamos confortáveis com a perspectiva de 2021”, afirmam.

Credit Suisse mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 48,00.

Morgan Stanley

Morgan Stanley destaca que a rede voltou ao crescimento de 2% na receita no varejo no quarto trimestre, e diz ver o desempenho como um passo notável na recuperação pós-pandemia. O lucro bruto caiu, no entanto, 6% na comparação anual. Com alta de 1,6%, as vendas de mercadorias no varejo ficam 4% acima da expectativa do banco, e os ganhos por ação ficam 3% abaixo.

As vendas no e-commerce tiveram crescimento de 123% na comparação anual, chegando a 9,4% da receita. O Morgan Stanley diz esperar que a vantagem competitiva da Renner aumente no momento pós-Covid.

Morgan Stanley mantém recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 55,00.

XP Investimentos

Segundo a XP Investimentos, a Renner reportou resultados levemente acima das estimativas, decorrente de uma receita mais forte na operação do varejo e uma rentabilidade melhor na Realize (serviços financeiros).

Os analistas, Danniela Eiger, Thiago Suedt e Marco Nardini, que assinam o relatório, destacam que companhia entregou uma receita estável na operação de varejo apesar da dinâmica de consumo mais fraca no fim do trimestre. Ainda, a companhia destacou que o varejo físico teve crescimento de receita na semana do Natal, mesmo em meio ao aumento de casos de Covid-19 e restrições mais severas.

“O momento de curto prazo deve seguir difícil, devido às incertezas em relação à velocidade da campanha de vacinação combinado ao aumento recente de casos da Covid-19 e seu impacto na confiança do consumidor. Porém, vemos o setor de vestuário como um dos principais beneficiários da recuperação econômica e da retomada da normalidade.

XP Investimentos mantém recomendação Neutra, com preço alvo de R$ 53,00 por ação para o fim de 2021.

Pensando em investir na Lojas Renner?

Lojas Renner atua na fabricação e comercialização a varejo de vestuário feminino, masculino e infantil, moda íntima e esportiva e calçados. A empresa também vende perfumes e cosméticos, incluindo maquiagem, protetores solares, loções, cremes e batons, sob a marca própria Alchemia. Além da venda de produtos próprios, as lojas da empresa também oferecem mercadorias com marcas de terceiros em certas categorias de produtos.

→ As Lojas Renner são uma empresa varejista brasileira que atua com produtos de moda, calçados, perfumes e serviços financeiros. A empresa possui valor de mercado de R$ 31,8 bilhões. Confira a análise completa da empresa com informações exclusivas. 

Governança Corporativa

Negociada no Mercado Bovespa desde 01 de Julho de 2005, a LREN3 pertence à lista de ativos do Novo Mercado da principal bolsa de valores brasileira. A listagem nesse segmento especial assegura ao investidor detentor de ações ordinárias da Lojas Renner o direito de tag along de 100% sobre o preço pago pelas ações ordinárias do acionista controlador no caso de venda do controle acionário da empresa.

Composição Acionária

Posição Acionária dos Acionistas com mais de 5% de Ações da Companhia.

Data Base 31/01/2021 Ações Ordinárias (%)
J.P. Morgan Asset Management H.Inc. 54.223.253 6,81%
Schroder Investment Management Brasil Ltda. 42.360.753 5,32%
Outros 696.427.519 87,47%
Ações em Tesouraria 3.158.685 0,40%
Total 796.170.210 100,00%

Posição acionária dos membros do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Diretoria da Renner.

Data Base 31/01/2021 Ações Ordinárias (%)
Conselho de Administração 5.602.435 0,70%
Comitê Técnico/Consultivo 200.000 0,03%
Diretoria 764.076 0,10%
Conselho Fiscal 0 0,00%
Ações em Tesouraria 3.158.685 0,40%
Free Float 786.445.014 98,78%
Total de Ações 796.170.210 100,00%

Desempenho da empresa na B3

No último ano, as ações da Lojas Renner oscilaram entre a mínima de R$ 26,32 e a máxima de R$ 57,71. No último pregão antes da divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em queda de 0,93%%, negociada a R$ 39,39. No pregão seguinte a divulgação do resultado, as ações fecharam em alta de 1,29%, negociada a R$ 39,90.

Confira o histórico da Lojas Renner (LREN3)

Período Abertura Máxima Mínima Preço Médio Vol Médio Variação Variação %
1 Semana 41,29 41,68 38,81 40,29 6.528.480 -1,39 -3,37%
1 Mês 42,25 44,44 38,81 41,62 6.992.189 -2,35 -5,56%
3 Meses 46,96 47,15 38,81 43,15 6.693.705 -7,06 -15,03%
6 Meses 42,83 49,90 37,25 42,94 7.820.502 -2,93 -6,84%
1 Ano 56,72 57,71 26,32 41,37 8.740.438 -16,82 -29,65%
3 Anos 30,6299 60,90 23,2224 40,76 5.505.471 9,27 30,26%
5 Anos 13,4356 60,90 13,1795 36,03 4.519.767 26,46 196,97%
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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