No ano de 2020, a rede de hospitais Rede D’or reportou lucro de R$ 459,4 milhões, desempenho 61,4% inferior ao de 2019. 

Os resultados da Rede D’or (BOV:RDOR3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 24/02/2021. Confira o Press Release completo!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

Em 2020, porém, o Ebtida ajustado registrou queda de 28,8% ante 2019, para R$ 2,481 bilhão.

Em 2020, a receita cresceu 5,3%, para R$ 14,029 bilhões.

Em 2020, a Rede D’Or investiu a soma recorde de R$ 3,8 bilhões, sendo que R$ 2,4 bilhões foram direcionados para aquisições, e o restante investido principalmente no desenvolvimento de novos hospitais, expansões de ativos existentes, e renovações.

Entre os destaques do ano a empresa aponta a inauguração do Hospital Glória D’Or, no Rio de Janeiro, e aquisição de sete hospitais em diferentes regiões.

“A Companhia iniciou o ano com quatro aquisições de hospitais anunciadas no fim de 2020 aguardando a conclusão formal, e mais de 30 projetos em diferentes estágios de desenvolvimento”, acrescenta a companhia. A Rede D’Or encerrou 2020 com uma posição de caixa e equivalentes de R$ 15,727 bilhões.

4T20

A Rede D’Or São Luiz teve lucro atribuível aos controladores de R$ 278,5 milhões no quarto trimestre do ano passado, praticamente estável em relação aos R$ 277,9 milhões reportados no mesmo período de 2019.

No comparativo entre mesmos trimestres, o Ebitda ajustado da companhia cresceu 24,5%, somando R$ 1,142 bilhão.

A receita líquida registrou expansão de 21,9% no intervalo, somando R$ 4,168 bilhões no período de outubro a dezembro do ano passado.

O volume de internações nos hospitais da rede, medido pelo indicador ‘paciente dia’ mostrou forte recuperação no quarto trimestre, com alta de 10,7% ante igual período do ano anterior, e de 8,2% frente ao terceiro trimestre, apesar do efeito sazonal de redução dos procedimentos realizados próximo ao período de festas de fim de ano.

Em comentários que acompanham o informe de resultados, a empresa observa que a recuperação contrasta com o impacto registrado durante o segundo trimestre de 2020, quando no início da pandemia, o volume de internações havia registrado queda de 20,6% ante o segundo trimestre de 2019.

Teleconferência

Apesar do aumento na demanda por hospitais, vinda de grupos que podem se capitalizar com uma oferta de inicial de ações, a Rede D’Or acredita que há ainda boas opções desse ativo para aquisições. “É um mercado grande, bastante fragmentado, não vão faltar opções”, disse Paulo Moll, presidente da Rede D’Or, na primeira teleconferência de resultados do grupo hospitalar, que abriu o capital em dezembro, captando R$ 11,4 bilhões.

Além de hospitais, outra área de interesse do grupo são os laboratórios de medicina diagnóstica.

A melhora na receita financeira é devido ao pagamento adiantado de uma dívida, segundo Otávio Lazcano, vice-presidente financeiro da Rede D’Or.

Rede D’Or informou que não há risco de faltar leitos para procedimentos eletivos caso haja aumento no volume de internações de pacientes com covid-19.

“Pacientes com covid demandam por UTI. Já os procedimentos eletivos, normalmente, não passam por UTI”, disse o presidente.

A taxa geral de ocupação (incluindo todas as enfermidades) dos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês está em 90% e 95%, respectivamente. Já no Alemão Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa a taxa de ocupação na UTI covid é de 92% e 95,7%, respectivamente.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI destacou que as aquisições devem ganhar relevância, respondendo por cerca de 80% das expansões, avalia o banco e reiterou sua preferência pela Rede D’Or no setor de saúde, com recomendação outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado), e preço-alvo em R$ 82,00.

BTG Pactual

O BTG Pactual afirmou que a Rede D’Or São Luiz reportou ontem um conjunto de resultados positivos referentes ao quarto trimestre de 2020, em linha com as projeções da equipe de análise do banco.

Segundo o BTG, no geral, os resultados foram marcados pela retomada das frequências e pela recuperação das taxas de utilização, que haviam sido prejudicadas pelo surto da covid-19 no início da crise.

“A Rede D’Or é nossa ação favorita no setor de saúde, com uma combinação atraente de momento dos lucros, forte atividade de fusões e aquisições e avaliação atraente, considerando as perspectivas de crescimento robusto dos lucros”, diz o relatório.

BTG Pactual recomenda compra, com preço-alvo de R$ 85,00.

Credit Suisse

O Credit Suisse comentou os resultados da Rede D’Or São Luiz do quarto trimestre, destacando a expansão da capacidade com menor utilização. A receita bruta cresceu 4,2% de 2019 a 2020, menos do que a adição de 10% em leitos operacionais dadas as restrições impostas pela covid-19.

O relatório foi assinado pelos analistas Maurício Cepeda e William Barranjard.

Segundo o banco, a menor utilização não pôde ser compensada nem mesmo com o aumento do tíquete médio em 7,7%. Mesmo neste cenário restrito, a oncologia foi capaz de crescer 22% ano a ano, embora represente apenas 6% da receita total. O lucro líquido de 2020 foi de R$ 460 milhões, 61% abaixo do ano passado.

“A utilização é uma variável crucial para uma empresa hospitalar. A D’Or conseguiu aumentar a capacidade, mas a situação da covid-19 criou uma anomalia na utilização. O trimestre ficou mais próximo do normal, mas há demanda reprimida pela covid”, diz o relatório.

“Acreditamos na capacidade da empresa em dar continuidade às aquisições e na sua relação com os pagadores e médicos para garantir a ocupação”, segue.

Os custos foram impactados pela necessidade de contratação de pessoal e compra de medicamentos e materiais para fazer frente à crise do coronavírus. Mudanças no modelo de remuneração variável afetaram negativamente os custos gerais e administrativos. O banco disse que a covid-19 pressionou a margem Ebitda, que caiu de 26% em 2019 para 18% em 2020.

O Credit manteve a recomendação de compra para as ações e preço-alvo em R$ 78,00.

XP Investimentos

“A Rede D’Or divulgou resultados operacionais muito fortes no 4° trimestre de 2020 (4T20), superando as nossas estimativas e o consenso de mercado, impulsionados por uma receita líquida robusta, que refletiu uma combinação de: i) leitos operacionais mais altos, ii) taxa de ocupação mais alta e iii) ticket médio mais alto.

O forte conjunto de indicadores operacionais reforça nossa visão positiva sobre a Rede D’Or e, com isso, reiteramos nossa recomendação de Compra com preço alvo de R$85 por ação”, aponta a XP.

Pensando em investir na Rede D’or?

Fundada em 1977, a Rede D’Or São Luiz é a maior rede integrada de cuidados em saúde no Brasil, com presença em 10 estados nacionais. Conta com 51 hospitais próprios, 1 hospital administrado e mais de 45 clínicas oncológicas.

A empresa realizou IPO em 09 de dezembro de 2020.

Desempenho da empresa na B3

Desde o IPO, as ações da Rede D’or oscilaram entre a mínima de R$ 59,62 e a máxima de R$ 75,00. No último pregão antes da divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em alta de 0,32%, negociada a R$ 72,73.

Confira o histórico da Rede D’or (RDOR3)

Período Abertura Máxima Mínima Preço Médio Vol Médio Variação Variação %
1 Semana 71,33 73,89 67,80 71,92 1.374.440 -2,23 -3,13%
1 Mês 64,64 75,00 63,60 71,93 2.320.556 4,46 6,9%
3 Meses 65,01 75,00 59,62 67,27 2.863.247 4,09 6,29%
6 Meses 65,01 75,00 59,62 67,27 2.863.247 4,09 6,29%
1 Ano 65,01 75,00 59,62 67,27 2.863.247 4,09 6,29%
3 Anos 65,01 75,00 59,62 67,27 2.863.247 4,09 6,29%
5 Anos 65,01 75,00 59,62 67,27 2.863.247 4,09 6,29%
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters