A Suzano não conseguiu reverter o prejuízo de 2019 (R$ 2,815 bilhões) e acumulou perdas de R$ 10,715 bilhões nos 12 meses de 2020.

Os resultados da Suzano (BOV:SUZB3) referente a suas operações do quarto trimestre de 2020 foram divulgados no dia 10/02/2021. Confira o Press Release completo!

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 4T20 e referente ao ano de 2020. Confira a cobertura completa de todos os balanços referente ao ano de 2020 das empresas negociadas na B3.

Em 2020, O Ebitda ajustado chegou a R$ 14,949 bilhões, alta de 39% em relação a 2019. A receita líquida anual atingiu R$ 30,460 bilhões, alta de 17% em comparação com o ano anterior.

Em nota, a empresa diz que o resultado de 2020 foi sustentado pelo forte volume de vendas, pelo câmbio favorável às exportações, pelo rígido controle das despesas, incluindo a resiliência no custo de produção, pela captura de sinergias e pela robusta capacidade de geração de caixa, mesmo diante dos impactos ocasionados pela pandemia de covid-19 na economia global e no modo de viver das pessoas em todo o mundo.

“Superamos este ano, tão particular na história da humanidade, com a convicção de que estamos ainda mais fortes do que estávamos antes da pandemia.

Avançamos internamente, com o fortalecimento da cultura pós-fusão, e externamente, com uma significativa queda na alavancagem financeira, entre diversas outras evoluções”, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka.

4T20

Maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, a Suzano registrou lucro líquido de R$ 5,914 bilhões no quarto trimestre de 2020, alta de 403% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 1,175 bilhão.

O desempenho foi apoiado por um salto no resultado financeiro positivo da companhia, impulsionado por ganhos cambiais e com derivativos. A linha subiu de R$ 1,6 bilhão no quarto trimestre de 2019 para R$ 6,2 bilhões nos três meses encerrados em dezembro passado. Ajudou também no resultado geral do grupo uma melhora operacional com queda no custo de produção de celulose.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 3,965 bilhões no quarto trimestre, alta de 61% em relação ao mesmo período do ano passado.

O forte avanço do Ebitda reflete a valorização de 31% do dólar médio ante o quarto trimestre de 2019 e menores custos do produto vendido, influenciados pela ausência dos volumes da Klabin e pelo giro no estoque da companhia. Em 2020, a companhia reduziu em cerca de 1 milhão de toneladas os estoques de celulose.

No trimestre, as vendas de celulose da companhia ficaram em 2,67 milhões de toneladas, com recuo de 9% na comparação anual. As vendas de papel, por sua vez, somaram 354 mil toneladas, queda de 4%.

A receita líquida do quarto trimestre ficou em R$ 14,949 bilhões, aumento de 14% na comparação com o mesmo período de 2019.

A geração de caixa operacional totalizou R$ 3 bilhões no quarto trimestre de 2020 e R$ 11,5 bilhões no ano, o que representa um aumento de 63% em relação a 2019.

A Suzano também estimou investimento de R$ 4,9 bilhões este ano, dos quais R$ 4 bilhões serão destinados às operações industriais e florestais do grupo.

A companhia teve um preço líquido médio de celulose no exterior de US$ 459 por tonelada no quarto trimestre, uma queda de 2% sobre os três meses finais de 2019, mas o custo caixa de produção do insumo, sem considerar paradas de manutenção, recuou 1%, a 622 reais.

Ganhos após fusão com a Fibria

A Suzano concluiu a curva de captura de ganhos de sinergias operacionais após a combinação de negócios com a Fibria Celulose, com ganho de R$ 1,3 bilhão por ano (antes da tributação). Segundo a empresa, as sinergias operacionais foram obtidas com a redução de custos, despesas, investimentos de capital e tributos indiretos. Dessa forma, a Suzano decidiu descontinuar as projeções relativas à combinação de negócios com a Fibria, divulgadas em março de 2019 e fevereiro de 2020. A companhia informa ainda que os custos para a implementação das iniciativas atreladas às sinergias totalizaram R$ 60 milhões, ficando abaixo do montante inicialmente previsto de R$ 200 milhões.

VISÃO DO MERCADO

Credit Suisse

O Credit Suisse destacou que o Ebitda  foi 8% acima do consenso e em linha com a previsão do Credit, devido a vendas mais fortes no trimestre, em sua avaliação, ao contrário do que muitos investidores esperavam.

O banco mantém a Suzano como sua ação favorita para faturar com a alta dos preços da celulose, que o Credit diz esperar que se mantenha até junho. O banco diz esperar um fluxo livre de caixa da Suzano de 10%, e queda na dívida líquida de 4,3 vezes o Ebitda para 2,7 vezes.

Credit Suisse mantém recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 77,00.

Itaú BBA

O Itaú BBA diz avaliar que os resultados da Suzano para o quarto trimestre de 2020 são fortes, com o Ebitda de R$ 3,965 milhões superando em 19% suas estimativas, e em 6% o consenso do mercado. As vendas superaram a produção, levando a queda de estoques da Suzano, o que o BBA enxerga como indício de uma demanda sólida. A queda na dívida deve melhorar o pano de fundo para estratégias alternativas de crescimento.

Itaú BBA mantém recomendação de compra para a Suzano, com preço-alvo de R$ 66,00.

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Composição Acionária

ACIONISTA TOTAL
QUANT. %
Suzano Holding S.A. 367.612.329 27,0%
David Feffer 53.443.764 3,9%
Daniel Feffer 48.077.095 3,5%
Jorge Feffer
46.432.360
3,4%
Ruben Feffer 46.856.578 3,4%
Alden Fundo de Investimento em Ações 26.154.741 1,9%
Pessoas Vinculadas 30.377.924 2,2%
Administradores 4.222.243 0,3%
Sub-Total 622.977.034 45,8%
Tesouraria 12.042.004 0,9%
Outros Acionistas 725.107.546 53,3%
TOTAL 1.361.263.584 100,0%

Desempenho da empresa na B3

No último ano, as ações da Suzano oscilaram entre a mínima de R$ 22,68 e a máxima de R$ 68,50. No último pregão antes da divulgação do resultado do 4T20, a empresa fechou em altaa de 2,2%, negociada a R$ 68,20.

Confira o histórico da Suzano (SUZB3)

Período Abertura Máxima Mínima Preço Médio Vol Médio Variação Variação %
1 Semana 63,50 68,50 62,55 65,56 5.482.260 4,70 7,4%
1 Mês 61,13 68,50 58,91 64,13 8.802.647 7,07 11,57%
3 Meses 50,99 68,50 49,40 58,28 8.811.905 17,21 33,75%
6 Meses 46,00 68,50 44,82 53,42 8.131.305 22,20 48,26%
1 Ano 37,69 68,50 22,68 45,59 8.571.073 30,51 80,95%
3 Anos 20,12 68,50 19,99 41,35 6.898.676 48,08 238,97%
5 Anos 21,12 68,50 17,03 40,55 6.624.571 47,08 222,92%
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters