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Esse é o Bom dia, Investidor! 30 de Março de 2021, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
As Bolsas mundiais operam em alta com a normalização do tráfego no canal de Suez e à espera da reunião da Opep+. Os índices futuros americanos têm desempenhos variados, refletindo a venda massiva de ações por um grande fundo de hedge.
Na Ásia, as principais bolsas fecharam em alta. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, as vendas no varejo recuaram 1,5% em fevereiro no país em comparação com um ano antes. O desempenho foi melhor do que a queda de 2,8% esperada por analistas. A Nomura Holdings afirmou que ainda é muito cedo para estimar o impacto das perdas vinculadas a um de seus clientes dos EUA , identificado pela Bloomberg como Bill Hwang, chefe da conturbada empresa de investimentos, Archegos Capital Managem. O Canal de Suez, no Egito, foi reaberto para o tráfego de navios em ambas as direções na noite de segunda, após o desencalhe do Ever Given, uma enorme embarcação porta-contêineres que bloqueava a importante via marítima havia quase uma semana, com mais de 400 navios aguardando para cruzar a rota. O presidente da Autoridade do Canal de Suez, Osama Rabie, afirmou à TV Nilo: “O navio foi liberado intacto e não tem problemas. Nós acabamos de conferir o fundo e o solo do Canal de Suez e, felizmente, parece estar sólido e não possuir problemas. Os navios vão avançar por ele hoje”.
Na Europa, as bolsas operam em alta. O índice Eurostoxx, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, sobe. Bancos lideram a recuperação. Os investidores aguardam a divulgação de dados sobre sentimento econômico e confiança do consumidor na Europa, relativos a março. Uma carta publicada conjuntamente em jornais ao redor do mundo, líderes mundiais pedem por um tratado para lidar com a pandemia de Covid globalmente. Eles classificam a pandemia como “o maior desafio para a comunidade global desde o final dos anos 1940”. A carta foi assinada por mais de 20 líderes e autoridades globais de África, Ásia e Europa, incluindo o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, além do diretor geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghereyesus e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Eles escrevem que: “Haverá pandemias e outras sérias crises de saúde no futuro. Nenhum governo nacional ou organização multilateral pode encarar uma ameaça do tipo sozinho. É apenas questão de tempo até esse momento chegar novamente”.
Nos Estados Unidos, os índices futuros mantêm tendência estável no momento. Os investidores avaliavam o rápido progresso no processo de imunização e o anúncio do presidente Joe Biden de que 90% dos adultos serão elegíveis para a vacina Covid-19 no próximo mês. Ainda pesa os rumores pouco esclarecidos, envolvendo a Archegos Capital Management. O petróleo opera em leve queda enquanto os traders aguardam pela reunião da OPEP + desta semana, com especulações de que novas preocupações com a demanda levarão o grupo a manter a produção sob controle.
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Os futuros internacionais de petróleo WTI (NYMEX:CL\M21) estão sendo negociados a US$61,21, baixa de 0,60%. O Brent (NYMEX:BZ) também opera em baixa de 0,32%, negociado a US$ 64,71.
Bitcoin (COIN:BTCUSD) é negociado a US$ 58.207,95. O ouro (COMEX:GC\M21) é negociado a US$ 1.697,25 por onça-troy.
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Minério de ferro: Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian com queda de 0,86%, cotados a 1098,5 iuanes, equivalente hoje a US$ 167,27.
Coronavírus
A Organização das Nações Unidas (ONU) fez um alerta na segunda-feira (29) para um possível risco de países em desenvolvimento não pagarem suas dívidas por conta dos efeitos fiscais da pandemia do novo coronavírus. Para António Guterres, secretário-geral do órgão, a não ser que medidas sejam tomadas, o mundo corre o risco de ter “uma outra década perdida”. De acordo com a ONU, 42 economias que fizeram empréstimos em mercados capitais sofreram rebaixamentos soberanos desde o início da pandemia, sendo seis países desenvolvidos, 27 economias emergentes e nove países subdesenvolvidos. Somente no último ano, segundo Guterres, seis países deram calotes nas suas dívidas externas: Argentina, Belize, Equador, Líbano, Suriname e Zambia.
Países que não têm dívida relevante em dólar, como o Brasil e a África do Sul, também apresentam risco de dar calote nos próximos meses. No caso do Brasil, segundo Guterres, o ponto é a redução no prazo médio das dívidas — o que pode culminar em um problema muito maior em um futuro próximo e acabar com a “ilusão de sustentabilidade” que existe por aqui. Como resultado da afirmação do secretário-geral, o dólar renovou a máxima das últimas semanas, batendo a marca de R$ 5,80. “Há um risco real de se perder o controle da dinâmica da dívida caso não se estabilize mais rapidamente as impressões sobre o governo federal que está sofrendo crises reiteradas.
O mundo registra 127.675.683 de casos de coronavírus e 2.792.706 mortes, confirmadas pela Universidade Johns Hopkins.
O Brasil vacinou mais de 18.082.153 pessoas contra a COVID-19.
O Brasil registrou 1.969 novas mortes pela covid-19 na segunda-feira, 29. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, bateu recorde pelo quarto dia consecutivo e ficou em 2.655. O Estado de Roraima não forneceu seus números diários até a publicação deste texto. O número de novas infecções notificadas foi de 44.720. No total, o Brasil tem 314.268 mortos e 12.577.354 casos da doença, a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos.
Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que negocia uma “permuta” de doses de vacinas para covid-19 com os Estados Unidos para conseguir antecipar a chegada de lotes ao Brasil. Em audiência pública no Senado, o cardiologista também citou negociação com a Pfizer por mais doses. Queiroga não detalhou como seria essa permuta. Ele afirmou que ainda está em negociações com o governo de Joe Biden.”(…) vou receber o embaixador dos Estados Unidos. Estamos muito empenhados em conseguir uma antecipação, uma troca. Os americanos não vão liberar vacinas antes de que tenham vacinado toda a sua população, mas eles aceitam fazer uma permuta”, disse o ministro na sua primeira reunião no Congresso Nacional.
Poderes
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) promoveu na segunda-feira (29) a maior reforma ministerial de seu governo, trocando o comando de seis das 23 pastas: Casa Civil, Defesa, Justiça e Segurança Pública, Advocacia-Geral da União (AGU), Relações Exteriores e Secretaria de Governo. O que começou com o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, terminou em um conjunto de mudanças que acenam à política tradicional e a aliados do governo no Congresso, como o Centrão.
Economia
Após uma semana encalhado, a Autoridade do Canal de Suez (SCA) anunciou na segunda-feira (29) que o navio porta-contêineres do Panamá Ever Given foi desencalhado com sucesso. Ainda segundo a SCA, a operação levou ao reposicionamento quase total da embarcação.
O mercado financeiro reagiu com surpresa às trocas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro. Passado o susto, analistas e gestores tentam entender as consequências das mudanças e parecem se dividir em dois grupos. O primeiro é mais otimista e torce para que o movimento resulte em mais estabilidade e previsibilidade. O segundo grupo, ao contrário, teme que a troca não melhore a situação e pode até aumentar os problemas econômicos. A troca de ministros foi entendida pelo mercado financeiro como uma reação de Bolsonaro ao aumento da pressão exercida pela sociedade, Congresso Nacional e vários setores econômicos. O que vem a partir dessa troca, porém, não é consenso.
No Brasil temos o IGP-M de março e também sai o resultado do Governo Central de fevereiro. No mesmo dia, na Alemanha, sai o índice de preços ao consumidor, o CPI, de fevereiro. Nos Estados Unidos será anunciada a Confiança do Consumidor. E na China, à noite, saem os PMIs de serviços e industrial.
Confira a agenda:
🗓 AGENDA ECONÔMICA 🗓
🇧🇷 Índice IGP-M mensal (08h00)
🇩🇪 Índice de preço ao consumidor mensal (09h00)
🇧🇷 Índice de preço ao produtor anual (09h00)
🇺🇸 Confiança do consumido CB (11h00)⭐️
🇧🇷 Resultado primário do Governo Central (14h30)
🇺🇸 Variação no estoque de petróleo API (17h30)
🇯🇵 Produção industrial mensal (20h50)
🇨🇳 PMI composto (22h00)
🇨🇳 PMI não-manufatura mensal (22h00)
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o índice encerrou a segunda-feira em alta de 0,56%, fechando a 115.418,72 pontos, na mínima, o Ibovespa ficou em 114.095,70 e na máxima foi a 115.552,84 pontos. O volume financeiro somou R$ 25,6 bilhões.
O Ibovespa encerrou o pregão estável numa sessão marcada por altos e baixos no índice brasileiro e com volume de negociações aquém da média do mês, com Vale e Petrobras entre os destaques positivos, enquanto os ruídos políticos pesavam no mercado de ações.
Maiores altas do Ibovespa
PCAR3: +7,10% a R$ 33,64
BEEF3: +6,51% a R$ 10,47
TAEE11: +6,37% a R$ 38,40
BRAP4: +4,45% a R$ 68,28
MRFG3: +4,28% a R$ 17,55
Maiores baixas do Ibovespa
EZTC3: -3,04% a R$ 30,25
SANB11: -2,93% a R$ 39,74
SULA11: -2,81% a R$ 35,33
CYRE3: -2,58% a R$ 23,07
AZUL4: -2,38% a R$ 36,48
O dólar comercial: o dólar fechou a segunda-feira, em estável em +0,43% sendo cotado a R$ 5,766 para venda e a R$ 5,766 para compra, começando a semana em alta frente ao real, indo a uma máxima em três semanas, influenciado pela força da moeda no exterior.
Em meio a novo rali nos rendimentos de títulos, e por dúvidas acerca de mudanças na equipe ministerial do presidente Jair Bolsonaro e suas consequências para governabilidade.
IFIX , o índice fechou o pregão em leve alta de 0,04%, aos 2.818,90 pontos. Na mínima do dia, o índice bateu os 2.815,74 pontos, enquanto a máxima foi de 2.821 pontos. No acumulado para o mês de março, o IFIX recua 2,34%. Já no desempenho de 2021, cai 1,79%. A movimentação financeira foi de R$ 225,97 milhões.
