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Sextou! 8 fatos que marcaram a semana (22/03 a 26/03): teve até navio encalhado e saída de presidente do BC da Turquia influenciando nossa Bolsa, as empresas e o seu dia a dia

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Fala a verdade, o título dessa nossa retrospectiva semanal chamou atenção, não é mesmo? Se você está acostumado com aquele breve resumo de sempre, dessa vez preferimos dar um choque de realidade porque tudo o que acontece pelo mundo afora sempre impacta nosso mercado e a Bolsa de Valores brasileira – afinal, o mundo gira, a Terra não é plana como alguns dizem por aí.

Isso também vai de encontro com uma matéria especial que fizemos, trazendo justamente a importância dessas associações (aparentemente desconexas) com a realidade de investimentos. Portanto, fique sempre muito bem informado. E, para isso, conte sempre com a ADVFN! Vamos ao nosso resumo semanal?

=> MATÉRIA ESPECIAL: você pode estar perdendo dinheiro e é tudo culpa do Kiko.

1. O que o navio encalhado lá no canal de Suez tem a ver com a alta do combustível aqui

O petróleo subiu mais de 6% na quarta-feira, depois que um navio encalhou no Canal de Suez, e temores de que o incidente pudesse atrapalhar os embarques de petróleo aumentaram os preços após uma queda na semana passada.

O Canal de Suez, que separa a África da Ásia, é uma das rotas comerciais mais movimentadas do mundo, com aproximadamente 12% do comércio global total passando por ele.

O navio de megacontêiner encalhado, Ever Given no Canal de Suez, está segurando cerca de US$ 400 milhões por hora no comércio, com base no valor aproximado de mercadorias que são transportadas através do Suez todos os dias. Cada dia que o navio permanece preso ao longo do canal adiciona atrasos aos fluxos normais de carga. Muitas empresas continuam a lutar contra o congestionamento da cadeia de abastecimento e os atrasos decorrentes da pandemia. As demoras em virtude do encalhamento do navio vão se espalhar pela cadeia de abastecimento e causar desafios adicionais.

As exportações de energia, como gás natural liquefeito, petróleo bruto e petróleo refinado, representam de 5% a 10% dos embarques globais. Se o canal permanecer fechado, os navios serão desviados e contornarão o chifre da África, o que acrescenta mais sete a nove dias à viagem.

2. Alta do combustível é o que faz nossa inflação começar a jorrar

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,93% em março e ficou 0,45 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de fevereiro (0,48%). Esse é o maior resultado para um mês de março desde 2015 (quando atingiu 1,24%) e maior taxa mensal desde dezembro (1,06%). Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 5,52%, acima dos 4,57% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2020, a taxa foi de 0,02%.

Lembrando que a meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que agora está em 2,75% ao ano.

Os analistas das instituições financeiras projetam uma inflação de 4,71% no ano, acima da meta central do governo, conforme aponta a última pesquisa Focus do Banco Central. Em 2020, a inflação fechou em 4,52%, acima do centro da meta do governo, que era de 4%. Foi a maior inflação anual desde 2016. O mercado também elevou a expectativa para taxa Selic ao final de 2021, de 4,5% para 5% ao ano.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para o IPCA, oito apresentaram alta em março. O maior impacto (0,76 p.p.) e a maior variação (3,79%) vieram dos Transportes, que aceleraram em relação ao resultado de fevereiro (1,11%). O segundo maior impacto veio de Habitação (0,71%), que contribuiu com 0,11 p.p. no resultado do mês.

Já Alimentação e bebidas desacelerou, passando de 0,56% em fevereiro para 0,12% em março, com impacto de 0,03 p.p. O único grupo em queda foi Educação (-0,51%), que havia apresentado alta de 2,39% no mês anterior. Os demais grupos ficaram entre as altas de 0,02% em Comunicação e de 0,55% em Artigos de residência.

A alta em Transportes foi em decorrência do aumento nos preços dos combustíveis (11,63%). O maior impacto individual no índice do mês (0,56 p.p.) veio da gasolina (11,18%), cujos preços subiram pelo nono mês consecutivo. Também foram verificadas altas nos outros combustíveis: etanol (16,38%), óleo diesel (10,66%) e gás veicular (0,39%).

No grupo Alimentação e bebidas (0,12%), os alimentos para consumo no domicílio caíram 0,03% após sete meses consecutivos de alta. Os destaques foram o tomate (-17,50%), a batata-inglesa (-16,20%), o leite longa vida (-4,50%) e o arroz (-1,65%). No lado das altas, as carnes apresentaram variação de 1,72%.

3. O que uma demissão lá na Turquia tem a ver com a queda da nossa Bolsa

Pandemia no cenário doméstico e onda global de aversão a riscos nas economias emergentes. Assim seguiu esta semana. O país ultrapassou na quarta (24) o patamar de 300 mil óbitos, pouco mais de dois meses depois de cruzar a marca de 200 mil. Somado a isso, pesou ainda sobre o nosso mercado (e de diversos outros países emergentes) a demissão no fim de semana do presidente do banco central da Turquia, Naci Agbal, dois dias depois do aumento nas taxas de juros do país.

O Banco Central da Turquia elevou a taxa básica de juros em dois pontos percentuais, de 17% para 19% ao ano. O banco central da Rússia também elevou a taxa de juros, pela primeira vez em mais de dois anos, passando de 4,25% para 4,50% ao ano. Aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) promoveu a primeira alta da taxa Selic em quase dois anos, elevando os juros para 2,75%, acima do esperado pelo mercado.

A notícia impactou o desempenho do dólar contra moedas emergentes, deixando a lira (moeda do país) em queda livre e enviando ondas de choque pelos mercados de câmbio globais. Isso, é claro, deixou os investidores estrangeiros avessos a riscos e limitando a injeção de dinheiro nas Bolsas dos países emergentes, como é o caso da B3.

4. Falando em B3, as maiores altas e baixas da semana vêm agora

Na semana, o índice brasileiro recuou 1,2% e, no ano, tem queda de 3,5%. Entre as maiores quedas da semana temos as sempre presentes empresas de aviação e varejistas, representadas por: Azul (AZUL4), com queda de 10% nas suas ações no acumulado dos últimos cinco dias; Magazine Luiza (MGLU3) caindo 8%; Embraer (EMBR3) recuando 7%.

Já entre as ações mais valorizadas da semana, marcam presença Carrefour (CRFB3), com alta de 15%, Pão de Açúcar (PCAR3) subindo 9% e Marfrig (MRFG3) com 7% de performance positiva no acumulado dos cinco dias.

5. Carrefour Brasil compra Grupo Big por R$ 7,5 bilhões

O Carrefour Brasil está comprando o Grupo BIG — a antiga operação do Walmart no País — por R$ 7,5 bilhões, uma consolidação que une os dois gigantes do varejo alimentar e cria uma companhia de R$ 100 bilhões de faturamento. Com a operação, o BIG não realizará mais a sua IPO. O negócio está sujeito à avaliação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a expectativa do Carrefour é obter o aval do regulador até 2022.

O Grupo BIG — que fatura R$ 25 bilhões por ano com 387 lojas em 19 estados — é uma coleção das bandeiras que o Walmart havia comprado no Brasil: Bompreço, Paes Mendonça, Sonae, Big, Nacional, Maxxi Atacado e Mercadorama. O negócio também prevê que o Carrefour passará a administrar a bandeira Sam’s Club, por meio de um contrato de licenciamento com o Walmart. O Sam’s Club — um atacarejo para a Classe A que não compete frontalmente com Atacadão e Assaí — tem cerca de 2 milhões de membros pagantes.

Nos últimos dois anos e meio, o BIG passou por um turnaround acelerado sob o comando do CEO Luiz Fazzio: vendeu ativos imobiliários, reformou lojas, pivotou a estratégia de promoções do ‘Everyday Low Price’ (o DNA do Walmart) para o ‘High/Low’ mais alinhado com a cultura brasileira, e focou o crescimento da empresa nas bandeiras de atacarejo — o Maxxi e o próprio Sam’s Club.

O CEO Noël Prioux planeja converter a bandeira Maxxi em lojas do Atacadão, e parte das lojas BIG e BIG Bompreço para as bandeiras Atacadão ou Sam’s Club (as demais lojas se tornarão hipermercados Carrefour).

Segundo o comprador, a rede de lojas do Grupo Big tem significativa complementaridade geográfica com a do Carrefour, o que permitirá a expansão de seus formatos tradicionais, sobretudo atacado e hipermercados. A aquisição do Big expandirá a presença do Carrefour em regiões onde tem penetração limitada, como o Nordeste e Sul do país, e que oferecem forte potencial de crescimento.

Só o ativo imobiliário do BIG vale cerca de R$7 bilhões, segundo uma análise independente. Além da otimização de custos e maior eficiência na cadeia de suprimentos, as principais sinergias virão do “alinhamento de margens para aumentar rapidamente a rentabilidade das lojas”. Segundo a companhia, esses ganhos virão com a conversão das lojas, dado que as bandeiras do Carrefour “possuem a melhor oferta comercial em seus respectivos segmentos”.

Outra sinergia importante: o Banco Carrefour poderá oferecer seus cartões de crédito, carteira digital e outros produtos nas lojas que estão sendo compradas, e o ecommerce do Carrefour Brasil será será estendido à base de clientes do BIG.

De acordo com o BTG Pactual: “No caso da transação do Carrefour e do Grupo Big, esperamos que enfrente riscos de execução no processo de integração (considerando o tamanho do Grupo Big) e o negócio pode levar algumas restrições por parte do regulador”. As duas empresas combinadas têm ~22% de participação de mercado, mas com distribuição de lojas diferente por região.

Já o banco de investimentos UBS afirma que o acordo de compra do Grupo Big pelo Carrefour Brasil vai colocar a empresa francesa como líder de mercado e com valorização muito atraente. “Embora não vejamos isso como um negócio maravilhoso, em nossa opinião é um negócio atraente, com altas sinergias e que fortalece significativamente a posição competitiva da empresa. Esperamos que os investidores respondam positivamente ao negócio”, revela o relatório.

Para analistas da XP Investimentos, a transação acelera de maneira relevante a expansão do grupo Carrefour, “enquanto há muita sinergia a ser capturada, principalmente através de ganhos de produtividade nas lojas e expansão do Banco Carrefour para os clientes Big”.

6. Agora uma informação de setor…

A Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, abriu uma consulta pública de 24 de março a 7 de maio para aprimorar os valores das bandeiras tarifárias amarela, vermelha patamar 1 e 2, que tem o objetivo de cobrir os custos com o acionamento das usinas termelétricas que entram em operação em períodos de baixa nos reservatórios, porém que são mais caras. Segundo a agência, a metodologia de acionamento das bandeiras permanece.

Pela proposta da Aneel, o valor cobrado da bandeira amarela passaria de R$1,343 para R$0,996 a cada 100 quilowatts-hora, KWh, consumidos, uma queda de 26% no custo extra cobrado do consumidor. No caso das bandeiras vermelhas patamar 1 e 2, os valores cobrados passariam de R$4,169 para R$4,599, um aumento de 20%, e de R$6,243 para R$7,571 a cada 100 KWh, um reajuste de 21%, respectivamente.

Conforme há aumento do custo de geração de energia, a Aneel aciona as bandeiras amarela e vermelha (Patamar 1 e 2). Durante a reunião pública de diretoria, o diretor-geral da agência, André Pepitone, destacou que o sistema de bandeiras tarifárias foi estruturado para cobrir 95% do custo das termelétricas despachadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).

No ano passado, diante da crise da Covid-19, a agência reguladora suspendeu a cobrança das bandeiras tarifárias para os consumidores, com o custo sendo coberto pela chamada Conta-Covid, medida implementada como forma de dar alívio financeiro para as distribuidoras. Porém, diante da baixa dos reservatórios, a Aneel resolveu voltar a cobrança antes do previsto, acionando a bandeira vermelha patamar 2 em dezembro. Nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, a bandeira tarifária foi amarela.

Empresas que compõe o índice de energia elétrica (IEEX): AES Tietê (TIET11), Alupar (ALUP11), Cesp (CESP6), Cemig (CMIG4), Coelce (COCE5), CPFL Energia (CPFE3), Copel (CPLE6), Engie Brasil (EGIE3), Eletrobras (ELET3), Energisa (ENGI11), Equatorial (EQTL3), Light (LIGT3), Neoenergia (NEOE3) e outras.

=> Acompanhe a composição e as informações em tempo real sobre as empresas do IEE. Clique aqui. 

7. Ex-diretor da Aneel é indicado como CEO da Eletrobras (ELET3 e ELET6)

Conselho de administração da Eletrobras, por maioria, decidiu recomendar Rodrigo Limp Nascimento para ocupar uma vaga do colegiado, visando o exercício futuro do cargo de presidente da companhia. Rodrigo é atualmente secretário de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia e foi Diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre maio de 2018 e março de 2020.

A empresa também comunicou na noite da quarta-feira (24) que o conselheiro de administração e coordenador do Comitê de Auditoria e Risco Estatutário, Sr. Mauro Gentile Rodrigues Cunha, renunciou.

Isso porque o nome de Rodrigo Limp não constava da lista de candidatos preparada pela Korn&Ferry, que foi contratada pela Eletrobras para assessorar na escolha do novo CEO depois da renúncia de Wilson Ferreira. Contrariado com a decisão, o conselheiro Mauro Cunha, que representa os minoritários, renunciou.

Na visão do Bradesco BBI, enquanto alguns consideraram a nomeação do Sr. Limp como negativa para a governança corporativa da estatal (pela nomeação do governo ao invés de uma escolha de mercado pelo conselho), os analistas do banco afirmam que “não poderiam estar mais satisfeitos. Em nossa opinião, o governo está enviando uma nova mensagem de que está totalmente focado na privatização da Eletrobras (nomear Diogo Mac Cord como Secretário de Privatização em 2020 foi outro sinal claro, seguido pela Medida Provisória para privatizar a Eletrobras emitida em fevereiro de 2021). Conhecemos e interagimos com Limp há vários anos, durante sua gestão na ANEEL e como Secretário de Energia, e nossa opinião é que ele é guiado por uma visão técnica profunda combinada com sabedoria política”, afirmam os analistas.

O Credit Suisse também aponta a escolha de Limp como positiva. “Limp é advogado, conhece bem o setor e está envolvido nas discussões de privatização (apoiando-a), pois atualmente é Secretário de Energia Elétrica (MME) e já foi diretor da Aneel”.

=> A Eletrobras também divulgou seu balanço esta semana. Veja o resultado clicando aqui.

=> Alguns balanços previstos para a próxima semana são: Positivo (POSI3), Centauro no dia 30 de março (ainda sob o ticker CNTO3. A partir de 31 de março, muda para SBFG3), CVC (CVCB3), Enjoei (ENJU3), Marfrig (MRFG3) e muitas outras.

=> Saiba mais sobre a mudança do ticker da Centauro. 

=> Para ver a lista com todos os balanços que serão divulgados na próxima semana, clique aqui. 

8. Enfim Gol (GOLL4) é só Smiles por aí…

Chegou o fim de uma saga: a aprovação da incorporação da Smiles pela Gol. A maioria dos acionistas titulares de ações em circulação da Smiles (SMLS3) aprovou todos os termos e condições da reorganização societária, incluindo a saída voluntária do Novo Mercado.

Os termos de troca equivalem a R$ 27 por ação da empresa de redes de fidelidade, com duas opções para os acionistas da companhia. A primeira é formada por uma parcela em dinheiro no valor de R$ 9,14 por ação e 0,6601 ação preferencial da Gol. A segunda envolve R$ 22,54 em dinheiro e 0,1650 ação preferencial da companhia aérea. A Gol vinha elevando a proposta para a incorporação da Smiles em meio às resistências de acionistas minoritários para aderir à relação de troca ofertada pela companhia.

Agora, com o negócio aprovado, a Gol precisará levantar até R$ 1,326 bilhão para financiar a parcela à vista dessa transação, afirma o Bradesco BBI. A empresa disse recentemente que US$ 300 milhões de ativos não onerados podem ser usados para essa transação.

De acordo com o Goldman Sachs, a reorganização da migração da base acionária da Smiles para a Gol pode simplificar a governança corporativa e fornecer sinergias para as operações e flexibilidade no desenvolvimento e oferta de produtos.

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Com informações de: IBGE, G1, Forbes, BDM, CNBC, Monitor do Mercado.

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