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Ataque a petroleiro iraniano mata três no litoral da Síria

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O Ministério do Petróleo da Síria afirmou que bombeiros apagaram um incêndio neste sábado em um navio petroleiro nas proximidades da refinaria de Baniyas, após um suposto ataque com drone que veio da direção de águas libanesas.

A emissora de televisão iraniana al-Alam disse que o navio era um dos três petroleiros iranianos que haviam recentemente chegado ao terminal de óleo sírio com suprimentos. Afirmou que os projéteis causaram danos materiais limitados, mas que não houve fatalidades.

A cidade costeira de Baniyas, na Síria, é sede de uma refinaria que, junto com outra em Homs, atende a uma parte significativa da demanda por diesel, combustível para aquecimento, gasolina e outros produtos petrolíferos, segundo especialistas da indústria.

O país em estado de guerra tem passado por escassez de gasolina e combustível ao longo do último ano, com racionamento de suprimentos em áreas controladas pelo governo e preços inflacionados.

A Síria tem ficado mais dependente de remessas de óleo do Irã nos últimos anos, mas sanções ocidentais mais rígidas contra Irã, Síria e seus aliados, assim como uma crise de moeda estrangeira, têm tornado mais difícil conseguir suprimentos suficientes.

A agência de notícias estatal síria SANA, citando um comunicado do ministério do Petróleo, não deu mais detalhes sobre o que considerou um ataque com drones no sábado.

A emissora de televisão al-Mayadeen, pró-Damasco, disse que a suspeita é que o petroleiro foi atingido por um drone israelense.

O exército de Israel se recusou a comentar o incidente.

Israel tem expandido ataques contra alvos iranianos, incluindo o que suspeita serem centros de produção de armas na Síria, para repelir o que vê como uma invasão de seu arqui-inimigo regional, segundo fontes de inteligência do Ocidente e da região.

“Pelo menos três sírios foram mortos, incluindo dois membros da tripulação” durante o ataque e um posterior incêndio, disse Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio para Direitos Humanos, sediado no Reino Unido.

A autoria do ataque ainda é desconhecida, segundo a organização. “Não sabemos se foi um ataque israelense”, disse Abdel Rahman, detalhando que o petroleiro vinha do Irã e estava próximo do porto de Banias, na Síria. Também não está claro se o ataque foi realizado por um drone ou um míssil.

A agência estatal de notícias síria Sana informou que o fogo começou depois “do que parece ter sido um ataque de drone vindo da direção de águas libanesas”. As chamas foram em seguida controladas.

Em uma reportagem publicada em março, citando autoridades dos Estados Unidos e do Oriente Médio, o Wall Street Journal disse que Israel já havia atacado desde o final de 2019 pelo menos uma dezena de navios que tinham a Síria como destino, usando minas submarinas e outros tipos de armas.

Centenas de ataques aéreos israelenses já atingiram a Síria desde o início da guerra, em 2011, em sua maioria tendo como alvos iranianos aliados do regime sírio, o movimento libanês Hizbollah e tropas do governo sírio.

“É o primeiro ataque do tipo a um petroleiro, mas o terminal de Banias já havia sido atingido no passado”, disse Abdel Rahman.

Importação de petróleo

A refinaria de Banias fica na província de Tartus, controlada pelo regime do presidente Bashar al-Assad. Ele está no poder há 21 anos e confirmou na quarta-feira (21/04) que será candidato à reeleição, em um pleito considerado por muitos observadores como uma farsa.

No ano passado, o regime de Damasco informou que mergulhadores haviam instalado explosivos em oleodutos marítimos conectados à refinaria de Banias, mas os danos não interromperam seu funcionamento.

Em fevereiro, quatro plantas industriais de petróleo e gás na província de Homs também foram atacadas por drones, provocando incêndios e danos materiais.

O ataque deste sábado ocorreu depois que um militar sírio foi morto e três soldados foram feridos na quinta-feira em ataques lançados por Israel, em resposta a um míssel disparado na direção de uma instalação nuclear secreta no estado judeu.

Segundo o exército israelense, o míssel foi disparado a partir da Síria na direção do deserto de Negev, onde fica o reator nuclear de Dimona.

A sequência de ataques ocorreu menos de duas semanas depois de o Irã ter acusado Israel de “terrorismo”, após uma explosão na instalação nuclear iraniana de Natanz.

Israel é considerado a maior potência militar do Oriente Médio, e especialistas afirmam ser o único país da região a possuir bombas atômicas. Os israelenses agem há muito tempo para tentar impedir o seu inimigo Irã de se estabelecer com mais força na Síria.

Antes da guerra da Síria, o país tinha uma relativa autonomia energética, mas a produção caiu muito durante a guerra e forçou o governo a importar petróleo. Sanções estabelecidas por países ocidentais à Síria, assim como as sanções dos Estados Unidos ao Irã, dificultaram ainda mais a importação de petróleo.

Antes da guerra, a Síria produzia cerca de 400 mil barris de petróleo por dia. Em 2020, o país produziu uma média de 89 mil barris por dia, dos quais 80 mil vêm de áreas fora do controle do governo.

(Informações da AFP e Reportagem Reuters de Nayera Abdallah e Alaa Swilam no Cairo, Ellen Francis em Beirute, e Maayan Lubell em Jerusalém)

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